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terça-feira, novembro 09, 2010

O que é o SUS?




De acordo com o artigo 194 da Constituição, a Seguridade Social “compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”.

Esse conjunto de ações deve ser oferecido a toda a população, pois o parágrafo único desse artigo determina a “universalidade da cobertura e do atendimento”.


O artigo 198 determina que “as ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, com as seguintes diretrizes:
 I. descentralização, com direção única em cada esfera do governo;
  II. atendimento integral preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
  III. participação da comunidade”.


No SUS, as ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada segundo a complexidade da atenção.
Isto significa que a rede de serviços de saúde deve ser organizado em espaços geográficos definidos – o distrito, o município, o estado – nos quais devem existir todos os serviços de saúde necessários ao atendimento da população da área – postos e centros de saúde, laboratórios, hospitais gerais, hospitais especializados – de modo a assegurar o acesso a todos os níveis de atenção.


Dessa perspectiva, o critério básico para a necessidade de construir uma unidade de atenção à saúde deve ser não só a existência de um problema de saúde, mas também a possibilidade ou não de acesso ao atendimento necessário em unidades já existentes.


Por exemplo, se existe em um município um hospital especializado com capacidade de atender a população de vários municípios próximos, é possível encontrar formas de garantir que essa capacidade seja aproveitada ao máximo através do encaminhamento de pacientes dos diversos municípios vizinhos.

Se esses encaminhamentos forem realizados de forma organizada, a população terá resposta para suas necessidades de atenção ao mesmo tempo em que se propicia maior racionalidade para os investimentos em saúde.


A esse mecanismo de organização da oferta de serviço é que se chama “sistema de referência”.


Essas ações e serviços são de responsabilidade do município, do estado e da União.

Cada uma dessas instâncias de governo tem funções específicas e complementares no sistema.


É isso que significa descentralização: todos os níveis de governo tem responsabilidades.

A grande diferença entre o SUS e o sistema anteriormente constituído é que, a partir de sua implantação, a maior parte das responsabilidades de prover ações e prestar serviços passa a ser do município.


O município, por ser a instância de governo mais próxima dos cidadãos, tem mais condições de conhecer as necessidades da população e, por essa razão, poderá oferecer serviços mais adequados para atendê-las.


Além disso, é mais fácil para a população acompanhar, controlar e fiscalizar as ações, bem como participar de processos decisórios relativos à formulação das políticas e programação das ações, quando as decisões estão sob a responsabilidade do gestor local.


A participação da comunidade e o controle social são outros requisitos do SUS.


Em todo os níveis de governo a população tem o direito – e o dever – de participar das decisões, propor as linhas de ação e os programas que considera mais importantes, controlar a qualidade e o modo como são desenvolvidas e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos.

A Saúde no Brasil




“Em seu sentido mais abrangente, a Saúde é a resultante das condições de habitação, alimentação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. É assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades de vida”. (Relatório Final da VIII Conferência Nacional de Saúde – 1986).


“Direito à Saúde significa a garantia pelo Estado, de condições dignas de vida e de acesso universal e igualitário às ações e serviços de promoção, proteção e recuperação de saúde, em todos os seus níveis, a todos os habitantes do território nacional, levando ao desenvolvimento pleno do ser humano”. (Relatório Final da VIII Conferência Nacional de Saúde – 1986).


As mudanças econômicas que começaram a ocorrer no Brasil a partir da década de 1950 determinaram mudanças no sistema de proteção à saúde?


A ideologia “desenvolvimentista” trouxe poucas alterações para o sistema sanitário, a organização dicotômica da assistência tendo, por um lado, a prática preventiva gerida pelo Ministério da Educação e Saúde e extensiva a toda a população e, por outro, a assistência curativa restrita a pequenas parcelas da população, oferecida pelos sistemas previdenciários de proteção (IAP’s), não permitiu a composição de uma política nacional de saúde e, muito menos de ações efetivas no controle das doenças e promoção da saúde.

Vale registrar que nesse período o Ministério da Educação e Saúde, mesmo com poucos recursos, alcançou sucesso na elaboração de alguns programas de saúde, como ocorreu no programa de saúde da mulher, que possibilitou ações muito além da prática preventiva.


O golpe militar em 1964 e a nova forma de organização do Estado trouxe mudanças para o sistema sanitário brasileiro, a principal delas a ênfase na assistência médico-curativa, o crescimento progressivo do setor privado e a abrangência de parcelas sociais no sistema previdenciário.

As mudanças no sistema de saúde a partir de 1968 permitiram um melhor nível de saúde para o povo brasileiro?

Assim, mesmo com a inclusão de novas categorias no sistema de proteção, muitos ainda não tinham direito à atenção à saúde.

Na década de 70 os índices de saúde mostravam a situação alarmante vivida pelo país.

Apenas para citar alguns dados: a esperança de vida ao nascer era de 52.7 anos, a taxa de mortalidade infantil era de 87.9 bebês para 1000 nascidos vivos e uma das principais causas de óbito eram de doenças infecciosas e parasitárias.

Por outro lado, a década de 70 também apresentou cenários de mudança bastante relevantes para o setor saúde.


As mudanças no sistema de saúde a partir de 1968 permitiram um melhor nível de saúde para o povo brasileiro?


No contexto do Estado, em 1975, foi constituído o Sistema Nacional de Saúde e uma primeira articulação mais consistente do setor na tentativa de uma política específica.


