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sexta-feira, agosto 26, 2011

PRINCIPAIS QUESTÕES ENFRENTADAS POR TODOS OS SOCORRISTAS


PRINCIPAIS QUESTÕES
ENFRENTADAS POR
TODOS OS SOCORRISTAS

Esta publicação com os “Destaques das Diretrizes”
resume os principais pontos de discussão
e alterações nas Diretrizes de 2010 da
American Heart Association (AHA) para Ressuscitação
Cardiopulmonar (RCP) e Atendimento Cardiovascular
de Emergência (ACE). Ela foi desenvolvida para que os
profissionais que executam a ressuscitação e os instrutores
da AHA possam se concentrar na ciência da ressuscitação
e nas recomendações das diretrizes mais importantes ou
controversas ou que resultem em mudanças na prática ou no
treinamento da ressuscitação. Além disso, explica o raciocínio
adotado nas recomendações.
Como esta publicação foi concebida como um resumo,
ela não menciona os estudos de apoio publicados e não
informa Classes de Recomendações ou Níveis de Evidência.
Para obter informações e referências mais detalhadas,
incentivam-se a leitura das Diretrizes da AHA 2010 para RCP
e ACE, inclusive o Resumo Executivo1, publicado on-line na
Circulation em outubro de 2010, e a consulta ao resumo
detalhado da ciência da ressuscitação no Consenso Científico
Internacional de 2010 sobre RCP e ACE, com recomendações
de tratamento, publicado, simultaneamente, na Circulation2
e na Resuscitation.3
Este ano marca o 50º aniversário da primeira publicação
médica revisada por pares, documentando a sobrevivência
após compressão torácica fechada para PCR4, e os
especialistas e profissionais que trabalham com ressuscitação
se mantêm dedicados a fim de reduzir morte e incapacitação

Esta seção resume as principais questões discutidas nas
Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE, principalmente
aquelas referentes ao suporte básico de vida (SBV) enfrentadas
por todos os socorristas, sejam eles profissionais de saúde
ou socorristas leigos. As Diretrizes da AHA 2005 para RCP e
ACE enfatizavam a importância de compressões torácicas de
alta qualidade (a uma frequência e profundidade adequadas,
permitindo retorno total do tórax após cada compressão e
com interrupção mínima nas compressões torácicas). Estudos
publicados antes e desde 2005 demonstram que (1) a qualidade
das compressões torácicas continua necessitando de melhoria,
embora a implementação das Diretrizes da AHA 2005 para RCP
e ACE tenha sido associada a uma melhor qualidade de RCP
e maior sobrevivência; (2) existe uma variação considerável na
sobrevivência à PCR extra-hospitalar entre os serviços médicos
de emergência/urgência (SME); e (3) a maioria das vítimas de
PCR súbita extra-hospitalar não recebe nenhuma manobra de
RCP de pessoas presentes no local. As alterações
recomendadas nas Diretrizes da AHA 2010 para RCP e
ACE tentam dar conta dessas questões e, também, fazem
recomendações para melhorar o resultado da PCR por meio
de uma nova ênfase nos cuidados pós-PCR.
Ênfase permanente em RCP de alta qualidade
As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE enfatizam, mais
uma vez, a necessidade de uma RCP de alta qualidade,
incluindo:
• Frequência de compressão mínima de 100/minuto (em vez
de "aproximadamente" 100/minuto, como era antes).
• Profundidade de compressão mínima de 2 polegadas (5 cm),
em adultos, e de, no mínimo, um terço do diâmetro
anteroposterior do tórax, em bebês e crianças
(aproximadamente, 1,5 polegada [4 cm] em bebês e 2
polegadas [5 cm] em crianças). Observe que a faixa de
1½ a 2 polegadas não é mais usada para adultos, e a
profundidade absoluta especificada para crianças e bebês é
maior do que nas versões anteriores das Diretrizes da AHA
para RCP e ACE.

