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domingo, julho 31, 2011

Imunologia do transtorno bipolar


Imunologia do transtorno bipolar

Immunology of bipolar disorder
Izabela Guimarães Barbosa1, Rodrigo Barreto Huguet2, Fernando Silva Neves3, Moisés Evandro Bauer4,
Antônio Lúcio Teixeira1

artigo de rev isão

1 Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Faculdade de Medicina, Departamento de Clínica Médica.
2 Serviço de Psiquiatria do Hospital Governador Israel Pinheiro do Instituto dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), Belo Horizonte, MG.
3 Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Faculdade de Medicina, Departamento de Saúde Mental.
4 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Instituto de Pesquisas Biomédicas, Laboratório de Imunologia Celular e Molecular.
Endereço para correspondência: Antônio Lúcio Teixeira
Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais

Av. Alfredo Balena, 190 – 30310-130 – Belo Horizonte, MG
Telefone: (31) 3409-2651
E-mail: altexr@gmail.com
Palavras-chave
Transtorno bipolar,
imunologia, citocinas,
quimiocinas, interleucinas,
interferon e fator de
necrose tumoral-α.

RESUMO

Objetivo: Pesquisas recentes têm implicado fatores imunes na patogênese de diversos
transtornos neuropsiquiátricos. O objetivo do presente trabalho é revisar os trabalhos que
investigaram a associação entre transtorno bipolar e alterações em parâmetros imunes.
Métodos: Artigos que incluíam as palavras-chave: “bipolar disorder”, “mania”, “immunology”,
“cytokines”, “chemokines”, “interleukins”, “interferon” e “tumor necrosis factor” foram
selecionados em uma revisão sistemática da literatura. As bases de dados avaliadas foram
MedLine e Scopus, entre os anos de 1980 e 2008. Resultados: Foram identificados 28
trabalhos que estudaram alterações imunes em pacientes com transtorno bipolar. Seis
artigos investigaram genes relacionados à resposta imune; cinco, autoanticorpos; quatro,
populações leucocitárias; 13, citocinas e/ou moléculas relacionadas à resposta imune e seis,
leucócitos de pacientes in vitro. Conclusões: Embora haja evidências na literatura correlacionando
o transtorno bipolar a alterações imunes, os dados não são conclusivos. O transtorno
bipolar parece estar associado a níveis mais elevados de autoanticorpos circulantes,
assim como à tendência à ativação imune com produção de citocinas pró-inflamatórias e
redução de parâmetros anti-inflamatórios.
ABSTRA CT

Objective: Emerging research has implicated immune factors in the pathogenesis of a variety
of neuropsychiatric disorders. The objective of the present paper is to review the studies that investigated
the association between bipolar disorder and immune parameters. Methods: Papers
that included the keywords “bipolar to disorder”, “mania”, “immunology”, “cytokines”, “chemokines”,
“interleukins”, “interferon” and “tumor necrosis factor” were selected in a systematic review
of the literature. The evaluated databases were MedLine and Scopus in the period between 1980
and 2008. Results: Twenty eight works were found. Six studies investigated immune responserelated
genes; five, auto-antibodies; four, leukocyte population; 13, cytokines and/or immune-related
molecules; six, leukocytes in vitro. Conclusions: Although there is evidence in the literature
correlating affective disorders with immune parameters, the results are still inconclusive. Bipolar
disorder seems to be associated with increased levels of auto-antibodies as well as with a trend
for increased immune activation with production of pro-inflammatory cytokines and reduction
of the anti-inflammatory parameters.

Recebido em
1/12/2008
Aprovado em
26/1/2009

Keywords
Bipolar disorder,
immunology, cytokines,
chemokines, interleukins,
interferon and tumor
necrosis factor-α.
J Bras Psiquiatr. 2009;58(1):52-9.
rev isão Imunologia do transtorno bipolar 53

INTRODUÇÃO

O transtorno bipolar (TB) caracteriza-se clinicamente pela
alternância entre estados de humor depressivo e de humor
maníaco (tipo I) ou hipomaníaco (tipo II). O TB tipo I tem
prevalência de cerca de 1% da população1, enquanto o TB
tipo II afeta cerca de 5% da população2.
As alterações de humor ocorrem em cerca de dois terços
do tempo de vida do paciente, conferindo grande morbidade
e impacto socioeconômico associados à doença3.
Cerca de 50% a 70% dos pacientes cursam com algum tipo
de comorbidade psiquiátrica4, enquanto cerca de 50% dos
pacientes apresentam comorbidade clínica5.
A fisiopatologia do TB é ainda pouco compreendida.
Reconhece-se a relevância da contribuição genética,
sendo descrita herdabilidade de até 85%6. Entre os genes
candidatos, destacam-se aqueles relacionados a sistemas
de neurotransmissores, sobretudo serotonina (SLC6A4 e
TPH2), dopamina (DRD4 e SLC6A3) e glutamato (DAOA e
DTNBP1), e de crescimento neuronal (BDNF)7,8. Contudo, os
modelos focados em um único neurotransmissor não conseguem
explicar a heterogeneidade da apresentação e do
curso clínico do transtorno, sugerindo que a inter-relação
entre múltiplos sistemas poderia estar comprometida nesses
pacientes.

Mais recentemente, vem sendo estudado o papel das
alterações do sistema imune, principalmente citocinas,
na patogênese de transtornos psiquiátricos, como depressão
maior9-11, transtorno obsessivo-compulsivo12 e
esquizofrenia13,14. Citocinas são peptídeos produzidos e liberados
por células imunes com potencial para interferir no
metabolismo de sistemas de neurotransmissores, nas atividades
neuroendócrina e neuronal, na regulação do crescimento
e da proliferação das células da glia15. O objetivo do
presente trabalho é revisar os trabalhos que investigaram
possíveis alterações imunes no TB.

MÉTO DOS

A partir das bases de dados MedLine e Scopus, foram buscados
artigos em língua inglesa, espanhola, portuguesa
e francesa, publicados no período de 1990 e outubro de
2008, com as seguintes palavras-chave: “bipolar disorder”,
“mania”, “immunology”, “cytokines”, “chemokines”, “interleukines”,
“interferon” e “tumor necrosis factor”.

RESULTA DOS

Foram identificados 28 trabalhos que estudaram alterações
imunes em TB. Seis estudos investigaram genes
relacionados à resposta imune em pacientes bipolares
(Tabela 1).
Cinco estudos avaliaram autoanticorpos no TB
(Tabela 2). Quatro deles mensuraram anticorpos antitireoidianos
e apenas um observou elevação desses autoanticorpos
em pacientes bipolares. Hornig et al.23 investigaram,
além de anticorpos antitireoidianos, anticorpos
antinucleares (ANA), antidsDNA e anticardiolipina, não encontrando
diferenças em relação a controles. O estudo de
Padmos et al.26 avaliou a expressão de anticorpos ligados à
gastrite crônica autoimune (H/K-ATPase) e diabetes mellitus
tipo I (GAD 65), encontrando maior expressão destes em
pacientes bipolares.

Treze estudos avaliaram citocinas e/ou moléculas relacionadas
à resposta imune em soro ou plasma de pacientes
(Tabela 3). Quatro trabalhos realizaram dosagens séricas
e/ou plasmática de TNF-α enquanto três evidenciaram elevação
nos níveis séricos em relação aos controles33-35. Seis
estudos investigaram os níveis circulantes de interleucina
(IL)-6 e três mostraram alterações em relação a controles
assintomáticos27,34,35. Somente um estudo avaliou dosagem
sérica de IL-8 em pacientes em fases de mania e depressão,
encontrando níveis mais elevados em relação a controles33.
Um estudo avaliou dosagens plasmáticas de TGF-1β em
pacientes bipolares e observou que pacientes em fases de
mania, sem o uso de medicamentos há pelo menos 4 semanas,
evidenciavam elevações nos níveis plasmáticos em
relação aos controles e que, após atingirem a eutimia e em
uso de medicamentos, os níveis plasmáticos não diferiam
dos controles32. Resultados conflitantes podem ser observados
em relação a dosagens séricas e/ou plasmáticas das
citocinas IL-2, IL-4, IL-10, IL-12 e interferon gama (IFNγ).
Em relação a receptores solúveis de citocinas, cinco trabalhos
avaliaram os níveis de receptores solúveis de IL-2.
Três encontraram níveis elevados em pacientes bipolares
em quadros de mania27,29,31. Quatro estudos investigaram níveis
de receptores solúveis de IL-6 e somente um observou
alteração em relação aos controles27.
Quatro trabalhos estudaram diferentes populações leucocitárias
no TB; dois encontraram alterações em relação a
controles (Tabela 4). Um estudou observou diferenças em
parâmetros celulares entre o estado de mania e o estado
misto38.

Seis estudos avaliaram as células mononucleares
de sangue periférico isolados de pacientes bipolares in
vitro (Tabela 5). Na ausência de estímulos, as células de pacientes
não apresentaram alterações nos níveis de IL-1, IL-2,
IL-6, IL-10 e INFγ em relação aos controles, independentemente
da medicação ou fase da doença40,43. Seis estudos
avaliaram os meios de culturas de células sob estimulação.
Dados discordantes têm sido evidenciados em relação à
produção de IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, TNF-α, INFγ.
J Bras Psiquiatr. 2009;58(1):52-9.
54 Barbosa IG et al. rev isão