A organização INAMPS no contexto do Ministério da Previdência Social, no ano de 1977, também significou uma reordenação da política de saúde no contexto da Previdência, apontando para uma tendência clara da extensão da cobertura assistencial.


Nesta década também, cresceram os movimentos sociais, tendo tido destaque a articulação do movimento sanitário, que se constituiu num dos principais grupos de sustentação da política reformista do setor saúde durante todos os anos 70 e 80.


O SUS como espaço para o exercício democrático e a construção da cidadania

O direito à saúde praticamente se confunde com o direito à vida.
Ter saúde exige alimentação adequada, condições de trabalho saudáveis, moradia digna, saneamento básico eficiente, meio ambiente protegido e bem conservado, possibilidade de lazer, informação.
É portanto, resultado de um conjunto de determinantes. Garantir a saúde da população é tarefa de todas as áreas de governo e de toda a sociedade.
Não basta um sistema de saúde funcionando bem para assegurar isso.


O sistema de saúde pode ser um espaço de atuação capaz de exigir e provocar as ações de outras áreas.

O SUS é um proposta nessa direção.

segunda-feira, novembro 08, 2010

A comunicação no cuidado: uma questão fundamental na enfermagem



1. INTRODUÇÃO

Com o intuito de ampliar o conceito de cuidados fundamentais em enfermagem, tenho me ocupado
com pesquisas que tratam, principalmente, da dinâmica de cuidar e dos cuidados de enfermagem,
em especial, nas instituições hospitalares, estabelecendo os nexos com as tecnologias de cuidado e
o cuidado humano. A finalidade é contribuir para uma prática de cuidados de enfermagem que venham
ao encontro das necessidades e desejos da clientela.
O ponto de partida é o entendimento da enfermagem como uma ciência humana, empenhada no
cuidar da pessoa sadia ou doente. O ato de cuidar implica no estabelecimento de interação entre
sujeitos (quem cuida e quem é cuidado) que participam da realização de ações, as quais denominamos
cuidados, que é a verdadeira essência da enfermagem. Isto porque ao
cuidarmos do outro estamos realizando não somente uma ação técnica,
como também sensível, que envolve o contato entre humanos através
do toque, do olhar, do ouvir, do olfato, da fala. Ação que envolve a
sensibilidade própria dos sentidos e também a liberdade, a subjetividade,
a intuição e a comunicação. Cuidar implica, também, em intervir no
corpo do outro, no seu espaço íntimoa(1), seja na realização do cuidado
direto como no indireto. Assim, seja ele técnico ou expressivo, da esfera
psicológica ou espiritual, se expressará no corpo do cliente através dos
seus gestos, movimentos, ações e reações. As respostas objetivas ao
cuidado prestado devem ser buscadas na expressão do cliente, nas
suas opiniões e gestos, através da comunicação não-verbal.
2. A PROBLEMÁTICA, O OBJETO, OS OBJETIVOS E A

IMPORTÂNCIA DA PESQUISA

O fato de considerar a enfermagem uma ciência humana, indica que
a abordagem humanística figura como elemento de destaque no cuidar
das pessoas. A opção por esse conceito apoiou-se em Waldow(2,3) e
Watson(4). Penso que esse entendimento sirva de guia para a compreensão
das respostas humanas e, portanto emocionais, às experiências
singulares que os clientes manifestam aos cuidados de enfermagem
dos quais participam. Muitas vezes, tais respostas não são verbais,
mas sim, comunicadas através de comportamentos, gestos e atitudes,
ou seja, respostas corporais significativas que exigem leituras objetivas,
mas que também dependem da subjetividade do observador, no caso,
aquele que cuida.No cuidar em enfermagem, nesta perspectiva, não podemos ignorar
as emoções, fruto do sentir humano e, desta feita, não podemos ignorar
também o significado, que é fruto da atribuição de sentido pelo sujeito
às ações, reações e experiências vividas. Não podemos, portanto,
ignorar os sentidos que o cliente atribui à experiência de participar dos
cuidados de enfermagem na instituição hospitalar. Cuidado esse
experimentado como ação técnica, mas também como ação sensível já
que implica em um encontro entre pessoas – aquela que cuida e aquela
que participa do cuidado – em que pese a dotação da espécie humana
com órgãos de sentido e emoção.