Processo de avaliação de evidências


As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE se baseiam em uma ampla revisão da literatura sobre ressuscitação e diversos debates
e discussões com especialistas internacionais em ressuscitação e membros do Comitê e Subcomitês de ACE da AHA. O Consenso
Internacional ILCOR 2010 sobre a Ciência da RCP e ACE com Recomendações de Tratamento, simultaneamente publicado na
Circulation2 e Resuscitation,3 resume o consenso internacional que interpretou dezenas de milhares de estudos de ressuscitação
revisados por pares. Este processo internacional de avaliação de evidências, ocorrido em 2010, envolveu 356 especialistas em
ressuscitação de 29 países, que analisaram, discutiram e debateram a pesquisa em ressuscitação em encontros presenciais,
teleconferências e sessões on-line ("webinars") durante um período de 36 meses, incluindo a Conferência do Consenso Internacional
2010 sobre a Ciência da RCP e ACE com Recomendações de Tratamento, realizada em Dallas, no estado do Texas, no início de
2010. Especialistas em planilhas produziram 411 revisões de evidências científicas de 277 tópicos em ressuscitação e atendimento
cardiovascular de emergência (ACE). O processo incluiu a avaliação estruturada de evidências, análise e catalogação da literatura.
Incluiu, também, uma rigorosa divulgação e gestão de possíveis conflitos de interesse. As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE1
contêm as recomendações dos especialistas para a aplicação do Consenso Internacional sobre a Ciência da RCP e ACE com
Recomendações de Tratamento considerando a eficácia, a facilidade de ensino e aplicação e fatores dos sistemas locais.
provocadas por doenças cardiovasculares e AVE/AVC.
Pessoas presentes no local, primeiros socorristas e profissionais
de saúde desempenham, todos, papéis importantes
na aplicação da RCP em vítimas de PCR. Além disso,
profissionais especialistas podem fornecer excelentes
cuidados peri e pós-PCR.
As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE se baseiam
em um processo internacional de avaliação de evidências,
envolvendo centenas de cientistas e especialistas em
ressuscitação de todo o mundo que avaliaram, discutiram
e debateram milhares de publicações revisadas por pares.
O Quadro 1 contém informações sobre o processo de
avaliação de evidências de 2010.


Retorno total do tórax após cada compressão
• Minimização das interrupções nas compressões torácicas
• Evitar excesso de ventilação
Não houve alteração na recomendação referente à relação
compressão-ventilação de 30:2 para um único socorrista de
adultos, crianças e bebês (excluindo-se recém-nascidos).
As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE continuam
recomendando que as ventilações de resgate sejam aplicadas
em, aproximadamente, 1 segundo. Assim que houver uma via
aérea avançada colocada, as compressões torácicas poderão
ser contínuas (a uma frequência mínima de 100/minuto) e não
mais alternadas com ventilações. As ventilações de resgate,
então, poderão ser aplicadas à frequência de cerca de uma
ventilação a cada 6 ou 8 segundos (cerca de 8 a 10 ventilações
por minuto). Deve-se evitar ventilação excessiva.
Alteração de A-B-C para C-A-B

As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE recomendam uma
alteração na sequência de procedimentos de SBV de A-B-C
(via aérea, respiração, compressões torácicas) para C-A-B
(compressões torácicas, via aérea, respiração) em adultos,
crianças e bebês (excluindo-se recém-nascidos — consulte a
seção Ressuscitação neonatal). Essa alteração fundamental
na sequência de RCP exigirá novo treinamento de todos os já
treinados em RCP, mas o consenso entre os autores das Diretrizes
de 2010 da AHA e os especialistas é de que o benefício valerá
o esforço.

Motivo: A vasta maioria das PCRs ocorre em adultos, e as
taxas mais altas de sobrevivência à PCR envolvem pacientes
de todas as faixas etárias cuja parada/paragem foi presenciada
por outras pessoas, com ritmo inicial de fibrilação
ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV) sem pulso.
Nesses pacientes, os elementos iniciais críticos de SBV
são compressões torácicas e a desfibrilação precoce.
Na sequência A-B-C, as compressões torácicas, muitas vezes,
são retardadas enquanto o socorrista abre a via aérea para
aplicar respiração boca a boca, recupera um dispositivo de
barreira ou reúne e monta o equipamento de ventilação. Com a
alteração da sequência para C-A-B, as compressões torácicas
serão iniciadas mais cedo e o atraso na ventilação será mínimo
(isto é, somente o tempo necessário para aplicar o primeiro
ciclo de 30 compressões torácicas, ou, aproximadamente,
18 segundos; quando dois socorristas estiverem presentes
para a ressuscitação do bebê ou da criança, o atraso será
ainda menor).

A maioria das vítimas de PCR extra-hospitalar não recebe
nenhuma manobra de RCP das pessoas presentes.
Existem, provavelmente, muitas razões para isso, mas um
empecilho pode ser a sequência A-B-C, que começa com
os procedimentos que os socorristas acham mais difíceis,
a saber, a abertura da via aérea e a aplicação de ventilações.
Começar com compressões torácicas pode encorajar mais
socorristas a iniciar a RCP.