Tabela 2. Autoanticorpos no transtorno bipolar (TB)
Pacientes/controles Especificação do TAB Comorbidade
psiquiátrica
Comorbidade

clínica

Medicação em uso Influência da
medicação
Autoanticorpo Resultado
Rapaport et al.22 26/34 TB I (16)
II (10)
ND ND ND ND Anticardiolipina
Antimicrossomal
Antitireoglobulina
p = c
p = c
p = c
Hornig et al.23 103/22 TB I (79)
II (24)
ND ND Lítio Sem influência ANA
AntidsDNA
Antitireoglobulina
Anticardiolipina
p = c
p = c
p = c
p = c
Kupka et al.24 226/252 ND ND ND Lítio Sem influência AntiTPO p > c
Baethge et al.25 64/100 ND ND ND Lítio, hormônio
tireoidiano
Sem influência AntiTPO
TgAb
TrAb
p = c
p = c
p = c
Padmos et al.26 239/220 TB I, II, SOE,
cicladores rápidos
ND ND Lítio, carbamazepina,
valproato,
antidepressivos e
antipsicóticos
Sem influência H/K-ATPase
GAD 65 A
GAD 67 A
p > c
p > c
p = c
ND: não disponível; SOE: sem outras especificações; p: paciente; c: controle; GAD: ácido glutâmico descarboxilase.
Tabela 1. Polimorfismos de genes ligados à resposta imune no transtorno bipolar (TB)
Pacientes/
controles
População
estudada
Especificação
do TB
Polimorfismo estudado Resultado
Pae et al.16 89/125 Coreana ND -308G/A do gene do TNF-α - 308A p > c
Papiol et al.17 88/176 Espanhola ND -511C/T do gene do IL-1β
alelo A2 do antagonista do
receptor IL-1
-511 C p > c
p > c
Kim et al.18 83/297 Coreana ND Gene IL-1RA p = c
Roh et al.19 183/350 Coreana TB I (145)
II (38)
-2518 G/A do gene do MCP-1 p = c
Czerski et al.20 361/351 Polonesa ND -308G/A do gene TNF-α -308 G p > c
Padmos et al.21* 42/25 TB I (35)
II (7)
PDE4B
IL-1B
IL-6
TNF
TNFAIP3
PTGS2
PTX3
HSPA1A
CCL2
CCL7
CCL20
CXCL2
CCR2
CDC42
CX3CR1
BCL2A1
EMP1
MAPK6
DUSP2
NAB2
ATF3
ND:

não disponível; p: paciente; c: controle.
* Empregou a técnica de “microarray” que possibilita a investigação simultânea de vários polimorfismos.
J Bras Psiquiatr. 2009;58(1):52-9.
rev isão Imunologia do transtorno bipolar 55
Tabela 3. Estudos que detectaram parâmetros imunes in vivo
Número de pacientes/controles

Tempo sem uso
de medicamentos
Especificação TB
na entrada do estudo
Comorbidade Parâmetros imunes e condições Medicação para tratamento
e tempo
Especificação TB após TTO Parâmetros imunes
após tratamento
Rapaport22 26/34 Pacientes medicados e
não medicados
TB em eutimia
TB I (16)
TB II (10)
ND SL-2R (sem alteração) ND ND ND
Maes et al.27 10/21 7 (7-60) dias TB I
Mania
ND IL-6 (sem alteração)
↑SL-6R ↑ SL-2R
Valproato
14 dias
Eutimia IL-6 (sem alteração)
↑SL-6R ↑ SL-2R
Rapaport et al.28 17/18 2 semanas Cicladores rápidos
Hipomania (2)
Depressão (6)
Eutimia (9)
TB I (3)
TB II (14)
Sem comorbidades clínicas ou
psiquiátricas
IL-4, IL-6, IL-10 e
INFγ (indetectáveis)
IL-2 (sem alteração)
SL-6R e SL-2R (sem alterações)
Carbonato de lítio
(0,82 mEq/L)
30 dias
Eutimia IL-4, IL-6, IL-10 e INFγ (indetectável)
IL-2* (sem alteração)
SL-6R e SL-2R (sem alterações)
Tsai et al.29 31/31 Em uso:
carbamazepina
TB I
Mania
ND SL-6R sem alteração
↑ SL-2R
Introdução de lítio Eutimia ↓ SL-2R
Kim et al.30 25/85 > 4 meses TB I
Mania
Sem comorbidades psiquiátricas
relacionadas a abuso de álcool e
substâncias, doença autoimunes
IL-12 (sem alteração) Carbonato de lítio e/ou
valproato e/ou
antipsicóticos
8 semanas
Eutimia IL-12 (sem alteração)
Breunis et al.31 64/66 Em uso de medicações TB I e II ND ↑ SL-2R em bipolares
principalmente em mania
ND ND ND
Kim et al.32 70/96 > 4 meses TB I
Mania
Sem doenças autoimunes, infecções,
abuso de álcool e outras substâncias
↑ IL-4 ↑ INFγ
↓ TGF-1β
Carbonato de lítio e/ou
valproato e /ou
antipsicóticos
8 semanas
Eutimia ↑ IL-4 ↑ INFγ
↑ TGF 1β
O´Brien et al.33 21/21 Em uso de medicações:
antipsicóticos,
antidepressivo
estabilizador do humor
Mania (9)
Depressão (12)
Não houve especificação
TB I ou II
Sem comorbidades clínicas,
psiquiátricas ou uso de
anti-inflamatórios
Mania:↑ IL-8 ↑TNF-α ↑IL-6
IL-10 (sem alteração)
Depressão: ↑ IL-8 ↑ TNF-α
IL-10 e IL-6 (sem alterações)
SL-6R (sem alterações)
ND ND ND
Ortiz-Domínguez
et al.34
20/33 > 3 semanas TB I
Mania (10)
Depressão (10)
Sem comorbidades clínicas,
psiquiátricas ou uso de
anti-inflamatórios
Mania: ↑ TNF-α ↑ IL-4
↓ IL-2 ↓ IL-1β
Depressão: ↑ TN-α ↑ IL-6
↓IL-2, ↓ IL-4, IL-1β
(sem alterações)
ND ND ND
Hung et al.35 15/14 Depressão sem
especificação
TAB I ou II
ND TNF-α, IL-6 (sem alterações) ND ND ND
Kauer-Sant’Anna
et al.36
60/60 Em uso de medicações:
antipsicóticos,
antidepressivo
estabilizador do humor
TAB I em eutimia
diagnóstico < 3 anos
diagnóstico > 10 anos
ND Diagnóstico < 3 anos
↑ TNF-α ↑ IL-6 ↑IL-10
diagnóstico > 10 anos
↑ TNF-α ↑ IL-6, IL-10
sem alterações
ND ND ND
ND: não disponível; IL: interleucina; TNF: fator de necrose tumoral; INF: interferon; ↑: elevado; ↓: diminuído; SL-R: receptor solúvel.
J Bras Psiquiatr. 2009;58(1):52-9.
56 Barbosa IG et al. rev isão
Tabela 4. Alterações de populações leucocitárias em pacientes bipolares
Pacientes/controles Especificação de TB Alteração leucocitária Correlação Medicação em uso Influência da medicação
Rapaport et al.22 26/34 Eutimia
TB I (16)
II (10)
CD3+
CD4+
CD 8+
CD 16+
CD19+
CD 25+
HLA-DR+
CD19+ HLA+
CD19+ CD5+
CD29+ CD4+
CD4 CD8
p = c ND ND
Sourlingas et al.37 12/7 Mania/hipomania (3)
Depressão (3)
Eutimia (7)
Leucócitos totais p < c Lítio,
tricíclicos,
antipsicóticos
ND
Cassidy et al.38 174/0 TB I
Mania (155)
Misto (19)
Leucócitos totais
Neutrófilos
Linfócitos
Monócitos
ms > m
ms > m
ms = m
ms > m
Sem
medicação
> 2 semanas
ND
Breunis et al.31 64/29 TB I
TB II
CD3+ MHCII+
CD3+ CD25+
CD3+ CD71+
CD3+ CD69+
Células B
Células NK
p = c
p > c
p > c
p = c
p > c
p = c
ND ND
ND: não disponível; p: paciente; c: controle; ms: misto; m: mania.
DIS CUSS ÃO
Trata-se do primeiro estudo sistemático de alterações imunes
no TB. Em conjunto, os resultados sugerem que os pacientes
bipolares, independentemente da fase da doença,
têm alterações em diferentes parâmetros estudados.
Os pacientes bipolares tenderam a apresentar maiores
níveis de autoanticorpos circulantes com provável associação
com doenças autoimunes. Em relação às citocinas, os
pacientes bipolares parecem exibir um perfil pró-inflamatório,
independentemente da fase da doença, com diminuição
de citocinas e/ou moléculas anti-inflamatórias. Há trabalhos
que sugerem que quadros de mania estejam marcados por
perfil ainda mais pró-inflamatório. Cabe ressaltar que perfil
anti-inflamatório in vivo e in vitro é observado classicamente
em pacientes com quadros de depressão unipolar11.
As alterações imunológicas em pacientes bipolares
parecem ser evidenciadas também em seus familiares. Hillegers
et al.44 realizaram um estudo longitudinal com 140
filhos de pais com o diagnóstico de TB. No momento da
entrada no estudo, os filhos tinham idade entre 12 e 21 anos
e foram acompanhados por 55 meses e avaliados por 3 vezes
durante esse período. Foram observadas elevações nos
níveis de anticorpos antiTPO (tiroperoxidase) em filhos de
pacientes bipolares, principalmente no sexo feminino. Os
jovens que apresentavam elevações nos níveis de antiTPO
não mostravam aumento na frequência de transtornos de
humor ou demais transtornos psiquiátricos até o momento
da avaliação. Padmos et al.21 realizaram um estudo em monócitos
de pacientes com o diagnóstico de TB e seus filhos
e encontraram expressão alterada de RNA mensageiros de
genes relacionados a inflamação, tráfego celular, sobrevivência
e via mitógeno-proteína-cinase ativada. Os filhos
de pacientes bipolares, que exibiam algum transtorno de
humor durante a pesquisa, apresentavam maior expressão
desses genes em comparação aos filhos não afetados.
Embora haja evidências na literatura correlacionando o
TB a alterações imunológicas, os dados são ainda inconsistentes.
Vários fatores provavelmente contribuem para a indefinição
acerca do envolvimento de fatores imunes no TB,
como o volume limitado de pesquisas realizadas, especialmente
investigando pacientes bipolares nas três fases da
doença, o que poderia demonstrar um perfil imunológico
distinto em cada uma delas, e o pequeno número de pacientes
incluídos nos estudos. Outro possível fator limitante
seria a ausência de informação sobre as comorbidades clínicas
e psiquiátricas dos pacientes que poderiam interferir em
parâmetros imunes como, por exemplo, diabetes mellitus45,
doenças coronarianas46, obesidade47, tabagismo48, esclerose
múltipla49 e transtorno obsessivo-compulsivo12. Dessa
forma, os próximos estudos deverão ser mais criteriosos no
recrutamento das populações com TB.
Uma grande discussão tem sido enfocada no papel da
interferência da medicação nos fatores imunes. Segundo
revisão da literatura, os estudos que avaliaram esses fatores
antes do uso de medicamentos não apresentaram, em
sua maioria, alterações dos parâmetros imunes, sugerindo
que as alterações imunológicas seriam intrínsecas ao
TB27,28,30-32,39,40-42. Entretanto, Padmos et al.21 demonstraram
que o uso de lítio, carbamazepina, valproato de sódio e
J Bras Psiquiatr. 2009;58(1):52-9.
rev isão Imunologia do transtorno bipolar 57
Tabela 5. Estudos que detectaram parâmetros imunes in vitro
Número de
pacientes/controles
Tempo sem uso de
medicamentos
Especificação TB
na entrada do estudo
Comorbidade Parâmetros imunes
e condições
Medicação para tratamento
e tempo
Especificação TB após TTO Parâmetros imunes após
tratamento
Rapaport22 26/34 Pacientes medicados e não
medicados
TB em eutimia
TB I (16)
TB II (10)
ND Cultura com estímulo
IL-2 (sem alteração)
ND ND ND
Su et al.39 20/15 Pacientes medicados e não
medicados
TB I
Mania
Sem comorbidades psiquiátricas,
abuso de álcool e substâncias,
doença autoimunes ou infecciosa
Cultura com estímulo
↑ INFγ
IL-10 (sem alteração)
Estabilizadores do
humor e antipsicótico
TB I
Eutimia
Cultura com estímulo
↑ INFγ
IL-10 (sem alteração)
Boufidou et al.40 40/20 Em uso de lítio (20)
Sem uso de lítio (20)
TB em eutimia
TB I (27)
TB II (13)
Sem doença autoimune,
alergia ou infecção
Cultura sem estímulo
INFγ, IL-1, IL-2, IL-6, IL-10
(sem alterações)
Cultura com estímulo
↓ INF, ↓ IL-1, ↓ IL-2*, ↓IL-6,
↓IL-10
ND ND Nd
Liu et al.41 52/45 Pacientes medicados e
não medicados
TB I
Mania
ND PBMC com estímulo
↓ INFγ, ↑ IL-1 RA
IL-2, IL-4, IL-10
(sem alterações)
Estabilizadores do
humor e antipsicótico
TB I
Eutimia
PBMC com estímulo
↓ INFγ, ↑ IL-1 RA, ↑IL-2
IL-4, IL-10 (sem alterações)
Kim et al.42 37/74 > 4 meses TB I
Mania
Sem comorbidades psiquiátricas,
abuso de álcool e substâncias,
doença autoimunes
Cultura com estímulo
↑ TNF-α ↑ IL-6 ↑IL-4
IL-2 e INFγ (sem alterações)
Estabilizadores do
humor e antipsicóticos
6 semanas
TB I
Eutimia
Cultura com estímulo
↑ TNF-α ↑ IL-6 ↑IL-4
IL-2 e INFγ (sem alterações)
Knijff et al.43 80/59 Em uso de lítio (59)
Sem uso de lítio (21)
TB I (61)
II (19)
Mania (11)
Eutimia (50)
Depressão (15)
ND Cultura sem estímulo
IL-1, IL-6 (sem alterações)
Cultura com estímulo
IL-1, IL-6 (sem alterações)**
↑IL-1*** ↓ IL-6***
ND ND ND
ND: não disponível; IL: interleucina; TNF: fator de necrose tumoral; INF: interferon; ↑: elevado; ↓: diminuído; SL–R: receptor solúvel.
* Pacientes não responsivos a lítio não apresentaram diferenças estatísticas com controles.
** Pacientes em uso de lítio.
*** Pacientes não estavam em uso de lítio.
J Bras Psiquiatr. 2009;58(1):52-9.
58 Barbosa IG et al. rev isão
antipsicóticos poderia ser responsável pela indução de
uma menor expressão de alguns genes (PDE4B, IL-1B,
IL6, TNF, TNFAIP3, PTGS2, PTX3, CCL20, CXCL2, BCL2A1 e
DUSP2). Além disso, Rapaport et al.28 apontaram uma possível
interferência do uso de lítio na dosagem sérica dos
receptores solúveis de IL-2 e IL-6 ao avaliarem pacientes
bipolares cicladores rápidos em eutimia, comparando-os
a controles saudáveis. Os pesquisadores observaram que
os pacientes cicladores rápidos apresentavam uma tendência
a níveis mais altos de receptores solúveis de IL-2
e IL-6, quando comparados a controles livres de medicação.
Após a introdução de lítio, os níveis de receptores
solúveis em pacientes bipolares diminuíam, enquanto aumentavam
nos controles medicados com lítio. Rapaport
e Manji50 avaliaram o papel do lítio na produção in vitro
de citocinas por leucócitos de pacientes bipolares sem
comorbidades clínicas ou psiquiátricas. Observaram que
o lítio induzia aumento na produção de IL-4 e IL-10 e diminuição
nas citocinas pró-inflamatórias IL-6 e INFγ. Mais
recentemente, foi confirmado que o tratamento com lítio
in vivo ou in vitro restaurava o perfil de produção de IL-1β
e IL-6 dos pacientes com TB43. Dessa maneira, os próximos
estudos deverão controlar o uso dos estabilizadores do
humor nas análises das citocinas.
CON CLUS ÃO
Embora haja crescentes evidências na literatura correlacionando
o TB a alterações imunes, os dados não são ainda
conclusivos. Os pacientes bipolares tendem a exibir níveis
mais elevados de autoanticorpos circulantes e perfil próinflamatório
de citocinas, independentemente da fase da
doença ou do uso de medicação, quando comparados a
controles saudáveis. Isso que poderia sugerir a participação
de mecanismos imunes e/ou inflamatórios na fisiopatologia
do TB. Seguindo essa linha de evidência, é interessante
destacar recentes estudos investigando drogas anti-inflamatórias
como nova estratégia terapêutica para pacientes
bipolares51.
Agradec imentos
Os autores agradecem o financiamento dos projetos de
pesquisa em psiconeuroimunologia recebido da Rede Instituto
Brasileiro de Neurociência (IBN-Net, MCT/Finep).
REFERÊNCIAS
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Ensino de Imunologia na Educação Médica:


Ensino de Imunologia na Educação Médica:
Lições de Akira Kurosawa
Teaching Immunology in Medical Education:
Lessons from Akira Kurosawa
Rodrigo Siqueira-BatistaI
Andréia Patrícia GomesII
Verônica Santos AlbuquerqueIII
Rodrigo Madalon-FragaI
Ana Maria Coutinho AleksandrowiczIV
Mauro GellerI

PALAVRAS-CHAVE
– Imunologia.
– Educação médica.
– Modelo Imunológico.

RESUMO

O ensino e a investigação no campo da Imunologia se inscrevem, prevalentemente, num paradigma
marcial – ou belicoso –, segundo o qual as interações hospedeiro-microrganismo são vistas de acordo
com uma concepção de processos de ataque-defesa. Uma vez que este saber é tradicionalmente abordado
nos cursos de graduação da área de saúde, tal perspectiva tem evidente influência na formação destes
profissionais, incluídos os médicos. No presente artigo, reflete-se sobre as questões pedagógicas relativas
ao modelo ataque-defesa. Realizou-se uma pesquisa teórica, utilizando-se o seguinte método: (1) revisão
crítica da literatura, com textos obtidos nos livros e nos capítulos de livros de Imunologia; (2) leitura
crítica dos textos; (3) elaboração de síntese reflexiva sobre o tema. Identificou-se que o modelo marcial
da Imunologia se apresentou hegemônico nos livros-texto consultados, estando inscrito em idêntica concepção
teórica inerente à medicina ocidental, ajudando a compor a visão dos estudantes dos cursos de
graduação e pós-graduação e dos trabalhadores da área de saúde. É possível buscar alternativas, inclusive
possibilidades para pensar a Imunologia em termos de novos modelos, em termos de homeostase e
interdependência (ambos delimitando um paradigma ecológico), talvez mais propícios à abordagem das
questões que ora se impõem nos seus horizontes, com inquestionáveis efeitos na educação.

KEYWORDS
– Immunology.
– Medical education.
– Models Immunological.
ABSTRACT

Teaching and research in the field of Immunology adhere predominantly to a military or warlike paradigm,
according to which the host-microorganism interactions are viewed from the perspective of attackand-
defense processes. Since such knowledge is traditionally addressed in undergraduate health courses,
this perspective has an obvious impact on the training of future health professionals, including physicians.
The current article reflects on the pedagogical issues pertaining to the attack-and-defense model. A
theoretical inquiry was conducted according to the following method: (1) critical review of the literature,
with texts obtained from books and book chapters on Immunology; (2) critical reading of the texts; and (3)
elaboration of a reflexive synthesis on the theme. The military model of Immunology is hegemonic in the
textbooks, consistent with the identical theoretical concept that is inherent to Western medicine, helping
condition the views of undergraduate and graduate students and future health professionals. It is possible
to seek alternatives, including possibilities for conceiving Immunology in terms of new models, including
homeostasis and interdependence (both shaping an ecological paradigm), potentially more amenable to an
approach to the issues now on the horizon, with undeniable effects on medical education.

Recebido em: 14/04/2008

Reencaminhado: 15/06/2008

Aprovado: 18/06/2008

I Centro Universitário Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro, Brasil; Centro Federal de Educação Tecnológica de Química de Nilópolis, Rio Janeiro, Brasil.
II Centro Universitário Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro, Brasil; Fundação Osvaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil.
III Centro Universitário Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro, Brasil.
IV Fundação Osvaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil.
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
186 33 (2) : 186–190; 2009
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MÉDICA
187 33 (2) : 186 – 190 ; 2009
Rodrigo Siqueira-Batista et al. Ensino de Imunologia na Educação Médica

INTRODUÇÃO

A ciência pode ser concebida como a atividade humana
que tem na (tentativa de) descrição da realidade um dos aspectos
cruciais do seu saber-fazer1. De fato, a atividade científica
diz respeito ao
[...] conjunto de conhecimentos e de pesquisas
com grau suficiente de unidade e generalidade,
suscetíveis de levar [...] a conclusões concordantes
que não resultam de convenções arbitrárias
nem de gostos ou interesses individuais [...] mas,
sim, de relações objetivas que se descobrem gradualmente
e que se confirmam por métodos de
verificação definidos. (p.278)2
Entre as diferentes perspectivas de concepção dos processos
de construção histórica da ciência está a ideia de descontinuidades/
rupturas entre suas teorias e seus métodos, como
proposto por Thomas Kuhn no conceito de paradigma3, âmbito
no qual se consubstanciam “realizações científicas universalmente
reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem
problemas e soluções modelares para uma comunidade de
praticantes”. (Kuhn3 2006)
Nestes termos, o paradigma representa uma matriz disciplinar,
composta por teorias, leis, técnicas e hipóteses, a qual
subjaz à atividade de pesquisa científica, norteando-a e legitimando-a.