O encontro entre quem cuida e quem é cuidado se estabelece no
cuidar e é permeado pela objetividade técnica do cuidado, pelo
conhecimento e pela subjetividade dos sujeitos envolvidos na relação.
Portanto, o cuidado tem caráter relacional, como bem afirmou Waldow(5)
ao examinar o conhecimento na enfermagem. A relação estabelecida
no encontro entre aquele que cuida e o cliente é mediada por um espaço
intersubjetivo que permite a comunicação e conduz a interação entre
eles. Esse encontro implica, também, em construção de conhecimento
a partir de um sistema de diferenças e em um compromisso entre os
sujeitos para entender tais diferenças. Os saberes, os afetos e as paixões
imbricam-se entre si permeando esta relação. Ainda mais, o
relacionamento com a diferença,
Envolve desejo, e é a natureza dessa condição desejante que
também define a forma como uma sociedade se engaja na rede de
relações humanas que permite tanto a construção dos saberes como
dos sentidos, eles próprios atividades cruciais para sustentar a formação
de identidades, sentimentos de pertença e o sentido de comunidade(6).
O espaço intersubjetivo estabelecido entre o cliente e o profissional,
portanto, é profícuo para se captar a dinâmica de cuidar e os cuidados
de enfermagem. Essa afirmação respalda-se nos conceitos já
a De acordo com Hall apud Silva(1), o espaço íntimo é aquele que fica a uma distância de 40cm entre as pessoas. A expressão “espaço íntimo” foi utilizada porque não se trata dedistâncias nos termos físicos do espaço medido, mas sim de uma delimitação virtual doespaço que o sujeito considera como seu, do que está no âmbito das suas decisões.explicitados, reforçados pelo entendimento de cuidar como intervenção
direta ou indireta no corpo “atravessado pelas pulsões da sensibilidade
que dependem das percepções e das representações. (...) Centro das
significações (e) ponto central de referência para a construção da própria
identidade”(7). As relações estabelecidas entre os profissionais e os
clientes no cuidado, certamente, nos oferecerão subsídios para a
discussão das maneiras de cuidar na enfermagem.
Desta forma, esta pesquisa tem como eixo central o pressuposto de
que a qualidade da comunicação estabelecida no cuidado com o cliente
reflete-se nas suas atitudes, padrões de reações e participação no seu
tratamento, implicando na eficácia de tais cuidados na recuperação da
sua saúde e/ou readaptação à uma nova condição de vida.
Assim, essa pesquisa, articulada ao projeto sobre a dinâmica de
cuidar e os cuidados de enfermagem na instituição hospitalar, tem
por objetivos:

a) Caracterizar a comunicação como instrumento básico do cuidado
de enfermagem;
b) Analisar aspectos inerentes à comunicação articulados à dinâmica
de cuidar dos clientes e aos cuidados implementados aos clientes, de
um modo geral e aos hospitalizados em particular.
c) Discutir a comunicação no contexto da enfermagem fundamental
e, principalmente, as suas implicações nos cuidados fundamentais.
A importância da temática em tela reside no fato de que a comunicação
é um alicerce importante para que a relação de cuidado se estabeleça de
forma efetiva e eficaz. Além disso, os aspectos inerentes à comunicação
nos convidam a pensar o cuidado de enfermagem, a partir de elementos
outros que não o enquadrem, somente, no discurso biomédico, pois esta
é uma condição necessária (embora não suficiente) para darmos conta
dos novos paradigmas de cuidar que estão surgindo no campo teóricofilosófico
e também na prática mesma do cuidado que se realiza a cada
dia pelas enfermeiras de cabeceira, líderes e administradoras do cuidado.

3. ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

A pesquisa apóia-se no referencial teórico da enfermagem fundamental,
em que pese os conceitos de enfermagem como arte e ciência
do cuidado; e da antropologia, em que pese o método que foi utilizado
para operacionalizar a pesquisa. O pressuposto e os objetivos
formulados para a pesquisa seguem as orientações conceituais desses
referenciais. Portanto, esta pesquisa caracteriza-se por ser qualitativa
e se utiliza dos conceitos formulados por Nightingale(8), Waldow(3) e
Watson(9) e do conceito de cultura cunhado por Geertz(10).

3.1 Os sujeitos e o Recorte Espacial

Os sujeitos foram vinte e oito (28) clientes adultos, de ambos os
sexos, internados no setor de clínica médica de um hospital universitário,
público, federal. O grupo de sujeitos e o espaço foram escolhidos pela
facilidade de acesso da pesquisadora, e pela possibilidade de obtenção
de um quantitativo de sujeitos que dessem sustentabilidade numérica
aos dados qualitativos. Foi feita solicitação formal à instituição e todas
as precauções éticas foram tomadas, garantindo-se os direitos que
cabem aos sujeitos que participam de pesquisas, em atendimento ao
disposto na Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, no
item IV que trata do termo de consentimento livre e esclarecido.
O grupo de clientes pesquisados e o cenário o qual ocupava
(enfermarias hospitalares) o fizeram compartilhar experiências comuns
de cuidado. Por isso, as respostas individuais foram consideradas como
reflexo de manifestações do grupo, do qual o sujeito compartilhou
experiências e vivências pessoais ao participarem dos cuidados de
enfermagem hospitalar. O conhecimento específico dos clientes sobre
os cuidados vivenciados foi tomado como saber do senso comum,
compartilhado por todo o grupo de sujeitos internados no mesmo espaço de cuidado.

3.2 Técnicas Empregadas para a Coleta dos Dados

As técnicas utilizadas para a coleta de dados foram: 1) a entrevista
em profundidade, na qual os sujeitos foram estimulados a falarem sobre
o cuidar e os cuidados de enfermagem os quais vivenciaram; 2) a
observação participante, com o objetivo de descrever a dinâmica de
cuidar/cuidados nas enfermarias, tomadas como unidades de análise,
e os padrões de reações dos clientes aos cuidados realizados; 3) a
consulta aos registros em prontuário. Os dados provenientes da
observação participante foram registrados em diário de campo, os das
consultas ao prontuário em bloco de notas e os provenientes das
entrevistas foram registrados por gravação em fita cassete.