O suporte básico de vida, normalmente, é descrito como uma
sequência de ações, e isso continua válido para o socorrista
que atua sozinho. A maioria dos profissionais de saúde,
contudo, trabalha em equipe, cujos membros, geralmente,
executam as ações de SBV simultaneamente. Um socorrista,
por exemplo, inicia imediatamente as compressões torácicas,
enquanto outro socorrista busca um DEA/DAE (desfibrilador
automático externo) e chama o serviço de ambulância e um
terceiro abre a via aérea e aplica ventilações.
Os profissionais de saúde são, novamente, incentivados a
adequar as ações de resgate à causa mais provável da PCR.
Por exemplo, se um profissional de saúde testemunhar,
sozinho, o colapso repentino de uma vítima, poderá
presumir que a vítima sofreu uma PCR primária com um
ritmo chocável/desfibrilável e deverá acionar imediatamente
o serviço de emergência/urgência, buscar um DEA/DAE
e retornar à vítima para aplicar a RCP e usar o DEA/DAE.
Porém, para uma suposta vítima de PCR asfíxica, como em
casos de afogamento, a prioridade seria aplicar compressões
torácicas com ventilação de resgate por cerca de 5 ciclos
(aproximadamente 2 minutos) antes de acionar o serviço
de emergência/urgência.

Duas partes novas nas Diretrizes da AHA 2010 para RCP e
ACE são: Cuidados Pós-PCR e Treinamento, implementação
e equipes. A importância dos cuidados pós-PCR é enfatizada
pela inclusão de um novo quinto elo na Cadeia de Sobrevivência
de Adultos em ACE da AHA (Figura 1). Veja o resumo das
principais recomendações contidas nessas novas partes nas
seções Cuidados Pós-PCR e Treinamento, implementação e
equipes desta publicação.

RCP DE ADULTO POR SOCORRISTA LEIGO

Resumo dos principais pontos de discussão
e alterações

Os principais pontos de discussão e alterações nas
recomendações das Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE
para a RCP de adultos por socorristas leigos são os seguintes:
• Foi criado o algoritmo universal simplificado de SBV para
adultos

• Foram feitos refinamentos nas recomendações para o
reconhecimento e e o acionamento imediatos do serviço
de emergência/urgência, com base nos sinais de que a
vítima não responde, e para o início da RCP se a vítima
não responder, não apresentar respiração ou apresentar
respiração anormal (isto é, apenas com gasping).

• O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há respiração"
foi removido do algoritmo.

• Tem-se dado ênfase permanente em RCP de alta qualidade
(com frequência e profundidade de compressão torácicas
adequadas, permitindo retorno total do tórax após cada
compressão, minimizando interrupções nas compressões
e evitando ventilação excessiva).

• Houve uma alteração na sequência recomendada para
o socorrista que atua sozinho para que ele inicie as
compressões torácicas antes de aplicar ventilações de
resgate (C-A-B, em vez de A-B-C). O socorrista atuando
sozinho deve iniciar a RCP com 30 compressões, em vez
de 2 ventilações, para reduzir a demora na aplicação da
primeira compressão.

• A frequência de compressão deve ser, no mínimo,
de 100/minuto (em vez de “aproximadamente” 100/minuto).

• A profundidade de compressão, em adultos, foi alterada da
faixa de 1½ a 2 polegadas para, no mínimo, 2 polegadas (5 cm).
Estas alterações foram planejadas para simplificar o
treinamento de socorristas leigos e continuar enfatizando a
necessidade de aplicar compressões torácicas o quanto antes
em vítimas de PCR súbita. Mais informações sobre estas
alterações encontram-se abaixo. Nota: Nos tópicos a seguir, as
alterações ou os pontos a enfatizar para socorristas leigos que
sejam semelhantes aos utilizados para profissionais de saúde
estão indicados com um asterisco (*).
Ênfase nas compressões torácicas*

2010 (Nova): Se a pessoa presente não tiver treinamento
em RCP, ela deverá aplicar a RCP somente com as mãos
(somente compressões torácicas) na vítima adulta com colapso
repentino, com ênfase em "comprimir forte e rápido" no centro
do tórax, ou seguir as instruções do atendente/operador do
SME. O socorrista deve continuar a RCP somente com as
mãos até a chegada e preparação de um DEA/DAE para uso
ou até que os profissionais do SME ou outros encarregados
assumam o cuidado da vítima.