A Imunologia, como disciplina científica, tem se constituído
em torno de um paradigma caracterizável como predominantemente
“marcial”, “belicoso” ou “beligerante”, segundo
o qual as interações hospedeiro-microrganismo são vistas
segundo uma concepção de processos de ataque-defesa – ou
seja, uma narrativa sobre a guerra inter e intraorganismos –,
em que se estabelecem os termos de um discurso capazes de
constituir uma genuína cosmovisão:

Os vocabulários nunca são neutros. As coisas
que são incluídas em um vocabulário passam a
compor uma realidade familiar; aquelas que são
deixadas de fora são ignoradas ou chegam a ter a
sua existência negada. Além disso, um vocabulário
oferece uma versão de como o mundo funciona
e por quê. (p. 70-71)4

Tais ideias têm impacto nos âmbitos epistemológicos e
pedagógicos da disciplina – como pontuado em investigação
preliminar sobre o assunto5 –, com decisiva ingerência na formação
médica6.

Com base nestas considerações, o presente artigo tem por
escopo (1) apresentar o paradigma marcial da Imunologia a
partir de sua identificação em livros-texto da disciplina; (2)
discutir possíveis alternativas a este modelo; (3) pontuar as
consequências destes debates sobre a formação médica.

MÉTODOS

Trata-se de uma pesquisa teórica apoiada na revisão crítica
da literatura. A primeira etapa consistiu na busca de textos, utilizando-
se a consulta a livros e a capítulos de livro de Imunologia.
Busca complementar foi realizada nas seguintes bases: BVS
– Biblioteca Virtual em Saúde; Pubmed – U. S. National Library
of Medicine; e Scielo – Scientific Eletronic Library Online.
A segunda etapa consistiu na leitura dos manuscritos e
na identificação de suas ideias centrais à luz da concepção de
paradigma marcial.
Na terceira e última etapa, construiu-se uma síntese reflexiva
sobre o tema, cujas conclusões são aplicáveis no âmbito
da educação na área médica.

RESULTADOS

Foram consultados nove livros e dois capítulos de livros7-17.
Os textos da Imunologia estão, em grande medida, inscritos
no paradigma marcial – ou belicoso –, como explicitado
no Quadro 1.
As citações “falam por si mesmas”: vive-se numa terrível
guerra – cuja metáfora seria Ran de Kurosawa18 –, vencida por
aquele que dispuser das melhores armas: os “invasores” (em
geral, microrganismos), eventualmente os “rebeldes” (como
as células neoplásicas) ou os “invadidos” (habitualmente seres
vivos multicelulares, incluído o Homo sapiens sapiens).
DISCUSSÃO

O modelo marcial da Imunologia é uma das manifestações
de idêntica concepção teórica inerente à medicina ocidental
– como, por exemplo, nas consagradas expressões propedêutica
armada e arsenal terapêutico. Em última análise, representa
uma leitura deveras empobrecida, pois reduz a diversidade e
complexidade do sistema imunológico (SI) a simples relações
causais, nas quais cabe ao hospedeiro tão-somente se proteger
das bárbaras invasões (microbianas) ou das rebeliões internas
(tumorais). Tal perspectiva acaba por infestar – para se manter
no vocabulário vigente – a compreensão dos estudantes de
Medicina, fazendo-os crer que microrganismos são inimigos
que precisam ser vencidos por linfócitos e anticorpos – às vezes,
com reforços dos antimicrobianos19 –, genuínos soldados
e armas. Trata-se, pois, de uma lídima metáfora bélica, com
importantes consequências:

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Rodrigo Siqueira-Batista et al. Ensino de Imunologia na Educação Médica
QUADRO 1
Excertos de textos de Imunologia inscritos no paradigma marcial7-17
Autor(es) Ano Livro-Texto Trecho Selecionado
LIVROS
Abbas e colaboradores7 2003 Imunologia celular e molecular
A imunidade inata proporciona as linhas iniciais de defesa
contra os microrganismos.
Balestieri8 2006 Imunologia
Se olharmos para o nosso corpo, também apresentamos
duas muralhas de proteção: a pele a as mucosas representariam
a primeira muralha, e o tecido abaixo da pele e das
mucosas, a segunda.

Doan e colaboradores9 2006 Imunologia médica essencial
O sistema imunológico protege constantemente o indivíduo
contra a invasão microbiana. Basicamente, existe um
constante estado de guerra entre os patógenos e o hospedeiro, e o
sistema imunológico é responsável pela defesa do corpo contra
a ameaça de ataque patogênico.
Levinson e Jawetz10 2005 Microbiologia médica e imunologia
A principal função do sistema imunológico é prevenir ou
limitar infecções causadas por microrganismos como bactérias,
vírus, fungos e parasitas. A primeira linha de defesa
contra os microrganismos é a pele intacta e as membranas
mucosas. Se os microrganismos romperem essa linha e entrarem
no corpo, então o ramo inato do sistema imune está
disponível para destruir os invasores.

Peakman e Vergani11 1999 Imunologia básica e clínica
Em biologia, o encargo é a doença – causada por uma variedade
de vírus, fungos, bactérias, protozoários, vermes e
toxinas –, e o papel fisiológico do sistema imune é mantê-los
em xeque.

Roitt e colaboradores12 1999 Imunologia
Como a maioria dos organismos, em última análise, é destruída
pelos fagócitos, não é de surpreender que estes organismos
tenham desenvolvido um arsenal de mecanismos para se
contraporem a este risco.

Roitt e Delves13 2004 Fundamentos de imunologia
A IgA aparece seletivamente nas secreções seromucosas,
como saliva, lágrimas, líquidos nasais, suor, colostro e secreções
do pulmão, tratos genitourinário e gastrintestinal,
onde ela claramente possui o trabalho de defender as superfícies
externas expostas do organismo contra o ataque por microrganismos.
Sharon14 2000 Imunologia básica

A relação entre o sistema imunológico e os patógenos ou
substâncias estranhas prejudiciais pode ser considerada
como uma guerra sem fim.

Stites e colaboradores15 2000 Imunologia médica
Se algum patógeno (isto é, qualquer microrganismo com
o potencial de causar lesão tecidual ou doença) conseguir
abrir uma brecha no organismo, irá deparar-se com uma panóplia
de outros fatores que defendem os tecidos internos.
CAPÍTULOS DE LIVROS

Goronzy e Weyand16 2005 Cecil Tratado de medicina interna
Se os microrganismos invasores conseguirem escapar dos
mecanismos de defesa, a imunidade adquirida garante a
sobrevivência do hospedeiro. As respostas imunológicas
adquiridas dependem da suplementação, da amplificação
e de informações cruciais quanto à natureza do agressor, proporcionadas
pela imunidade natural.

Haynes e Fauci17 2002 Harrison Medicina interna
O sistema imune humano evoluiu durante milhões de anos
de organismos invertebrados e vertebrados para desenvolver
mecanismos de defesa sofisticados altamente específicos
contra patógenos invasores.

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Rodrigo Siqueira-Batista et al. Ensino de Imunologia na Educação Médica
Metáforas podem criar realidades para nós, especialmente
realidades sociais. Uma metáfora pode,
então, ser um guia para ação futura. Tal ação,
obviamente, corresponderá à metáfora. Isto, por
sua vez, reforçará o poder da metáfora de tornar a
experiência coerente. Neste sentido, as metáforas
podem ser profecias que validam a si mesmas.20
Ao se validar a si mesma, a metáfora da guerra – constituinte
do paradigma marcial – acaba por se tornar “real”,
perpetuando a inscrição no modelo, uma vez que estes estudantes,
assim como os outros das áreas de saúde e de ciências
biológicas, serão os imunologistas de amanhã.
Estará, então, a “guerra perdida”? Provavelmente não. De
fato, a despeito deste panorama, há autores que questionam o
modelo vigente:

Quando dizemos que o sistema imune nos defende,
identificando e eliminando materiais estranhos,
em meio aos componentes do corpo, estamos
usando, deliberadamente ou não, uma metáfora.
Não existe uma entidade inteligente planejando
e desenvolvendo estratégias defensivas contra
invasores antigênicos no meio do sistema imune.
As modificações, que o sistema atravessa, surgem
como decorrências inevitáveis de sua estrutura celular
e molecular. Tais mudanças estruturais ocorrem
como se o corpo se defendesse e, usualmente,
resultam na eliminação de materiais estranhos
sem causar danos excessivos à estrutura do organismo.
Mas elas não derivam de um planejamento
da defesa. A defesa não é intencional.21

A citação de Vaz e Faria21 traz apontamentos para se pensar
novos modelos de compreensão do sistema imunológico a
partir de concepções presentes na literatura desde a década de
196022,23. Com efeito, esforços têm sido envidados na proposição
de paradigmas alternativos, abrindo possibilidades para
uma possível transição paradigmática na Imunologia24,25, cujos
padrões de compreensão enfatizariam: (1) a imunidade concomitante22,23;
(2) o funcionamento em rede – por exemplo, no
caso das sinapses imunológicas26,27; (3) a auto-organização28;
(4) a homeostase29; (5) as relações ecológicas30,31.
Esta transição paradigmática anunciada pode trazer reais
implicações à educação médica, especialmente na vertente ecológica,
na medida em que, de acordo com Capra32, é inerente
à ecologia fazer perguntas profundas a respeito dos próprios
fundamentos da cosmovisão vigente, questionando modelos
com base num ponto de vista relacional: a partir da perspectiva
dos relacionamentos de todos os seres com as gerações futuras
e com a teia da vida da qual se é parte. Assim, pois, é admissível
pensar que o ensino de Imunologia, tal qual o de outras
ciências inter-relacionadas – Bacteriologia, Virologia, Micologia,
Parasitologia, por exemplo –, sob a égide do paradigma
ecológico, favoreceria uma formação mais integral e reflexiva,
considerando a complexidade dos fenômenos estudados.
Nesse contexto, deve se ressaltar a possibilidade de ampliar
a compreensão – e delinear possíveis respostas – de significativos
desafios contemporâneos, como o surgimento de
doenças emergentes e reemergentes, o desenvolvimento de
resistência bacteriana aos antimicrobianos e a modulação de
fatores de virulência.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A transição do paradigma marcial da Imunologia é não
apenas pensável, mas também possível, podendo se obter
indícios de que novos modelos já se encontram em gestação.
De fato, paradigmas alternativos, de tessitura ecológica, nos
quais é afirmada a complexidade das inter-relações entre os
seres vivos, vêm ganhando espaço, ainda que de modo bastante
preliminar, no âmbito da Imunologia. Nestas situações,
a destruição de um ou de ambos os seres vivos relacionados
ou sua convivência por anos a fio – observada, amiúde, nas
infecções por Schistosoma mansoni e por Trypanosoma cruzi, por
exemplo –, passariam a ser vistas como possibilidades dentre
uma miríade de desenlaces possíveis.