3.3. Operacionalização da Análise e Interpretação dos Dados

No tratamento dos dados foi aplicada a descrição densa proposta
por Geertz(10), que vai além da descrição dos dados observados, pois o
pesquisador imprime a sua interpretação ao que foi observado e busca
a interpretação do sujeito para os atos e ações das quais participaram.
No tratamento dos dados textuais, provenientes das entrevistas, foi feita
a análise temática de conteúdo, segundo orientação de Bardin(11).
Os dados foram categorizados a partir da análise da freqüência da
aparição dos temas e da sua co-ocorrência. Somente foram
considerados para análise aqueles resultados que tiveram presença
significativa no conjunto das falas da maioria dos depoentes e, também,
que foram triangulados com os dados colhidos nas outras técnicas. Para
tanto, foi feita análise vertical e transversal das entrevistas com vistas à
busca da densidade dos resultados, não caracterizando esta fase como
uma coleção de conteúdos organizados de forma jornalística, como um
conjunto de opiniões.
Para classificação dos resultados, no que tange aos cuidados de
enfermagem, partiu-se da tipologia proposta por Ferreira(12), já que os
dados desta pesquisa confirmaram os achados anteriores da autora,
em pesquisa sobre o cuidado de enfermagem em outra instituição
hospitalar. Os cuidados, então, foram classificados em duas grades
vertentes: técnica e expressiva. Como técnicos, congregou-se os
cuidados interventivos, mais diretamente relacionados aos diversos
tratamentos pelos quais os clientes foram submetidos, como por
exemplo, a administração de medicamentos, as punções, cateterismo
e outros. Na vertente expressiva, foram congregados cuidados que
revelaram as qualidades pessoais do profissional que cuida do cliente,
principalmente, no que se refere à relação interpessoal estabelecida no
momento do cuidado.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Levando-se em conta o objeto e objetivos da pesquisa em tela, foi
recortado para análise o conjunto de cuidados expressivos que
emergiram da categorização dos cuidados oriundos da observação de
campo e dos conteúdos das entrevistas. Assim, destacou-se como de
maior incidência nas respostas dos sujeitos, aspectos inerentes à relação
interpessoal que o profissional estabelecia com eles no momento da
realização do cuidado. Nesta relação, as diversas formas de
comunicação ganharam significância para o cliente: tanto as verbais
quanto as não verbais. Nas verbais, o que sobressaiu foi a forma como
o profissional se dirigia e se comunicava com o cliente, imprimindo mais
ou menos atenção e carinho, principalmente. A interação, estabelecida
com o cliente no ato de cuidar, emergiu das falas, objetivamente, pela
citação dos momentos de conversa que os profissionais tinham com os
clientes.

