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segunda-feira, setembro 27, 2010

Como organizar um trabalho cientifico e sua estrutura



Como organizar um trabalho cientifico


sumario

1. INTRODUÇÃO
2. CIÊNCIA
3. TIPOS DE CONHECIMENTOS
4. A IMPORTÂNCIA DA LEITURA
5. ELEMENTOS METODOLÓGICOS:
5.1. CITAÇÕES
5.2. NOTAS DE RODAPÉ
5.3. REFERÊNCIAS
6. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CIENTÍFICAS
7. PESQUISA
8. TIPOS DE PESQUISA
9. CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES
10. FONTES PRIMÁRIAS
11. FONTES SECUNDÁRIAS
12. INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS
13. CONCLUSÃO
14. REFERÊNCIAS
ANEXO













1. INTRODUÇÃO

A metodologia para os trabalhos científicos é um assunto com o qual nos deparamos com freqüência, mas que causa inúmeros problemas e dúvidas com relação à forma de apresentação dos mais variados trabalhos que os alunos precisam fazer.
Tendo isso em conta, pretendemos mostrar, no decorrer desse curso, como os trabalhos deverão ser apresentados quanto à estrutura e formatação.
Visando atender o objetivo geral, que é proporcionar uma introdução sobre pesquisa, o presente curso foi estruturado em duas partes. Na primeira, os fundamentos, sobre os quais repousa o conhecimento científico, como conceitos, importância da leitura, os outros tipos de conhecimentos e os elementos metodológicos: citações, notas de rodapé e referências. Na segunda parte, conceitos relacionados diretamente com a pesquisa, instrumentos de coleta de dados e aplicabilidade de todo o conhecimento produzido no processo de pesquisa.


2. CIÊNCIA

Acumulação de conhecimento sistemático, ordenado, racional e comprovado;
Aperfeiçoamento constante do crescente acervo de conhecimento;
Preocupação em diferenciar os fatos gerais dos fatos comuns, através de experimentos e aplicabilidade na realidade;
Entendida como busca constante de explicações e soluções, de revisão e reavaliação de seus resultados e tem a consciência clara de sua falibilidade e de seus limites;
É uma busca constante e rigorosa que pretende aproximar-se cada vez mais da verdade através de métodos que proporcionam um controle, uma sistematização, uma revisão e uma segurança maior do que possuem outras formas de saber não-científicas;
É um processo dinâmico de construção de novos saberes e teorias.


3. TIPOS DE CONHECIMENTOS

Pelo conhecimento Homem penetra as diversas áreas da realidade para dela tomar posse.
Conhecer é uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido. No processo de conhecimento o sujeito se apropria, de certo modo, do objeto conhecido.

3.1. CONHECIMENTO EMPÍRICO

Também chamado de vulgar, popular e senso comum, é o conhecimento do povo, obtido por acaso. Não tem método e é assistemático. É sensitivo e subjetivo.
O homem comum, sem formação, tem conhecimento do mundo material exterior e consciência de sua existência, mas não consegue entender a essência da realidade.
É um conhecimento que é passado de geração em geração pela linguagem que é transmitida de uma pessoa para outra ou pelo ato de imitar.

3.2. CONHECIMENTO CIENTÍFICO


É um tipo de conhecimento especializado e produzido com pesquisas e dedicação. O uso dos métodos permite uma “certeza” dos fatos estudados.
Caracteriza-se por ser racional, sistemático, claro, objetivo, verificável e aberto.

3.3. CONHECIMENTO FILOSÓFICO

O objeto de estudo da Filosofia é constituído de realidades mediatas, partindo da experiência e não experimentação.
A Filosofia é a busca por resposta do próprio espírito humano através de suas indagações, de interpretações a respeito de tudo aquilo que envolve o homem e sobre o próprio homem em sua existência concreta.
Caracteriza-se por ser racional (RAZÃO), sistemático, valorativo.

3.4 . CONHECIMENTO RELIGIOSO OU TEOLÓGICO

É o conhecimento revelado por dogmas, crenças e revelações divinas. É um conjunto de verdades a que os Homens chegaram mediante a aceitação dos dados de revelação divina. Os fatos são considerados verdades por uma explicação divina e sobrenatural. Caracteriza-se por ser indiscutível, infalível, sistemático.