Estas reflexões poderão contribuir para a elaboração e o
ensino de modelos mais fecundos à compreensão dos sistemas
vivos, contexto cujas implicações na educação médica são profundas.
Esse novo horizonte – menos beligerante e talvez mais
dirigido a entender a resposta imune como busca do equilíbrio
perdido, algo que permeia Rapsódia em agosto, também de
Kurosawa18 –, será, provavelmente, mais propício à formação
de médicos mais aptos à solvência dos diferentes problemas
colocados no âmago da disciplina.

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an ecological vision. 13th International Congress of Immunology.
Rio de Janeiro, Brazil, Aug 21-25, 2007, p. 2582.
32. Capra F. A teia da vida: uma nova compreensão científica
dos sistemas vivos. 6.ed. São. Paulo: Cultrix; 2001.
CONTRIBUIÇÃO DOS AUTORES
Rodrigo Siqueira-Batista concebeu, originalmente, o presente
artigo. Ato contínuo, trabalhou, lado a lado, com Andréia
Patrícia Gomes, Verônica Santos Albuquerque, Rodrigo Madalon-
Fraga, Ana Maria Coutinho Aleksandrowicz e Mauro
Geller para a preparação da versão final do texto.
CONFLITO DE INTERESSES
Declarou não haver

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA

Rodrigo Siqueira-Batista

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Rio de Janeiro.
Rua Lucio Tavares, 1045
Centro – Nilópolis
CEP.: 26530060 RJ
E-mail: rsiqueirabatista@terra.com.br

FONTE:http://www.scielo.br/pdf/rbem/v33n2/04.pdf

quarta-feira, julho 27, 2011

TERMINOLOGIA PRÓPRIA DE CADA SISTEMA DO ORGANISMO


TERMINOLOGIA PRÓPRIA DE CADA SISTEMA DO ORGANISMO

Sistema Respiratório

• Aerofagia: deglutição anormal de ar, provocando eructação freqüente
• Anoxia: redução do suprimento de oxigênio nos tecidos
• Apnéia: parada dos movimentos respiratórios
• Asfixia: sufocação, dificuldade da passagem do ar
• Binasal: referente a ambos os campos visuais nasais
• Cianose: coloração azulada por falta de oxigênio
• Dispnéia: dificuldade respiratória
• Estertorosa: respiração ruidosa
• Expectoração: expelir secreção pulmonar (escarro)
• Hemoptise: hemorragia de origem pulmonar, escarro com sangue
• Hemotórax: coleção de sangue na cavidade pleural
• Hiperpnéia: respiração anormal, acelerada, com movimentos respiratórios exagerados
• Ortopnéia: acentuada falta de ar em decúbito dorsal
• Taquipnéia: movimentos respiratórios acelerados

Sistema Digestivo

• Anorexia: perda do apetite;
• Afagia: impossibilidade de deglutir;
• Azia: sensação de ardor estomacal, eructação azeda e ácida.
• Bilioso: referente a bile; peculiar a transtornos causados por excesso de bile;
• Bulimia: fome exagerada;
• Cólica: dor espasmódica:
• Colostomia: abertura artificial para saída de fezes a nível do colo.
• Constipação: demora anormal na passagem das fezes;
• Coprólito: massa endurecida de matéria fecal nos intestinos;
• Desidratação: perda exagerada de líquido no organismo;
• Diarréia: evacuações freqüentes e líquidas;
• Disfagia: dificuldade de deglutir;
• Distensão: estiramento de alguma fibra muscular, entumecimento ou expansão;
• Êmese: ato de vomitar;
• Enema: clister, lavagem, introdução de líquidos no reto;
• Enteralgia: dor intestinal;
• Eventração: saída total ou parcial de vísceras na parede abdominal, mas a pele continua íntegra;
• Evisceração: saída das vísceras de sua situação normal;
• Flatulência: distensão do intestino pelo acúmulo de fezes e gazes;
• Gastralgia: dor de estômago;
• Halitose: mau hálito;
• Hematêmese: vômitos com sangue;
• Hiperêmese: vômitos excessivos ou incoercíveis;
• Inapetência: falta de apetite, anorexia;
• Melena: fezes escuras e brilhantes, com presença de sangue;
• Náuseas: desconforto gástrico com impulsão para vomitar;
• Pirose: sensação de ardência do estômago à garganta;
• Pleniturde gástrica: sensação de ardência do estômago à garganta.
• Polidipsia: sede excessiva;
• Regurgitação: volta de comida do estômago à boca;
• Sialorréia: salivação excessiva;
• Sialosquiese: salivação deficiente (boca seca);

Sistema Nervoso

• Apalestesia: perda do sentido das vibrações
• Astasia: incapacidade de permanecer em pé por incoordenação motora
• Coma: estado de inconsciência
• Convulsão: contrações violentas e involuntárias do músculo, agitação desordenada
• Diplegia: paralisia bilateral
• Ecopraxia: repetição dos movimentos ou maneirismo de outra pessoa
• Estutor: inconsciência total ou parcial
• Estupor: inconsciência total ou parcial, mutismo sem perda da percepção sensorial
• Hemiplegia: paralisia dos MMII
• Hemicrância: enxaqueca, dor (em metade do crânio)
• Hemiparesia: fraqueza muscular em um lado do corpo
• Hiperalgesia: sensibilidade exagerada à dor
• Hipersônia: sonolência excessiva
• Hipoestesia: diminuição da sensibilidade
• Hipotonia: tonicidade muscular diminuída
• Parestesia: alteração da sensibilidade, desordem nervosa, com sensações anormais
• Paresia: paralisia incompleta
• Paralisia: diminuição ou desaparecimento da sensibilidade e movimentos
• Reflexo: contração muscular, resposta involuntária a um estímulo
• Tetraplegia: paralisação dos quatro membros

Sistema Tegumentar
• Acromia: falta de melanina, falta de pigmentação, albinismo;
• Apelo: 1) sem pele, não cicatrizado, aplicado a feridas. 2) desprovido de prepúcio, circuncidado;
• Cloasma: manchas escuras na pele, principalmente na face da gestante;
• Dermatite: inflamação da pele;
• Dermatose: doença de pele;
• Equimose: extravasamento de sangue por baixo dos tecidos, manchas escuras ou avermelhadas;
• Eritema: vermelhidão na pele;
• Erupção na pele: vermelhamento de sangue por baixo dos tecidos, manchas escuras ou avermelhadas;
• Erupção: lesões visíveis na pele;
• Escabiose: moléstia cutânea contagiosa, caracterizada por lesão multiformes, acompanhadas por prurido intenso.
• Esclerodermia: afecção cutânea com endurecimento da pele;
• Esclerose: endurecimento da pele, devido a uma proliferação exagerada de tecido conjuntivo. Alteração de tecido ou órgão caracterizado pela formação de tecido fibroso;
• Escoriações: perda superficial de tecidos;
• Estrófulo: dermatose benigna comum no recém-nascido;
• Exantema: deflorência cutânea, qualquer erupção cutânea;
• Fissura: ulceração de mucosa;
• Flictema: levantamento da epiderme, formando pequenas bolhas;
• Mácula: mancha rósea da pele sem elevação;
• Petéquias: pequenas hemorragias puntiformes;
• Pústula: vesícula cheia de pus.
• Úlcera: necrose parcial do tecido com perda de substâncias;
• Urticária: erupção eritematosa da pele com prurido;
• Vesículas: bolhas;


Sistema Locomotor

• Ancilose: imobilidade de uma articulação;
• Acinesia: lentidão dos movimentos ou paralisia parcial;
• Agrafia: não consegue escrever;
• Ambidestro: habilidade de usar as duas mãos.
• Ataxia: Não coordena os músculos e a locomoção;


Sistema Urinário

• Anúria: Ausência de eliminação urinária
• Colúria: Presença de bilirrubina ou bílis na urina
• Diurese: volume de urina coletado
• Enurese: incontinência urinária
• Hematúria: presença de sangue na urina
• Micção: ato de urinar
• Mictúria: micção freqüente à noite
• Oligúria: deficiência de eliminação urinária, escassêz
• Piúria: presença de pus na urina
• Polagiúria: eliminação freqüente da urina
• Poliúria: excessiva eliminação urinária
• Retenção urinária: incapacidade de eliminar a urina
• Xantorréia: corrimento vaginal


Órgãos dos Sentidos
Boca
• Afasia: impossibilidade de falar ou entender a palavra falada
• Afagia: impossibilidade de deglurir
• Afonia: perda mais ou menos acentuada da voz
• Anodontia: ausência congênita ou adquirida dos dentes
• Aposia: Ausência de sede. Adipsia
• Aptialismo: deficiência ou ausência de saliva
• Sialorréia: salivação excessiva
Olhos
• Anisocoria: desigualdade de diâmetro das pupilas
• Ablepsia: cegueira
• Ambliopia: diminuição da acuidade visual
• Aniridia: ausência ou falha da íris
• Blefarite: inflamação das pálpebras
• Diplepia: visão dupla
• Midríase: dilatação da pupila
• Miose: contração da pupila
• Ptose palpebral: queda das pálpebras