Conversar com o cliente integrava-os ao cuidado, pois era o momento
no qual os clientes podiam falar sobre as suas angústias, dúvidas,
sucessos e alegrias. O ato de conversar emergiu como primordial no
cuidado. Seja de conteúdo técnico ou lúdico, conversar implica em se
comunicar e esta ação implica em interação, linguagem, gestos e
cognição. Daí a sua importância para a enfermagem, enquanto arte e
ciência do cuidado e, em especial, a área de enfermagem fundamental,
como instrumento básico do cuidado(13).
A análise dos dados da pesquisa sobre a dinâmica de cuidar e os
cuidados aos clientes hospitalizados permitiu reflexões críticas sobre a
necessária vinculação da comunicação ao cuidado de enfermagem,
menos nas técnicas do ato em si, e mais sobre as implicações desta
arte na prática do cuidado mesmo. A enfermagem, ciência humana
empenhada no cuidar da pessoa, implica em estabelecer interação entre
sujeitos (enfermeira e cliente) que participam dos cuidados. E esta
interação pode ser concebida como o próprio cuidado, em que pese um
dos pressupostos e Watson(4) na sua teoria transpessoal do cuidado: “o
cuidado pode ser efetivamente demonstrado e praticado, apenas,
interpessoalmente”. Quando os clientes falam da conversa, falam de
uma via de mão dupla, pois se considera os sujeitos envolvidos na ação,
já que este cuidado é relacional, concretizando-se sempre para e/ou
com alguém. A comunicação, portanto, é um alicerce importante para
que a relação de cuidado se estabeleça de forma efetiva e eficaz.
É na prática de ouvir o outro que as enfermeiras são essenciais no
cuidado, pois, por muitas vezes, evidenciou-se na dinâmica de cuidar
as enfermeiras darem voz aos clientes, propondo-se a ouvi-los naquilo
que os afligia, respondendo com palavras que os confortavam. Tais
cuidados configuram-se como verdadeiras técnicas de tratamento e cura
mesmo de um mal que, via de regra, não se diagnostica nos hospitais e
consultórios, qual seja, a solidão e a falta de companhia e de ter alguém
para conversar. Mal este que acomete a maioria das pessoas doentes
hospitalizadas, como foi possível evidenciar nos dados oriundos da
observação de campo. Este dado mostrou que é, principalmente, aí
que reside a complexidade do cuidar, pois cuidar do outro envolve sentir
o seu espírito, o seu olhar, a sua impaciência, a sua dor, a sua revolta,
as suas tristezas e também as suas alegrias. E tudo isso, lidando com
as suas próprias emoções, já que as enfermeiras também são seres
humanos imersos neste contexto da solidão, das tristezas, das alegrias,
das insatisfações, da não valorização social e institucional do trabalho.
A comunicação remete à capacidade criativa e reflexiva do pensar.
Quando estabelecemos o processo de comunicação com o outro
precisamos pensar que o ato de se comunicar não se inicia e se encerra
na palavra e que esta palavra não é tudo no ato da comunicação. Quando
duas ou mais pessoas conversam, ambos processam as palavras e as
mensagens e constroem seus próprios sentidos para aquilo que foi
conversado e (re)constroem seus conhecimentos e pensam sobre outras
coisas e aí sucessivamente; logo, a comunicação imprime marcas nos
sujeitos. Tanto a comunicação verbal como a não verbal, pois a
linguagem do corpo se expressa nos gestos, nas expressões e nas
emoções.Por isso, quando falamos do cuidado como ação técnica e sensível
e da comunicação como elemento fundamental nesse cuidado é porque
consideramos todo este complexo ato de se comunicar que não se
exprime só por palavras, pois quando tocamos o corpo do cliente no
cuidado passamos uma mensagem que será traduzida pelo cliente a
partir dos seus próprios sentidos e que “foge” do nosso controle.
Em pesquisa anterior, Ferreira(12) constatou que os clientes referiamse
a não se sentirem percebidos pelo olhar do cuidador durante os
cuidados de enfermagem. Explicaram que os profissionais estavam
acostumados a situação de cuidar e não se incomodavam mais por
eles (os clientes) estarem expostos no decorrer dos cuidados. Não se
sentir visto em uma situação em que se está absolutamente presente e
exposto, marcava negativamente o cuidado porque interceptava a
330Rev Bras Enferm 2006 maio-jun; 59(3): 327-30.possibilidade da relação humana entre o cuidador e o cliente. Logo, a comunicação pelo olhar é uma dimensão importante no cuidado,configurando-se em uma expressão do cuidar em enfermagem. Isto
mostra o quão importante é a comunicação no ato de cuidar.
Nos resultados da pesquisa ora apresentada, o dado importante
que marcou positivamente o cuidado foi, justamente, as conversas que
os enfermeiros, auxiliares e técnicos estabeleciam com os clientes no
decorrer do dia. Estas conversas integravam o cliente ao meio social,
favorecia a interação dos clientes entre eles próprios e com a família.
Os dados da pesquisa em tela mostram que havia muitas formas de
comunicação entre a equipe de enfermagem e o cliente e que alguns
membros da equipe tinham uma sensibilidade maior para a leitura da
linguagem não verbal e das emoções dos clientes e que esta linguagem
não verbal, quando era objetivamente captada pelo profissional, revertia,
via de regra, no atendimento de algumas das necessidades sentidas
pelos clientes e na resolução efetiva dos seus problemas. Muitas
conversas, que foram captadas na coleta de dados da pesquisa, tinham
conteúdo técnico – revestiam-se de informações sobre o estado do
cliente, orientações diversas sobre cuidados, respostas aos
questionamentos dos clientes sobre alguma coisa da assistência, entre
outros - mas foram identificadas também, muitas conversas de conteúdos
informais e lúdicos que traduziam verdadeiros momentos de interação
e até de afetividade com os clientes.
É interessante destacar que os clientes valorizavam estes momentos
no todo da assistência e qualificaram estes encontros como “cuidado”,
o que muitas vezes, as próprias enfermeiras, que os realizam no seu
dia-a-dia, não o fazem, e não dão a estes momentos o status devido.
Talvez isto se deva ao fato da valorização excessiva que se dá à
sofisticação da tecnologia de ponta e da cultura que construímos de
que, quanto mais algo for complicado, melhor para demonstrar a nossa
sabedoria. Isto também é verdadeiro para a comunicação verbal: quanto
mais palavras técnicas e de difícil entendimento usarmos, mais
demonstra o quanto o outro não sabe aquilo que só nós sabemos e aí,
perdemos a oportunidade do diálogo e da ampliação do conhecimento
que se dá na medida da troca e do compartilhamento dos saberes.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que a efetividade da comunicação se sustenta na empatia
que se estabelece entre os sujeitos na relação do cuidado, como
também, no respeito ao outro, ao seu saber e à sua condição de
participante no processo da comunicação. A comunicação de dá através
daquilo que nos faz sentido. O sujeito escuta a mensagem e a traduz
de acordo com o seu referencial sócio-cultural. Desta forma, foi possível
constatar que o estilo de falar, e a escolha das palavras fazem diferença
na qualidade da comunicação que se estabelece com o cliente e isto é
importante no processo de negociação do cuidado junto a ele, pois na
dinâmica de cuidar no hospital foi possível identificar que muitos
profissionais conseguem mais efetividade no cuidado, justamente, por
que conseguem uma comunicação mais eficaz junto aos clientes. As
interações no cuidado “não se estabelecem de maneira puramente técnica,
mas também através de uma abordagem expressiva do cuidar”(14),
abordagem esta que se dá pela comunicação, seja ela verbal ou nãoverbal.
Por fim, destaca-se que a equipe de enfermagem realiza muitos
cuidados de ordem expressiva que não são registrados como cuidados,
talvez pela cultura que se tem de registrar, somente, o cumprimento das
prescrições médicas, dos cuidados técnicos e os resultados destes. E aí,
não geramos documentação de tudo o que a enfermagem faz. Os padrões
de interação e toda a gama de cuidados retratados nesta pesquisa se
perdem e ficam “invisíveis” no cômputo geral da assistência ao cliente.
Os dados, principalmente oriundos do diário de campo, da
observação da dinâmica de cuidar, das maneiras de cuidar e dos
cuidados realizados com os clientes mostraram que as enfermeiras são
sujeitos que cuidam de outros sujeitos. Desta forma, o cuidar da
enfermagem é uma prática complexa e por isso não pode ser pensado
como um ato que envolve, somente, e simplesmente, eu diria, o domínio
de técnicas e tecnologias, mas como um ato que envolve a complexidade
do lidar com outro ser humano, o que implica em conhecer a sua história
de vida, as suas crenças, emoções e desejos que permeiam a relação
entre as pessoas, passíveis de serem acessados através do
estabelecimento de uma comunicação efetiva.
É preciso levar em conta que o tratamento e a cura não ocorrem
somente pela intervenção técnica-tecnológica-medicamentosa, pois a
doença não habita um corpo material biológico somente, mas o corpo
de um ser que, como tal, expressa, na sua materialidade biológica, a
dimensão sensível que o qualifica como humano. Por isso o cuidado
humano e o humano no cuidado são fundamentais, e amparada nos
conceitos que alicerçaram esta discussão, oriundos de uma Teoria
Humanística de Enfermagem, no qual o diálogo é um dos elementos
centrais para se pensar o cuidado(15), vimos que este (o diálogo) é uma
das estratégias humanas no qual reside o potencial da comunicação.