Todos os socorristas leigos treinados devem, no mínimo,
aplicar compressões torácicas em vítimas de PCR. Além disso,
se o socorrista leigo treinado puder realizar ventilações de resgate,
as compressões e as ventilações devem ser aplicadas na
relação de 30 compressões para cada 2 ventilações. O socorrista
deve continuar a RCP até a chegada e preparação de um DEA/
DAE para uso ou até que os profissionais do SME assumam o
cuidado da vítima.

2005 (Antiga): As Diretrizes da AHA 2005 para RCP e ACE
não forneciam recomendações diferentes para socorristas
treinados e não treinados, mas, sim, recomendavam que
os atendentes/operadores fornecessem instruções de
RCP somente com compressões às pessoas presentes
não treinadas. As Diretrizes da AHA 2005 para RCP e ACE
observavam que, se o socorrista não estivesse disposto a
aplicar ventilações, ou preparado para tal, ele deveria aplicar
somente compressões.

Motivo: A RCP somente com as mãos (somente compressões)
é mais fácil de ser executada por um socorrista não treinado e
pode ser prontamente orientada por telefone pelos atendentes/
operadores. Além disso, as taxas de sobrevivência às PCRs de
etiologia cardíaca são similares para a RCP somente com
as mãos e a RCP com compressões e ventilação de resgate.
No entanto, para o socorrista leigo treinado e capaz,
a recomendação continua sendo a de aplicar compressões
e ventilações.


Alteração na sequência da RCP: C-A-B, em vez de A-B-C*

2010 (Nova): Iniciar compressões torácicas antes
das ventilações.
2005 (Antiga): A sequência de RCP em adultos tinha início
com a abertura da via aérea, seguida de verificação quanto à
presença de respiração normal e, em seguida, a aplicação de
duas ventilações de resgate, acompanhadas de ciclos de 30
compressões torácicas e 2 ventilações.

Motivo: Embora nenhuma evidência em humanos ou animais
publicada demonstre que iniciar a RCP com 30 compressões,
em vez de 2 ventilações, leve a um melhor resultado,
as compressões torácicas fornecem fluxo sanguíneo vital ao
coração e ao cérebro; ademais, estudos de PCR extra-hospitalar
em adultos mostram que a sobrevivência é maior quando as
pessoas presentes fazem alguma tentativa de aplicar a RCP,
em vez de simplesmente não tentarem fazê-lo. Dados de animais
demonstram que atrasos ou interrupções nas compressões
torácicas reduzem a sobrevivência; logo, tais atrasos ou
interrupções devem ser minimizados ao longo de toda a
ressuscitação. As compressões torácicas podem ser iniciadas
quase imediatamente, ao passo que posicionar a cabeça e
obter um selo para a respiração boca a boca ou com
bolsa-válvula-máscara/insuflador manual sempre demoram
certo tempo. A demora no início das compressões poderá ser
reduzida se houver dois socorristas presentes: o primeiro inicia
as compressões torácicas e o segundo abre a via aérea e se
prepara para aplicar respirações tão logo o primeiro complete
a primeira série de 30 compressões torácicas. Quer haja um ou
mais socorristas presentes, o início da RCP com compressões
torácicas garante que a vítima receba logo essa intervenção
crítica - e qualquer atraso nas ventilações de resgate deve
ser breve.

Eliminação do procedimento “Ver, ouvir e
sentir se há respiração”*
2010 (Nova): O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há
respiração” foi removido da sequência de RCP. Após a
aplicação de 30 compressões, o socorrista que atuar sozinho
deverá abrir a via aérea da vítima e aplicar duas ventilações.
2005 (Antiga): O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há
respiração” era usado para avaliar a respiração após a
abertura da via aérea.