Terminologias
*.*.*.*.*.* A *.*.*.*.*.*

• Algia: dor em geral
• Abcesso: coleção de pus externa ou internamente
• Abdução: afastamento de um membro do eixo do corpo
• Abrasão: esfoladura, arranhão
• Absorção: penetração de líquido pela pele ou mucosa
• Abstinência: contenção, ato de evitar
• Acesso: repetição periódica de um fenômeno patológico
• Acinésia: impossibilidade de movimentos voluntários, paralisia
• Acne: doença inflamatória das glândulas sebáceas
• Adenosa: tumor de uma glândula e que reproduz a estrutura dela
• Adiposo: gordura
• Adução: mover para o centro ou para a linha mediana
• Afebril: sem febre, apirético
• Afluxo: vinda para determinado lugar
• Algidez: resfriamento das extermidades
• Algido: frio
• Alopécia: queda total ou parcial dos cabelos
• Aloplasia: (prótese) substituto de uma parte do corpo por material estranho
• Alucinação: percepção de um objeto que na realidade não existe
• Amenorréia: falta de menstrução
• Analgesia: abolição da sensibilidade à dor
• Anasarca: edema generalizado
• Anemia: diminuição dos número de hemáceas
• Aniantrose: articulação que se movimenta muito pouco. Ex.: Falange
• Anoretal: região referente ao ânus e reto
• Anorexia: falta de apetite, inapetência
• Anosmia: diminuição ou perda completa do olfato
• Anoxia: falta de oxigênio nos tecidos
• Anquitose: diminuição ou supressão dos movimentos de uma articulação
• Anterior: a parte da frente
• Anuperineal: região referente ao ânus e períneo
• Anúria: ausência de urina
• Ânus: orifício de saída retal
• Apático: sem vontade ou intersse em efetuar qualquer esforço físico ou mental
• Apeplexia: perda súbita dos sentidos, com elevação da temperatura, mas sem hemiplegia
• Apirético: sem febre
• Apirexia: ausência de frebre
• Apnéia: ausência de movimentos respiratórios
• Astasia / Abasia: impossibilidade de ficar em pé e andar
• Astasia: incoordenação motora que torna impossível ao paciente permanecer em pé
• Astenia: enfraquecimento, fraqueza, cansaço.
• Astice: edema localizado na cavidade peritonial com acúmulo de líquidos
• Ataxia: incoordenação motora
• Atresia: ausência ou fechamento de um orifício natural
• Atrofia: diminuição do tamanho ou peso natural de um órgão ou tecido
• Auricular: referente a orelha

*.*.*.*.*.* B *.*.*.*.*.*


• Belanice: inflamação da glande ou da cabeça do pênis
• Balanopostite: inflamação da glande e do prepúcio
• Bandagem: enfaixe.
• Benigno: que não ameaça a saúde nem a vida; não maligno como certos tumores, inócuo
• Bilateral: relativo a ambos os lados
• Biópsia: extirpação de um fragmento de tecido vivo com a finalidade diagnóstica; a peça extirpada desta maneira
• Blenoftalmia: secreção mucosa dos olhos
• Blenorréia: secreção abundante das mucosas, especialmente da vagina e uretra
• Bócio: hiperplasia da glândula tireóide
• Borra de café: aspecto do vômito ou da defecação que contém sangue
• Bradicardia: diminuição dos batimentos cardíacos
• Braquialgia: dor no braço
• Bucal: oral, referente a boca
• Bulimia: fome excessiva e patológica
• Bursite: inflamação da bolsa sinovial


*.*.*.*.*.* C *.*.*.*.*.*

• Calafrio: contrações involuntárias da musculatura esquelética com tremores e bater dos dentes;
• Cacofonia: voz anormal e desagradável;
• Cãibra: contração muscular, espasmódica e dolorosa;
• Caquexia: desnutrição adiantada, emagrecimento severo;
• Cefaléia: dor de cabeça;
• Choque: síndrome que se manifesta com pele fria, queda de temperatura, cianose e morte;
• Cianose: cor azulada da pele por falta de oxigênio no sangue;
• Cianótico: com cianose;
• Cirrose: fibrose com destruição do tecido;
• Cistite: inflamação da bexiga;
• Cistocéle: hérnia da bexiga;
• Cistostomia: abertura de comunicação da bexiga com o exterior;
• Claudicação: fraqueza momentânea de um membro;
• Clister: introdução de pequena quantidade de água, medicamento ou alimentação no intestino;
• Coagulação: espessamento de um líquido formando coágulo;
• Colecistectomia: remoção da vesícula biliar;
• Colecistite: inflamação da vesícula biliar;
• Cólica: dor abdominal;
• Colpoperineorrafia: operação reparadora em torna da vagina e do períneo;
• Congênito: doença herdada no nascimento;
• Congestão: acúmulo anormal ou excessivo de sangue numa parte do organismo;
• Constipação: retenção de fezes ou evacuação insuficiente;
• Contaminação: presença de micróbios vivos;
• Contratura: rigidez muscular;
• Convalescente: caminha para o reestabelecimento.
• Cordialgia: dor no coração;
• Costal: relativo às costelas;
• Coxa: parte do membro inferior acima do joelho;
• Curativo compressivo: curativos nas feridas que sangram.
• Curativo frouxo: curativo em feridas que suturam;
• Curativo seco: feito apenas com gaze;
• Curativo úmido: quando há aplicação de medicamentos líquidos ou úmidos;
• Cutâneo: referente a pele;
• Cútis: derma;


*.*.*.*.*.* D *.*.*.*.*.*

• Dactilite: inflamação de um dedo ou artelho
• Debilidade: fraqueza, falta de forças
• Debridamento: limpeza de um tecido infectado ou necrótico de um ferimento
• Decúbito: posição deitada
• Deglutir: engolir
• Deltóide: músculo do braço onde se aplicam injeções intramusculares
• Dentro: cito à direita
• Desidratação: diminuição anormal dos tecidos do organismo
• Desmaio: lipotinea, ligeira perda dos sentidos
• Diaforese: sudorese excessiva
• Disfagia: dificuldade na deglutição
• Disfonia: distúrbio na voz
• Dismenorréia: menstruação difícil e dolorosa
• Dispnéia: falta de ar, dificuldade para respirar
Dispnéico: com dispnéia


*.*.*.*.*.* E *.*.*.*.*.*


• Edema: Retenção ou acúmulo de líquido no tecido celular;
• Entérico: relativo ao intestino;
• Enurese: incontinência de urina;
• Enxaqueca: dor de cabeça unilateral;
• Epigastralgia: dor no epigastro;
• Epigastro: porção média e superior do abdome;
• Episiorrafia: sutura no períneo ou dos grandes lábios;
• Episiotomia: incisão lateral do orifício vulvar para facilitar o parto;
• Epistaxe: hemorragia nasal;
• Epistótomo: contrações musculares generalizadas com encurvamento do corpo para a frente;
• Eplancnoptose: queda de uma ou mais vísceras;
• Equimose: pequeno derrame de sangue debaixo da pele;
• Eructação: emissão de gases estomacais pela boca, arroto;
• Erupção: lesão amarela ou enegrecida que se forma nas queimaduras ou feridas infectadas;
• Escara de decúbito: úlcera perfurante entre a reião de proeminências ósseas;
• Esclerose: endurecimento dos vasos ou perda de elasticidade;
• Escoriações: abrasão, erosão, perda superficial dos tecidos;
• Escótomo cintilante: pontos luminosos no campo visual, na hipertensão arterial.
• Escótomo: ponto cego no campo visual;
• Escrotal: relativo ao escroto;
• Escrotite: inflamaçãso do escroto;
• Escroto: saco de pele suspenso na região do períneo e que aloja os testículos e os epidídimos;
• Escrotocele: hérnia do escroto;
• Esfacelo: necrose, gangrena;
• Esfacelodermia: gangrena da pele;
• Esfenoidal: referente ao esfenóide;
• Esfenóide: osso situado no centro do assoalho do crânio;
• Esficterosplastia: reparação cirúrgica de um esfíncter;
• Esfigmico: relativo ao pulso;
• Esfigmocardiológrafo: aparelho que registra graficamente os movimentos do pulso e do coração;
• Esfignomanômetro: aparelho para verificar a pressão arterial;
• Esfimógrafo: aparelho que registra graficametne os movimentos do pulso;
• Esfincter: músculo circular que constrói o orifício de um órgão;
• Esfregaço cervical: esfregaço das secreções mucosas do colo do útero;
• Esfregaço: material espalhado numa lâmina de vidro para exame;
• Esmalte: camada externa dos dentes;
• Esmegma: secreção caseosa em redor do preúcio uo dos pequenos lábios.
• Esofagismo: espasmo do esôfago;
• Esôfago: tudo longo situado atrás da traquéia e pelo qual caminham os alimentos para irem ao estômago;
• Esofagocele: hérnia do esôfago;
• Esofagomalácia: amolecimento do esôfago;
• Esofagoptose: prolapso do esôfago;
• Esofagoscópio: instrumento para exame visual do esôfago;
• Esofagostenose: estreitamento do esôfago;
• Esofagostomia: abertura de cmunicação entre o esôfago e o exterior. Formação de uma fistula esofagiana;
• Esofagotomia: incisão do esôfago;
• Espasmo: contrações involuntárias e brusca dos músculos lisos, violenta e repentina de um músculo ou grupo de músculos; pode acometer as vísceras ocas como estômago e os intestinos;
• Espasmódico: rígido, com espasmos;
• Espasmofilia: tendência aos espasmos e às convulsões;
• Espasmolítico: medicamento que combate o espasmo;
• Espasticidade: capacidade de entrar em espasmo;
• Espástico: em estado espasmódico;
• Específico: Remédio que age de maneira especial, curando determinada doença;
• Espéculo: instrumento para examinar o interior de cavidades como a vgina, reto, nariz, ouvido.
• Esperma: líquido especulado durante o ato sexual pelos animais machos;
• Espermatite: inflamação do canal eferente;
• Espermatocele: cisto em uma parte do epidídimo;
• Espermatocistite: inflamação da vesícula seminal;
• Espermatorréia: incontinência de esperma;
• Espermatúria: presença de esperma na urina;
• Espermicida: que destrói o espermatozóide;
• Espirômetro: aparelho que mede a capacidade respiratória dos pulmões;
• Esplâncnico: relativo às vísceras;
• Esplâncnocele: hérnia de uma víscera ou de parte dela.
• Esplenectopia: queda do baço;
• Esplenelcose: úlcera do baço;
• Esplênico: relativo ao baço;
• Esplenite: inflamação do baço;
• Esplenocele: hérnia de baço;
• Esplenocmegalia: aumento do volume do baço;
• Esplenoctomia: extirpação de baço;
• Esplenodimia: dor no baço;
• Esplenomalácia: amolecimento do baço;
• Esplenopatia: afecção do baço;
• Esplenopexia: fixação cirúrgica do baço;
• Esplenoptose: queda do baço;
• Esplenotomia: incisão no baço;
• Espondilalgia: dor nas vértebras;
• Espondilartrite: inflamação das articulações vertebrais;
• Espondilite: inflamação de uma ou mais vértebras;
• Esprometria: medida da capacidade respiratória dos pulmões;
• Esputo: escarro, material expectorado, pode ser mucótico, mucopurulento, henorrágico, espumoso;
• Esqueleto: o arcabouço ósseo do corpo.
• Esquinência: qualquer doença inflamatória da garganta;
• Estado de mal asmático: ataque severo de asma, que dura mais de 24 horas e quase impede a respiração;
• Estado de mal: crises contínuas, uma se emendando na outra;
• Estado epiléptico: uma sucessão de ataques epilépticos graves;
• Estado: período, fase;
• Estafiledema: edema da úvula;
• Estafilete: inflamação da úvula;
• Estafilococemia: presença de estafilococus no sangue;
• Estafilococos: bactérias em forma de cachos de uva;
• Estafiloma: protusão da córnea ou da esclerótica em caso de inflamação;
• Estafiloplastia: cirurgia plástica da úvula;
• Estafilorrafia: sutura da úvula;
• Estase intestinal: demora excessiva das fezes no intestino;
• Estase: estagnação de um líquido anteriormente circulante;
• Esteatoma: lipoma, tumor de tecido gorduroso;
• Esteatorréia: evacuação das vezes descoradas, contendo muita gordura;
• Esteatose: degeneração gordurosa;
• Estenose do piloro: estreitamento do piloro;
• Estenose: estreitamento;
• Estercólito: fecólito, massa dura e compacta de fezes. Cíbalo;
• Estereognose: reconhecimento de um corpo pelo tato;
• Estéril: incapaz de conceber ou fecundar em cirurgia, livre de qualquer micróbio;
• Esterilidade: a condição de ser estéril;
• Esterilização: operação pela qual uma substância ou um objeto passa a não conter nenhum micróbio;
• Estermal: relativo ao osso esterno;
• Esternalgia: dor no esterno;
• Esterno: o osso chato do peito;
• Esternutação: espirro;
• Esternutatório: que provoca espirro;
• Estertor: ruído respiratório que não se ouve à auscultação no estado de saúde. Sua existência indica um estado mórbito;
• Estetoscópio: aparelho para escuta, ampliando os sons dos órgãos respiratórios ou circulatórios;
• Estomacal: estimulante do estômago;
• Estômago: a porção dilatada do canal digestivo onde vão ter os alimentos que passam pelo esôfago;