Sistema Circulatório









O coração é formado por duas bombas distintas, sendo que uma delas bombeia sangue para os pulmões, enquanto a outra bombeia o sangue que sai dos pulmões para todo o corpo. O sangue passa por todo um circuito contínuo e fechado, que será chamado de sistema circulatório.

O sistema circulatório terá como função básica:

Transporte de gases;
Distribuição de nutrientes;
Distribuição de hormônios;
Transporte dos produtos finais do metabolismo;
Manutenção da temperatura corpórea;
Imunidade.
Características Básicas:

Sangue Venoso: ↓ [O2], ↑[CO2];
Sangue Arterial: ↑[O2], ↓[CO2];
Músculo (mm) Cardíaco: mm estriado, organizado de maneira sincicial e têm ritmicidade automática;
Sístole: Contração;
Diástole: Relaxamento;
Válvulas Cárdias: 1. Atrio-Ventriculares: Tricúspide e Mitral (bicúspide); 2. Semi-lunares: Pulmonar e Arterial.

Circulação:

O sangue venoso ao atingir o átrio direito (AD), trazido pelas grandes veias, é forçado pela contração, passar pela válvula tricúspide, enchendo o ventrículo direito (VD). O ventrículo direto bombeia o sangue através da válvula pulmonar para a artéria pulmonar, e daí para os pulmões. Nos pulmões, realiza a hematose (troca de CO2 por O2). O sague com O2 sai das veias pulmonares para o átrio esquerdo. Ocorre a contração do átrio esquerdo (AE), passando pela vávula mitral para o ventrículo esquerdo (VE), de onde, passa pela válvula aórtica, atinge a aorta, e toda a circulação sistêmica (tecido/troca de O2 por CO2).
RESUMO:

Circulação Pulmonar:AD→ VD→ Pulmões →Hematose (CO2/O2) →AE;
Circulação Sistêmica:AE → VE→ Tecido→ O2/CO2 → AD.
O som produzido pelo fechamento das válvulas átrio-ventriculares e semi-lunares é chamado de bulhas cardíacas, sendo definidas como normais ao exame físico, as bulhas B1 e B2.

Controle da Ritmicidade:

- O marcapasso do coração é conhecido como Nodo Sinoatrial(SA). É ele quem produz os impulsos para a contração dos átrios (Sístole). Esse nodo se localiza na parede superior do átrio direito, perto do ponto de entrada da veia cava superior.

Visto que o nodo sinoatrial tem frequência mais elevada do que qualquer região do coração, os impulsos originados por ele são propagados para os átrios e ventrículos, estimulando essas regiões tão rapidamente que nunca conseguem ficar lentas até seus rítmos naturais. Sendo assim, ele passa a ser responsável pelo rítmo de todo o coração.

Após se ter originado no nodo SA, o impulso é propagado primeiro para os átrios, provocando sua contração. Poucos centésimos de segundo depois de ter saído do nodo SA, o impulso atinge então outro nodo, o Nodo Atrio-venticular. O nodo AV, também está situado na parede do átrio direito, mas localizado na parte inferior, próximo ao centro do coração. Bom, o Nodo AV retarda o impulso por poucos centésimos de segundo, antes de permitir a sua passagem para o ventrículo. Esse retardamento permite que os átrios forneçam sangue para os ventrículos, antes do início da contração ventricular. Após esse retardo o impulso é propagado com muita rapidez pelo sistema de Purkinje dos ventriculos, fazendo com que os dois ventrículos contraiam com força máxima dentro de poucos centésimos de segundo.

Controle Nervoso:

- Estimulação simpática, que ↑ a velocidade do fluxo sangúineo, ↑ a frêquencia cardíaca, ↑ a força de contração.

- Estimulação Parassimpática, ↓ o metabolismo, ↓ Diminui a frequência cardíaca, ↓ a força de contração.

Débito Cardíaco:

- É o volume de sangue bombeado do coração.

- É o sistema autonômico, o tônus vascular e a frequência do impulso nervoso.

Pressão Arterial:

- Caracterizado pela força que o sangue exerce na parede do vaso.

Se:

↑ Pressão, pode ocorrer o rompimento dos vasos sanguíneos.