Motivo: Com a nova sequência “compressões torácicas
primeiro”, a RCP será executada se o adulto não estiver
respondendo e nem respirando ou não respirando normalmente
(como já mencionado, os socorristas leigos serão instruídos
a aplicar a RCP se a vítima que não responde “não estiver
respirando ou estiver apenas com gasping”). A sequência
da RCP começa com compressões (sequência C-A-B). Logo,
a respiração é verificada rapidamente como parte da verificação
quanto à PCR; após a primeira série de compressões torácicas,
a via aérea é aberta e o socorrista aplica duas ventilações.
Frequência de compressão torácica: mínimo
de 100 por minuto*

2010 (Nova): É sensato que os socorristas leigos e
profissionais de saúde realizem compressões torácicas a
uma frequência mínima de 100 compressões por minuto.
2005 (Antiga): Executar aproximadamente
100 compressões por minuto.
Motivo: O número de compressões torácicas aplicadas por
minuto durante a RCP é um fator determinante importante do
retorno da circulação espontânea (RCE) e da sobrevivência
com boa função neurológica. O número real de compressões
torácicas aplicadas por minuto é determinado pela frequência
das compressões torácicas e o número e a duração das
interrupções nas compressões (para, por exemplo, abrir a
via aérea, aplicar ventilações de resgate ou permitir análise
do DEA/DAE). Na maioria dos estudos, a aplicação de mais
compressões está associada a maiores taxas de sobrevivência,
ao passo que a aplicação de menos compressões está
associada a uma menor sobrevivência. A aplicação de
compressões torácicas adequadas exige ênfase não
somente na frequência adequada de compressões, mas
também em minimizar interrupções a este componente
crítico da RCP. Uma frequência de compressão inadequada
ou interrupções frequentes (ou ambas) reduzirão o número
total de compressões aplicadas por minuto. Para obter mais
informações,

Profundidade das compressões torácicas*
2010 (Nova): O esterno adulto deve ser comprimido, no mínimo,
2 polegadas (5 cm).
2005 (Antiga): O esterno adulto deve ser comprimido
aproximadamente de 1½ a 2 polegadas (aproximadamente
de 4 a 5 cm).

Motivo: As compressões criam fluxo sanguíneo principalmente
por aumentarem a pressão intratorácica e comprimirem
diretamente o coração. Compressões geram fornecimento
de fluxo sanguíneo, oxigênio e energia, críticos para o coração
e o cérebro. Pode haver confusão quando se recomenda uma
faixa de profundidade; por isso, agora, recomenda-se uma
profundidade de compressão específica. Os socorristas,
muitas vezes, não comprimem adequadamente o tórax,apesar das recomendações de “comprimir com força”.
Além disso, a ciência disponível sugere que as compressões
de, pelo menos, 2 polegadas são mais eficazes do que as de
1½ polegada. Por essa razão, as Diretrizes da AHA 2010 para
RCP e ACE recomendam uma profundidade mínima específica
para a compressão torácica em adultos.

Número de compressões aplicadas, afetadas pela frequência de compressão e por interrupções

O número total de compressões aplicadas durante a
ressuscitação é um fator determinante importante da
sobrevivência em PCR. O número de compressões aplicadas
é afetado pela frequência de compressão e pela fração da
compressão (a parte do tempo total de RCP dedicada à
execução das compressões); os aumentos na frequência e na
fração da compressão elevam o total de compressões aplicadas,
ao passo que reduções na frequência e na fração diminuem
o total de compressões aplicadas. A fração da compressão
melhora se você reduzir o número e a duração das interrupções
nas compressões e é reduzida por interrupções frequentes ou
longas nas compressões torácicas. Podemos encontrar uma
analogia em uma viagem de automóvel. Ao viajar de automóvel,
o número de quilômetros percorridos em um dia é afetado
não somente pela velocidade com que você dirige (sua taxa
de deslocamento), mas também pelo número e a duração
das paradas/paragens feitas (interrupções do deslocamento).
Durante uma RCP, o objetivo é aplicar compressões eficazes
a uma frequência (no mínimo, 100/minuto) e profundidade
apropriada, minimizando-se o número e a duração das
interrupções nas compressões torácicas. Outros componentes
de uma RCP de alta qualidade compreendem obter o
retorno total do tórax após cada compressão e evitar
ventilação excessiva.


SBV PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Resumo dos principais pontos de discussão
e alterações

Os principais pontos de discussão e alterações nas
recomendações das Diretrizes da AHA 2010 para RCP
e ACE para profissionais de saúde são os seguintes:
• Como as vítimas de PCR podem apresentar um curto
período de atividade semelhante a convulsão ou gasp
agônico, que podem confundir os possíveis socorristas,
os atendentes/operadores devem ser especificamente
treinados para identificar tais manifestações de PCR
para melhorar o reconhecimento da PCR.
• Os atendentes/operadores devem instruir socorristas leigos
não treinados a aplicar a RCP somente com as mãos em
adultos com PCR súbita.