Tradução do português para inglês

TERMINOLOGY OF OWN BODY OF EACH SYSTEM

Respiratory system

• Aerophagy: abnormal swallowing air, which causes frequent belching
• Anoxia: reduced oxygen supply to tissues
• Apnea: arrest of respiration
• Choking, choking, difficulty of passing air
• Binasal: referring to both nasal visual fields
• Cyanosis: bluish from lack of oxygen
• Dyspnea: shortness of breath
• rattling, wheezing
• Coughing: expel pulmonary secretions (sputum)
• hemoptysis hemorrhage pulmonary, sputum with blood
• Hemothorax: collection of blood in the pleural cavity
• hyperpnea, abnormal breathing, rapid, exaggerated respiratory movements
• Orthopnea: severe shortness of breath in the supine position
• Tachypnea, respiratory movements accelerated

Digestive System

• Anorexia: loss of appetite;
• Stroke: inability to swallow;
• Heartburn: a burning sensation stomach, belching sour and acidic.
• Bilious: referring to bile; peculiar to disorders caused by an excess of bile;
• Bulimia: Hunger exaggerated;
• colic: spasmodic pain:
• Colostomy: artificial opening for output of feces at the neck.
• Constipation: abnormal delay in passing stool;
• coprolites: hardened mass of fecal matter in the intestines;
• Dehydration: excessive loss of fluid in the body;
• Diarrhea: frequent and watery bowel movements;
• Dysphagia: difficulty swallowing;
• Strain: stretch a muscle fiber, swollen or expansion;
• Emesis: Vomiting;
• enema: enema, flushing, introduction of liquids into the rectum;
• Enteralgia: intestinal pain;
• Eventration: exit all or part of organs in the abdominal wall, but the skin remains intact;
• Gutting: output of the bowels of their normal situation;
• Flatulence, distention of the gut by the accumulation of feces and gases;
• Gastralgia: stomach pain;
• Halitosis: Bad breath;
• Hematemesis: vomiting of blood;
• hyperemesis: excessive or uncontrollable vomiting;
• Inappetence: lack of appetite, anorexia;
• Melena: black stools, bright with blood;
• Nausea, stomach discomfort with impulse to vomit;
• Heartburn: a burning sensation in the stomach to the throat;
• Pleniturde gastric: stomach burning sensation to the throat.
• Polydipsia: excessive thirst;
• Regurgitation: food around the stomach to the mouth;
• Drooling, excessive salivation;
• Sialosquiese: poor salivation (dry mouth);

Nervous system

• Apalestesia: loss of sense of vibration
• Astas: inability to stand by incoordination
• Coma, unconsciousness
• Convulsions: violent, involuntary contractions of the muscle, random movements
• diplegia, bilateral paralysis
• echopraxia: repetition of movements and mannerisms of another person
• Estutor: total or partial unconsciousness
• Stupor, unconsciousness partial or total silence with no loss of sensory perception
• Hemiplegia: paralysis of lower limbs
• Hemicrância: migraine, pain (in half of the skull)
• Hemiparesis: weakness on one side of the body
• Hyperalgesia: excessive sensitivity to pain
• Hypersomnia: excessive sleepiness
• Hypoesthesia: decreased sensitivity
• Hypotonia: decreased muscle tone
• Paresthesia: abnormal sensitivity, nervous disorder with abnormal sensations
• Paresis: incomplete paralysis
• Paralysis: a decrease or disappearance of sensitivity and movement
• Reflection: twitching, involuntary response to a stimulus
• Quadriplegia: paralysis of four limbs

Integumentary System
• Acroma: lack of melanin, lack of pigment, albinism;
• Call: 1) no skin, unhealed, applied to wounds. 2) devoid of foreskin circumcised;
• chloasma, dark spots on skin, especially on the face of the mother;
• Dermatitis: inflammation of the skin;
• Acne: skin disease;
• Bruising: extravasation of blood beneath the tissue, dark spots or reddish;
• Erythema: redness of skin;
• Rash: red blood beneath tissue, dark spots or reddish;
• Eruption: visible lesions on the skin;
• Scabies: contagious skin disease characterized by multiform lesions accompanied by intense itching.
• Scleroderma: skin disorder with hardening of the skin;
• sclerosis, hardening of the skin due to an excessive proliferation of connective tissue. Alteration of tissue or organ characterized by the formation of fibrous tissue;
• Chafing: superficial loss of tissue;
• scrofulous: common benign dermatosis in the newborn;
• Rash: deflorência skin, any skin rash;
• Fissure: mucosal ulceration;
• Flictema: survey of the epidermis, forming small bubbles;
• Macula: pink patch of skin elevation;
• Petechiae: small punctate haemorrhages;
• Pustule: vesicle filled with pus.
• Ulcers: partial necrosis of the tissue with loss of substance;
• Urticaria, skin rash with itching;
• Blisters: Bubbles;


Locomotor System

• Ankylosis: immobility of a joint;
• akinesia: slowness of movement and partial paralysis;
• Stapler: can not write;
• Ambidextrous: ability to use both hands.
• Ataxia: It coordinates the muscles and locomotion;


Urinary System

• Anuria: No urine output
• choluria: Presence of bilirubin in the urine or bile
• Diuresis: volume of urine collected
• Enuresis: Urinary incontinence
• Hematuria: blood in urine
• Micturition: Urination
• MICTUR: frequent urination at night
• Oliguria: urine output deficiency, shortage
• Pyuria: pus in the urine
• Polagiúria: eliminating frequent urination
• Polyuria: excessive urine output
• Urinary retention: inability to eliminate the urine
• Xantorréia: vaginal discharge


Sense Organs
Mouth
• Aphasia: inability to speak or understand the spoken word
• Stroke: inability to deglurir
• aphonia: more or less marked loss of voice
• Anodontia: congenital or acquired absence of teeth
• After: Absence of thirst. ADIPSA
• Aptialismo: deficiency or absence of saliva
• Drooling, excessive salivation
Eyes
• Anisocoria: unequal pupil diameter
• Ablepsia: blindness
• Amblyopia: reduced visual acuity
• Aniridia: absence or failure of the iris
• Blepharitis: inflammation of the eyelids
• Diplepia: double vision
• Mydriasis: pupil dilation
• Miosis: contraction of the pupil
• ptosis, eyelid drop


Terminology
The *.*.*.*.*.* *.*.*.*.*.*

• Algia: pain in general
• Abscess: collection of pus externally or internally
• Abduction: removal of a member of the body axis
• Abrasion: abrasion, scratch
• Absorption of liquid penetration through the skin or mucous
• Withdrawal: containment, avoidance of
• Access: periodic repetition of a pathological phenomenon
• akinesia: the impossibility of voluntary movements, paralysis
• Acne: an inflammatory disease of the sebaceous glands
• Adena: tumor of a gland and that it reproduces the structure
• Fat: Fat
• Adduction: moving to the center and to the midline
• no fever, no fever, afebrile
• Influx: coming to a certain place
• coldness: cooling of extremists
• Algid: cold
• Alopecia: Partial or total collapse of the hair
• Aloplasia: (prosthetic) replacement of a part of the body by foreign material
• Hallucinations: the perception of an object that actually does not exist
• Amenorrhea: lack of menstruation
• Analgesia: abolition of pain sensitivity
• Anasarca: generalized edema
• Anemia: decreased number of red blood cells
• Aniantrose: joint that moves very little. Ex: Flanges
• Anorectal: region for the anus and rectum
• Anorexia: loss of appetite, loss of appetite
• Anosmia: decrease or complete loss of smell
• Anoxia: lack of oxygen in tissues
• Anquitose: reduction or elimination of motion at a joint
• Anterior: the front
• Anuperineal: region for the anus and perineum
• Anuria: absence of urine
• Anus: outlet of rectal
• Apathetic: General interests or unwilling to make any physical or mental effort
• Apeplexia: sudden loss of the senses, with elevated temperature, but without hemiplegia
• afebrile, without fever
• apyrexia: no frebre
• Apnea: absence of breathing movements
• Astas / tabs: inability to stand and walk
• Astas: incoordination which makes it impossible for the patient remain upright
• Asthenia: weakness, weakness, tiredness.
• Astico edema located in the peritoneal cavity with fluid accumulation
• Ataxia: incoordination
• Atresia: absence or closure of a natural orifice
• Atrophy: decrease in size or weight of a natural organ or tissue
• Headset: referring to ear