4. A IMPORTÂNCIA DA LEITURA

Aprender a ler não é uma postura simples, requer uma postura crítica e uma disciplina intelectual. O importante é o aprendiz notar que cada nova leitura de um texto lhe permitirá desvendar novas significações, não detectadas nas leituras anteriores.
A leitura tem as seguintes finalidades:
Nem sempre a leitura tem o objetivo específico de adquirir conhecimento. A leitura pode ser casual, espontânea e quase um reflexo. Podendo, também, ter a finalidade de:
-Entretenimento – com o objetivo simplesmente de lazer ou diversão, um tipo de leitura mais rápida.
Ex: jornais, revistas, gibis.
- Informativa – tem o objetivo de agregar novos conhecimentos, aquisição de novos saberes.
Ex: revistas científicas, jornais, livros, monografias.
- Formativa – relacionada com a aquisição e/ou aplicação de conhecimentos, aquela que é indicada ao longo do processo de formação profissional.

Ex: livros e material técnico de cada área.




5. ELEMENTOS METODOLÓGICOS

A apresentação de trabalhos acadêmicos possui características específicas. A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT criou uma padronização para os trabalhos acadêmicos.
Os elementos metodológicos são divididos em:

5.1. Citações – é uma menção, no texto, de uma informação colhida em documentos pesquisados. A sua função consiste em sustentar o raciocínio do autor no decorrer do trabalho. O uso de citações enriquece o trabalho.

a. Citações Diretas – transcrição textual de parte da obra do autor lido e pesquisa.
b. Citações Indiretas – é aquela em que o aluno reproduz idéias e informações de um documento ou texto sem ser com as mesmas palavras do autor. Pode ser considerada como citação livre ou paráfrase. Nos dois casos o autor deverá ser citado.
Exemplo: Quando a citação tiver até três linhas, a citação ficará no próprio parágrafo em que for citada. Para diferenciar o seu texto da idéia do autor deverá usar aspas.

Essa condição relativamente crítica da economia brasileira em relação ao neoliberalismo, não consegue se sustentar, por um período mais extenso, ocorrendo, de maneira retardatária, no limiar dos anos 90, segundo Soares “o retorno à ortodoxia, acompanhado da onda neoliberal” (2001: p.154)

Exemplo: Quando a citação tiver mais de quatro linhas, deverá ter um recuo, não usar aspas, diminuir tamanho da fonte (10 ou 11) e o espaço será simples.

A degradação ambiental trará conseqüências desastrosas para o meio ambiente e a própria espécie humana. A questão da sustentabilidade deve ser pensada e refletida já, para que as futuras gerações possam usufruir dos mesmos recursos naturais das gerações atuais. (LIMA, 2005: p.57).

5.2. Notas de rodapé - são as que aparecem ao pé das páginas onde são indicadas. Servem para abordar pontos que não devem ser incluídos no texto para não sobrecarregá-lo.
Na utilização das notas de rodapé deve-se observar o seguinte:
a)A numeração das notas é seqüencial e em algarismos arábicos ao longo do documento;
b)O número é apresentado sobrescrito no texto e no inicio da nota;
c) O indicativo numérico é separado do texto da nota por um espaço;
d) A nota é escrita com tamanho da fonte menor que o texto (10 ou 11);
e) As notas de rodapé devem constar, sempre, na mesma página em que foi feita a chamada.
5.3. Referências - elemento obrigatório, que consiste em um conjunto padronizado de elementos descritivos retirados de um documento e que permite sua identificação individual, conforme a NBR 6023:2002, mesmo que esses elementos já estejam mencionados em notas de rodapé.

Para indicar a referência é necessário:
- autor(es)
- título da obra (em destaque)
- edição
- local
- editora
- ano de publicação.

Atenção: somente devem ser incluídos nas referências os documentos – livros, artigos, textos disponíveis na Internet – que tenham sidos consultados e citados no texto. Recomenda-se a utilização de ordem alfabética para a ordenação das referências ao final do trabalho e espaço duplo entre referências.


EXEMPLOS:

a) Com apenas um autor:
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 5. ed., São Paulo: Ed. Atlas, 2001.


b) Com dois autores:
GOMES, Josir Simeone; SALAS, Joan M. Amat. Controle de Gestão. 2. ed., São Paulo: Ed. Atlas, 1999.

c) Com três autores:
SOUZA, Donaldo Bello de; SANTANA, Marco Aurélio; DELUIZ, Neise. Trabalho e Educação. Rio de Janeiro: Ed. Quartet, 1999.

d) Com mais de três autores
COSTA, Ana et. al. A Gastronomia Brasileira. 2.ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2006.

e) Documentos eletrônicos com autoria:

ARRUDA, Maria Cecília Coutinho. Indicadores de Clima Ético nas empresas. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v.40, n.3, jul./set. 2000. Disponível em http://www.rae.com.br/rae/artigos-on-line.htm. Acesso em: 28 de set. 2001.