↓ Pressão, baixa o fluxo sanguíneo, havendo uma deficiência de O2 e nutrientes para os tecidos.

Pressão Alta:

-Sistema Barorreceptor: Ocorre a dilatação das grandes artérias que contém receptores que enviam IN (impulso nervoso) para o centro vasomotor, que é inibido e ativa o sistema parassimpático, que reduz a atividade cardíaca, diminuindo assim a PA (pressão arterial).

Edema Pulmonar: É causado devido o má funcionamento do lado esquerdo do coração, ocorrendo o bloqueio da passagem sanguínea, acumulando sangue, impedindo as trocas gasosas, forçando a saída de líquidos para os pulmões em direção aos alvéolos.

Edema Tecidual: É a disfunção do lado direito do coração, causando um acúmulo de sangue nos tecidos.



Sistema Circulatório


Sistema Sanguíneo:
Coração
Vasos Sanguíneos
Artérias e Veias



Sistema Linfático:
Vasos linfáticos
Órgãos linfóides
Linfonodos,Tonsilas, Baço e Timo



Órgãos Hemopoiéticos:
Medula óssea
Órgão linfóides
Baço e Timo



Localização
Forma
Função
Vasos da Base
Faces



Nó Sinoatrial “marca-passos”
Nó atrioventricular
Feixe atrioventricular (His)
Ramos D e E


Sistema Linfático


Drenagem do líquido intersticial e drenagem da linfa para sistema venoso;
Absorção de transporte gordura;
Mecanismo de defesa.

Plexo Linfático
Linfáticos
Linfonodos
Órgãos linfóide
Linfócitos

Diferenciação Celular




Diferenciação Celular


Características gerais

→ em termos moleculares significa atividade gênica variada nas células de um organismo
 
→ a especialização celular compreende a síntese de proteínas específicas : → hemoglobina (eritrócitos)
→ anticorpos (linfócitos)
→ neurofilamentos (neurônios)



Características gerais

→ genes de manutenção – são ativos em todos os tipos celulares

→ células diferenciadas – genoma permanece constante

Ex: transplante nuclear em ovos da rã Xenopus

1 Passo – núcleos dos ovos (destruídos c/ luz ultravioleta)
2 Passo – nos ovos s/ núcleo (injetados núcleos de células epidérmicas)
3 Passo – ovos que receberam núcleos (desenvolveram-se e formaram rãs adultas)

A evidência experimental seguinte, onde o núcleo do ovócito é substituído pelo núcleo de uma célula diferenciada dando origem a um ser completo, indica que o GENOMA É ESSENCIALMENTE O MESMO EM TODAS AS CÉLULAS, PORTANTO A DIFERENCIAÇÃO CELULAR OCORRE PORQUE OS DIFERENTES TIPOS CELULARES SINTETIZAM E ACUMULAM DIFERENTES GRUPOS DE mRNA e PROTEÍNAS

Desenvolvimento embrionário em anfíbios

Zigoto1 → blastômeros2 → mórula3 → blastocele4 → blástula5 → gástrula6

1- ocorrem repetidas divisões mitóticas

2- células menores produzidas por divisões mitóticas

3- massa celular compacta

Desenvolvimento embrionário em anfíbios
4- cavidade cheia de líqüido localizada no interior da mórula
5- depois de inúmeras divisões celulares e formação da blastocele o embrião se apresenta como uma massa de células com cavidade central
6- embrião com três folhetos germinativos (ectoblasto, mesoblasto e endoblasto)

Até a Blástula

maioria das vias sintéticas estão bloqueadas
o embrião não aumenta de tamanho
há apenas ↑ de células cada vez menores
DNA é a única macromolécula sintetizada após a fertilização

Gastrulação

início de síntese de proteínas e RNA (crescimento do embrião)

movimentos celulares originando os 3 folhetos

fixação do destino das células embrionárias

Diferenciação e Potencialidade

Diferenciação – grau de especialização celular

Ex. de diferenciação máxima (potencialidade zero): células nervosas, células do cristalino, células do globo ocular, células do músculo cardíaco

Potencialidade – capacidade de originar outros tipos celulares

Ex. de potencialidade máxima (diferenciação zero): célula-ovo e os primeiros blastômeros

O desenvolvimento de um organismo multicelular depende:

diferenciação celular, número de divisões celulares, movimentos celulares bem coordenados e da disposição dos tecidos que vão se formando para constituir os órgãos

Controle gênico da diferenciação

→ a diferenciação da atividade gênica se traduz na transcrição (síntese de RNA mensageiro)

→ maior ou menor estabilidade do RNA mensageiro influi na especialização da célula


Fatores que controlam os processos de diferenciação celular

Fatores intrínsecos – derivam do DNA ou de material acumulado no citoplasma

Fatores extrínsecos – sinais provenientes de outras células, matriz extracelular e agentes ambientais (raios x, radioatividade, temperatura, drogas, substâncias poluentes, infecção viral)

Células tronco da medula óssea vermelha originam:

→ células linfóides – migram para o baço, timo, nódulos linfáticos (produzirão linfócitos) 

→ células mielóides – fica na medula óssea e produzem leucócitos não-linfóides (monócitos, neutrófilos, eosinófilos, basófilos), hemácias e megacariócitos (cel. formadoras das plaquetas)


A diferenciação dos tecidos e órgãos se processa em ritmos diferentes

→ no recém-nascido

rins e fígado não estão completamente diferenciados
sistema nervoso não está completamente desenvolvido
as glândulas mamárias estão diferenciadas