B *.*.*.*.*.* *.*.*.*.*.*


• Belanice: inflammation of the glans or head of the penis
• balanoposthitis: inflammation of the glans and foreskin
• Bandage: fillet.
• Benign: that does not threaten health or life, not evil as certain tumors, harmless
• Bilateral: on both sides
• Biopsy: The removal of a fragment of living tissue with the diagnostic purpose, the piece cut off this way
• Blenoftalmia: mucous secretion of the eyes
• clap: copious secretions of mucous membranes, especially the vagina and urethra
• Goiter hyperplasia of the thyroid gland
• coffee grounds: the appearance of vomit or bowel movements containing blood
• Bradycardia: heart rate decreased
• Braquialgia: arm pain
• Oral: oral, relating to mouth
• Bulimia, excessive hunger and pathological
• Bursitis: inflammation of the bursa


C *.*.*.*.*.* *.*.*.*.*.*

• Chill: involuntary contractions of skeletal muscle tremors and hit with the teeth;
• Cacophony: abnormal and unpleasant voice;
• Cramp, muscle contraction, spasmodic and painful;
• Cachexia: Early malnutrition, severe weight loss;
• Headache: headache;
• Shock Syndrome, which manifests cold skin, decreased body temperature, cyanosis and death;
• Cyanosis: bluish skin color from lack of oxygen in the blood;
• cyanotic: cyanosis;
• Cirrhosis: fibrosis with tissue destruction;
• Cystitis: Inflammation of the bladder;
• Cystocele: Bladder hernia;
• Cystostomy: open communication with the outside of the bladder;
• Claudication: momentary weakness of a limb;
• Enemas: introduction of small amounts of water, medicine or food in the gut;
• Coagulation: thickening of the liquid forming a clot;
• Cholecystectomy: Removal of the gallbladder;
• Cholecystitis: inflammation of the gallbladder;
• Cramping abdominal pain;
• Colpoperineorrafia: reparative operation around the vagina and perineum;
• Congenital: inherited disease at birth;
• Congestion: Excessive or abnormal accumulation of blood in a part of the body;
• Constipation: stool withholding of removal or insufficient;
• Contamination: the presence of living microbes;
• Contracture: muscle rigidity;
• Aftercare: headed for the re-establishment.
• Cordialgia: heartache;
• Coastal: on ribs;
• Round: part of the leg above the knee;
• dressing: healing the wounds that bleed.
• loose dressing: dressing wounds sutured;
• Dry Dressing: done only with gauze;
• wet dressing: application of drugs when there is liquid or moist;
• Cutaneous: relating to skin;
• Cutis: dermis;


D *.*.*.*.*.* *.*.*.*.*.*

• Dactylitis: inflammation of a finger or toe
• Weakness: weakness, lack of strength
• Debridement: cleaning an infected or necrotic tissue from a wound
• Supine: lying
• swallow: swallow
• Deltoid: arm muscle apply where intramuscular injections
• Inside: quote right
• Dehydration: decreased abnormal body tissues
• Fainting: lipotinea, slight loss of consciousness
• Diaphoresis: excessive sweating
• Dysphagia: difficulty swallowing
• Dysphonia: the voice disorder
• Dysmenorrhea: painful and difficult menstruation
• Dyspnea: shortness of breath, difficulty breathing
Dyspnea, dyspnea


And *.*.*.*.*.* *.*.*.*.*.*


• Edema: retention or accumulation of fluid in the tissue;
• ENTER: pertaining to the intestine;
• Enuresis, incontinence of urine;
• Migraine headache unilateral;
• upper abdominal pain in epigastrium;
• epigastrium, and upper middle portion of the abdomen;
• episiorrhaphy: suture of the perineum or labia;
• Episiotomy: lateral incision of the vulvar orifice to facilitate delivery;
• Epistaxis: nosebleed;
• Epistótomo: generalized muscle contractions in the body bending forward;
• Eplancnoptose: drop one or more organs;
• Bruising: small leakage of blood under the skin;
• Belching: greenhouse gas stomach through the mouth, belching;
• Eruption: yellow or blackish lesion that forms in infected wounds or burns;
• sores decubitus ulcer penetrating to Rea between bony prominences;
• sclerosis, hardening or loss of vessel elasticity;
• Chafing: abrasion, erosion, loss of superficial tissues;
• scintillating scotoma: points of light in the visual field in hypertension.
• Scotoma: blind spot in the visual field;
• Scrotal: pertaining to the scrotum;
• Escrotite: inflamaçãso the scrotum;
• Scrotum: leather bag suspended in the perineal area which houses the testicles and epididymis;
• Escrotocele hernia of the scrotum;
• slough, necrosis, gangrene;
• Esfacelodermia gangrene of the skin;
• Sphenoid: for the sphenoid;
• Sphenoid: bone located in the center of the floor of the skull;
• Esficterosplastia: surgical repair of a sphincter;
• Esfigmico: pertaining to the wrist;
• Esfigmocardiológrafo: graphic device that records the movements of the wrist and the heart;
• Sphygmomanometer: device to check blood pressure;
• Esfimógrafo: graficametne device that records the movements of the wrist;
• sphincter, circular muscle that builds a body orifice;
• cervical smear, smear of mucous secretions of the cervix;
• Smear: material spread on a glass slide for examination;
• Enamel: the outer layer of the teeth;
• Smegma: secretions around the caseous preúcio uo the labia minora.
• Esophagus: esophageal spasm;
• Esophagus: all long located behind the trachea and the foods you walk to go to the stomach;
• Esofagocele hernia of the esophagus;
• Esofagomalácia: softening of the esophagus;
• Esofagoptose: prolapse of the esophagus;
• esophagoscope: an instrument for visual examination of the esophagus;
• Esofagostenose: narrowing of the esophagus;
• Esophagostomy: cmunicação opening between the esophagus and abroad. Formation of an esophageal fistula;
• esophagectomy: incision of the esophagus;
• spasm: sudden and involuntary contractions of smooth muscles, a sudden and violent muscle or muscle group, can involve the hollow viscera such as stomach and intestines;
• jerky, stiff, with spasms;
• spasticity: a tendency to spasms and convulsions;
• spasmolytic, anti spasm medicine;
• Spasticity: the ability to go into spasm;
• Spasticity: state jerky;
• Specific: Remedy that works in a special way, healing a particular disease;
• Speculum: tool for examining the interior of cavities as vgina, rectum, nose, ears.
• Sperm: liquid speculated during sex by male animals;
• Espermatite: inflammation of the efferent channel;
• Spermatocele cyst in a part of the epididymis;
• Espermatocistite: inflammation of the seminal vesicle;
• Spermatorrhea: incontinence sperm;
• Espermatúria: presence of sperm in the urine;
• Spermicide: that destroys the sperm;
• Spirometer: device that measures the breathing capacity of the lungs;
• splanchnic, splanchnic;
• Esplâncnocele hernia of a viscus or part of it.
• Esplenectopia: fall of the spleen;
• Esplenelcose ulcer of the spleen;
• Spleen: for the spleen;
• splenitis: inflammation of the spleen;
• Esplenocele: herniated spleen;
• Esplenocmegalia: enlargement of the spleen;
• Esplenoctomia: extirpation of the spleen;
• Esplenodimia pain in the spleen;
• Esplenomalácia: softening of the spleen;
• Splenic: disease of the spleen;
• Esplenopexia: surgical fixation of the spleen;
• Esplenoptose: fall of the spleen;
• Esplenotomia: incision in the spleen;
• Espondilalgia pain in the vertebrae;
• Spondylarthritis: inflammation of vertebral joints;
• Spondylitis: Inflammation of one or more vertebrae;
• Esprometria: measure of respiratory capacity of the lungs;
• sputum: sputum, expectorated material may be mucous, mucopurulent, henorrágico, frothy;
• Skeleton: the bony framework of the body.
• quinsy: any inflammatory disease of the throat;
• Status asthmaticus, severe attack of asthma, which lasts over 24 hours and almost stops the breath;
• State of evil: the continuing crisis, is a splicing together;
• Status epilepticus: a succession of severe epileptic seizures;
• Status: period, phase;
• Estafiledema edema of the uvula;
• Estafilete: inflammation of the uvula;
• Estafilococemia: presence of staph in the blood;
• Staphylococcus: Bacteria in the form of grape clusters;
• staphyloma: protrusion of the cornea or sclera in cases of inflammation;
• Estafiloplastia: plastic surgery of the uvula;
• Estafilorrafia: suture of the uvula;
• Intestinal Stasis: excessive delay of feces in the intestine;
• stasis, stagnation of a previously circulating liquid;
• steatoma: lipoma, a tumor of fatty tissue;
• Steatorrhea: evacuation of times bleached, containing much fat;
• steatosis, fatty degeneration;
• pyloric stenosis: narrowing of the pylorus;
• Stenosis: narrowing;
• Estercólito: fecólito, and compact hard mass of feces. Cibalia;
• stereognosis: recognition of a body by touch;
• Sterile, unable to conceive or fertilize in surgery, free of any microbe;
• Sterility: The condition of being barren;
• Sterilization: an operation whereby a substance or object is not to contain any microbe;
• Estermal: pertaining to the sternum;
• sternalgia pain in the sternum;
• Sternum: the flat bone of the chest;
• sneezing, sneezing;
• Esternutatório: What causes sneezing;
• Death-rattle: respiratory noise inaudible to the hearing in the state of health. Its existence indicates a state mórbito;
• Stethoscope: an apparatus for listening, amplifying the sounds of the respiratory or circulatory organs;
• Stomach: stimulating the stomach;
• Stomach: the dilated portion of the digestive tract where the food will have to pass through the esophagus;