f) Documentos eletrônicos sem autoria:

LÍDERES do PT discutem em SP propostas do partido para 2002. JB Online, Rio de Janeiro, 28 de set. 2001. Disponível em www.jb.com.br. Acesso em 28 de set. 2008.

g) Publicações de jornais e revistas:

EMPRESÁRIOS da Argentina querem suspensão temporária do Mercosul. O Globo, Rio de Janeiro, 27 de set. 2008. Economia, p.28.

i) Quando o último sobrenome indicar parentesco (Júnior, Filho, Neto, Sobrinho), o penúltimo sobrenome acompanha.

ROCHA FILHO, Antônio. A Natureza Humana. 4. ed., São Paulo: Ed. Vozes, 1998.



6. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CIENTÍFICAS


p. ou pág.
página

cap.
capítulo

Ilus.
ilustração

v.
volume

n.
número

Ed.
Editora

ed.
edição

idem
Do mesmo autor citado anteriormente

apud
Segundo, conforme, para, citado por

et. al. ou et. alli.
E outros

PIBIC PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTIFICA

ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

NBR NORMA BRASILEIRA REGISTRADA

ISBN IDENTIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE LIVROS

ISSN IDENTIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE PUBLICAÇÕES SERIADAS




7. PESQUISA

Pesquisa é a busca por resposta através de estudos, interpretações, comprovações e descobertas sobre determinado tema.
Pesquisar é buscar ou procurar resposta e/ou solução para determinado problema.
A pesquisa, porém, não é a única forma de obtenção de conhecimentos e descobertas.
A Ciência tem necessidade de produzir novas e novas pesquisas para o próprio desenvolvimento do ser humano em diversas áreas.



8. TIPOS DE PESQUISA


Segundo os objetivos as pesquisas podem ser:

a) Pesquisa exploratória – é aquela que se caracteriza pelo desenvolvimento e esclarecimento de idéias, com o objetivo de oferecer uma visão panorâmica, é uma primeira aproximação a um determinado fato ou acontecimento. Também, conhecida como pesquisa de base, pois oferece dados elementares que dão suporte para a realização de estudos mais profundos sobre o tema.
b) Pesquisa Descritiva – objetiva escrever as características de um objeto de estudo. Não estar interessada no porquê, nas fontes do fenômeno, preocupa-se em apresentar suas características.
c) Pesquisa Experimental – é aquela que se refere a um fenômeno que é reproduzido de forma controlada, submetendo os fatos às verificações, buscando, a partir daí, evidenciar as relações entre os fatos e as teorias.
d) Pesquisa Explicativa – pretende identificar os fatores que contribuem para a ocorrência e desenvolvimento de um determinado fenômeno. Buscam-se as fontes, as causas dos acontecimentos.

Segundo as fontes de informação:

a) De campo – ir a realidade para coletar informações e construir os aportes teóricos.
b) Laboratório – pesquisa verificável.
c) Bibliográfica – referencial teórico, revisão da literatura, conhecimento das teorias.
d) Documental – todas as informações de primeira fonte: documentos, registros, inventários.


9. CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES

Chegando-se a uma biblioteca, como identificar as fontes bibliográficas indispensáveis para a elaboração de um trabalho?
A identificação das fontes bibliográficas pode ser iniciada pela consulta de obras que proporcionam informações sobre o assunto que se pretende investigar, como: livros, enciclopédia, revistas, manuais, dicionários.

As fontes bibliográficas compreendem diversos tipos de documentos:

a) Documentos Manuscritos: códices, apógrafos, autógrafos;
b) Documentos Impressos: livros, revistas, jornais, folhetos, catálogos, boletins, anuários, testos legais, processos, pareceres, correspondências publicadas etc;
c) Documentos mimeografados, xerocados, microfilmes, que reproduzem outros documentos: gravação de áudio e vídeo;
d) Mapas, esboços, plantas, desenhos, cartazes, fotográficos.