Apoptose - Caracterização do processo de apoptose

→ compactação do núcleo e citoplasma
→ cromatina fragmentada por endonucleases
→ células emitem brotamentos citoplasmáticos
→ morte celular por apoptose não causa inflamação

Apoptose (exemplos)

→ feto humano inicialmente possuem dedos fundidos

→o timo em mamíferos adultos produzem linfócitos T (defesa e ataque)

→ glândulas mamárias (gravidez e ciclo menstrual)


Apoptose (exemplos)

→ remoção da cauda de girinos

→ células penetradas por vírus, bactérias ou protozoários podem sofrer apoptose

TECIDO CARTILAGINOSO


TECIDO CARTILAGINOSO

Tipos de Cartilagem

HIALINA
ELÁSTICA
FIBROSA OU FIBROCARTILAGEM

Localização X Função

Cartilagem Hialina – esqueleto fetal, disco epifisário, costelas, superfícies articulares nas articulações e vias respiratórias.
Cartilagem Elástica – pavilhão auditivo, no conduto auditivo externo, tuba auditiva (ou de Eustáquio), epiglote da laringe e cartilagem cuneiforme da laringe.
Cartilagem Fibrosa – discos intervertebrais, inserção dos tendões ou ligamentos nos ossos e na sínfise pubiania.


Estrutura

Células = condroblastos e condrócitos (lacunas) – grupos isógenos
Matriz cartilaginosa = colágeno + proteoglicanas (SFA) + elastina?
Pericôndrio

Nutrição

Pericôndrio
Líquido sinovial

Condrócitos

Funções: matriz, grupos isógenos e condronectina
Processo histológico
Superfície
Cápsula

Pericôndrio

Proteção e revestimento
Fonte de nutrição e oxigênio
Fonte de condroblastos
Eliminação de refugos metabólicos

Degeneração

Ocorre com frequência
Calcificação ► deposição de fosfato de cálcio
(cristais de hidroxiapatita)
Formação dos ossos

TECIDO ÓSSEO




Introdução:
Tipo especializado de tecido conjuntivo
Formado por células + material intercelular calcificado
Principal constituinte dos nossos ossos

Funções


Suporte para as partes moles
Proteção de órgãos vitais
Aloja e protege a medula óssea
Apoia os músculos esqueléticos
ampliando as forças geradas na contração muscular
Funciona como depósito de íons

Células do Tecido Ósseo

Osteócito - localização
Osteoblastos – produz a parte orgânica da matriz
Osteoclastos – reabsorção de matriz (remodelação)

Membranas de Revestimento

Osteócito - localização
Osteoblastos – produz a parte orgânica da matriz
Osteoclastos – reabsorção de matriz (remodelação)

Endósteo

Formado principalmente por células osteogênicas achatadas

Periósteo

Parte mais externa – formada por um tecido conjuntivo denso modelado
Parte mais interna – formada por células osteogênicas e vasos sanguíneos

Composição da Matriz Óssea

Parte orgânica + parte inorgânica
Parte inorgânica:
Íons mais encontrados: cálcio e fosfato
Outros: bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato

Composição da Matriz Óssea – cont.

Parte Orgânica:
95% fibras colágenas (tipo I)
Pequena quantidade de substância amorfa
= proteoglicanas + glicoproteínas (osteocalcina e sialoproteína)

Osteócito

Localização = lacuna = 1 osteócito
Prolongamentos x canalículos (comunicação)

Osteoblastos

Sintetiza a parte orgânica
Participa da mineralização
Dispostos lado a lado, em formatos diferentes
Dá origem aos osteócitos
Osteóide – matriz recém sintetizada, ainda não calcificada


Osteoclastos

Origem: monócitos
Funções: remodelação, desmineralização, eliminação de restos de tecido ósseo e defesa
Células móveis, gigantes, muito ramificadas, com partes dilatadas, multinucleadas (6 a 50 núcleos)

Nutrição

Não ocorre por difusão
Ocorre através dos canalículos

Ossificação ou Formação do Tecido Ósseo

Ossificação Intramembranosa – no interior de uma membrana conjuntiva
Ossificação Endocondral – sobre um molde de cartilagem hialina

Ossificação Intramembranosa

Osso frontal, parietal, partes do occipital, do temporal, dos maxilares superiores e inferiores
Contribui para a ossificação dos ossos curtos e longos

Ossificação Endocondral

Ocorre na maioria dos ossos – sobre molde de cartilagem hialina
Principal responsável pela formação dos ossos curtos e longos

terça-feira, novembro 02, 2010

Estampas da Camisa de Enfermagem

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Veja A Frases para Costas:

Frases sobre Enfermagem Ana Neri

1-O primeiro dos bens, depois da saúde, é a paz interior.

2-A felicidade consiste em três pontos: trabalho, paz e saúde

3-Não queremos perder, nem deveríamos perder: saúde, pessoas, posição, dignidade ou confiança. Mas perder e ganhar faz parte do nosso processo de humanização

4-Para nos mantermos bem é necessário comer pouco e trabalhar muito.

5-Desejo muita saúde aos meus inimigos, para que assistam de pé a minha vitória

6-Hoje é meu dia de sorte, estou respirando, viva! Estou andando, viva a saúde, estou pensando, viva a inteligência, estou vivendo, viva a vida!