As fontes podem ser classificadas em:

a) LIVROS DE LEITURA CORRENTE: obras de literatura, em seus diversos gêneros (romance, poesia, teatro, etc.); obras de divulgação, que podem ser cientificas, técnicas e de vulgarização. As cientificas e as técnicas utilizam linguagem própria da ciência e destinam-se especialistas de cada área. As de vulgarização destinam-se ao publico não especializado na matéria.
b) LIVROS DE REFERÊNCIA: dicionários, enciclopédia e anuários são as principais obras d referencia informativa. Os de referencias remissivas são os catálogos das grandes bibliotecas e editoras, os boletins e jornais especializados.
c) PERIÓDICOS: as principais publicações periódicas são os jornais e revistas, de grande utilidade par a atualização de informações.
d) IMPRESSOS DIVERSOS: além de livros,, jornais e revistas, encontram-se em bibliotecas publicações do governo, boletins informativos de empresas ou de institutos de pesquisa, estatutos de entidades.
e) OBRAS DE ESTUDO: tratados, manuais, monografias, ensaios, conferencias, dissertações, teses etc.

10. FONTES PRIMÁRIAS

São constituídos por obras ou textos originais, material ainda não trabalhado, sobre determinado assunto. As fontes primárias, pela sua relevância, dão origem a outras obras.


11. FONTES SECUNDÁRIAS

Referem-se a determinadas fontes primárias, isto é, são constituídas pela literatura originada de determinadas fontes primárias e constituem-se em fontes das pesquisas bibliográficas. São obras que interpretam e analisam fontes primárias.



12. INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS


Cada pesquisa tem sua particularidade: sua metodologia, método, técnicas específicas que serão selecionadas e utilizadas de acordo com os objetivos da pesquisa.
Os instrumentos de pesquisas são os meios através dos quais se aplicam as técnicas selecionadas, atendendo às necessidades daquele caso particular.
Os instrumentos de pesquisa podem ser:

a) Questionário – é um conjunto de perguntas que o investigado responde, sem a necessidade da presença do pesquisador.

Para elaborar as perguntas de um questionário, é indispensável o investigador atentar para o fato em que o informante não poderá contar com explicações adicionais do pesquisador. Por isso, as perguntas devem ser muito claras e objetivas, podendo ser:

FECHADAS – são aquelas que indicam 3 ou 4 opções de resposta ou se limitam à resposta afirmativa ou negativa.
Ex. Você gosta de ler?

1. Sempre ( )
2. Nunca ( )
3. Às vezes ( )
4. Raramente ( )

ABERTAS – dão liberdade de resposta, proporcionam maiores informações. A dificuldade de questões abertas é a analise dos fatos, dificilmente podem ser tabuladas e precisam ser agrupadas.

Ex. Qual sua opinião a respeito dos escândalos de corrupção envolvendo os políticos brasileiros?



MISTAS – introduzem questões abertas, numa série de perguntas fechadas.

Ex. O que você pretende fazer no feriado?

1. Viajar ( )
2. Estudar ( )
3. Ficar em casa ( )
4. Outras atividades ( ) Quais?__________________________

b) Formulário – é constituído por uma série de perguntas, mas não dispensa a presença do pesquisador. É usado quando se pretende obter respostas mais ampla.

Algumas vantagens:
- pode ser aplicado a qualquer investigado;
- apresenta mais flexibilidade, adaptando-se a cada situação;
- possibilita a coleta de dados mais complexos;
- o próprio investigador preenche as informações.

c) Entrevista – constitui um instrumento de pesquisa eficaz na escolha de dados fidedignos para a elaboração de uma pesquisa. Podendo ser:

ESTRUTURADA – consiste em fazer uma série de perguntas seguindo um roteiro preestabelecido;
SEMI-ESTRUTURADA - consiste em uma conversação informal, que pode se alimentada por perguntas abertas, proporcionando maior liberdade para o informante.
NÃO ESTRUTURADA - quando o investigador sabe o que conversar com o entrevistado, mas não formulou nenhuma questão. Não demonstra organização.
Qualquer que seja o instrumento de pesquisa deve ser bem planejado e elaborado para que se atinjam os objetivos esperados.


ESTUDO DE CASO – é o tipo de estudo que privilegia um caso em particular, uma unidade significativa, considerada suficiente para análise de um fenômeno. É o momento de articular o que foi identificado na literatura e interpretar aquele caso específico.


























13. CONCLUSÃO

O aluno, ao longo dos diferentes níveis de ensino, participará de várias situações do processo ensino-aprendizagem. E a experiência de vivenciar uma pesquisa, permitirá uma visão ampla de como funciona a realidade social e o mundo que o cerca.
Estudar permite ao ser humano desvendar conhecimentos e crescer mentalmente, pois o ser humano vai se diferenciar dos demais animais justamente pela capacidade de raciocinar.
É necessário entender e aproveitar todo momento que possibilite uma nova aprendizagem.
Pesquisar não é apenas definir o tipo de pesquisa e o instrumento de coleta, mas uma sistematização de todo processo de acumulação de conhecimento.

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