• Foram feitos refinamentos nas recomendações para o
reconhecimento e o acionamento imediatos do serviço
de emergência/urgência tão logo o profissional de saúde
identifique que a vítima adulta não responde, está sem
respiração ou apresenta respiração anormal (isto é, apenas
gasping). O profissional de saúde deve verificar rapidamente
se não há respiração ou se a mesma é anormal (isto é,
não respirando ou apenas com gasping) ao verificar a
capacidade de resposta da vítima. Em seguida, o profissional
deve acionar o serviço de emergência/urgência e buscar o
DEA/DAE (ou encarregar alguém disso). O profissional de
saúde não deve levar mais do que 10 segundos verificando o
pulso e, caso não sinta o pulso em 10 segundos, deve iniciar
a RCP e usar o DEA/DAE, se disponível.
• O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há respiração" foi
removido do algoritmo.

• minimizando interrupções nas compressões e evitando
Tem-se dado maior ênfase em RCP de alta qualidade
(com frequência e profundidade de compressão torácicas
adequadas, permitindo retorno total do tórax entre as
compressões, ventilação excessiva).
• O uso de pressão cricoide durante as ventilações, em geral,
não é recomendado.

• Os socorristas devem iniciar as compressões torácicas antes
de aplicar ventilações de resgate (C-A-B, em vez de A-B-C).
Iniciar a RCP com 30 compressões, em vez de 2 ventilações,
diminui a demora em aplicar a primeira compressão.
• A frequência de compressão foi modificada para um mínimo
de 100 por minuto, em vez de aproximadamente 100/minuto.
• A profundidade da compressão em adultos foi ligeiramente
alterada para, no mínimo, 2 polegadas (cerca de 5 cm),
em lugar da faixa antes recomendada de cerca de 1½ a
2 polegadas (4 a 5 cm).

• Tem-se dado ênfase permanente na necessidade de reduzir
o tempo entre a última compressão e a administração do
choque e o tempo entre a administração do choque e o
reinício imediato das compressões.
• Há um maior foco na aplicação de RCP em equipe.

Estas alterações foram concebidas para simplificar o
treinamento do profissional de saúde e continuar enfatizando
a necessidade de aplicar a RCP de alta qualidade, o quanto
antes, em vítimas de PCR. Mais informações sobre estas
alterações encontram-se a seguir. Nota: Nos tópicos a seguir,
para profissionais de saúde, aqueles indicados com um
asterisco (*) são semelhantes aos dos socorristas leigos.
Identificação de gasp agônico pelo
atendente/operador

As vítimas de PCR podem apresentar atividade semelhante
a convulsão ou gasp agônico, podendo confundir os
possíveis socorristas. Os atendentes/operadores devem ser
especificamente treinados para identificar manifestações de
PCR, para melhorar o reconhecimento da PCR e a aplicação
imediata da RCP.

2010 (Nova): Para ajudar as pessoas presentes a
reconhecerem a PCR, os atendentes/operadores devem
perguntar sobre a capacidade de resposta da vítima adulta,
se a vítima está respirando e se a respiração está normal,
na tentativa de distinguir vítimas com gasp agônico (ou seja,
que necessitam de RCP) de vítimas que respiram normalmente
e que não necessitam de RCP. O socorrista leigo deve ser
instruído a iniciar a RCP se a vítima "não estiver respirando
ou apenas com gasping". O profissional de saúde deve ser
instruído a iniciar a RCP se a vítima "não estiver respirando
ou apresentar respiração anormal (isto é, gasping)". Portanto,
a respiração deve ser rapidamente verificada como parte da
verificação da PCR antes de o profissional de saúde acionar o
serviço de emergência/urgência e buscar o DEA/DAE
(ou encarregar alguém disso) para, então, verificar
rapidamente o pulso e iniciar a RCP e usar o DEA/DAE.
2005 (Antiga): As instruções de RCP fornecidas pelo
atendente/operador devem incluir perguntas que ajudem
as pessoas presentes a identificar pacientes com gaspings
ocasionais como prováveis vítimas de PCR, para aumentar
a probabilidade de RCP das vítimas pelos presentes.
Motivo: Há evidência de considerável variação regional na
incidência e no resultado de PCR relatados nos Estados
Unidos. Tal variação é evidência ainda maior da necessidade
de que as comunidades e os sistemas identifiquem
adequadamente cada ocorrência de PCR tratada e avalie os
resultados. Também sugere mais oportunidades de melhorar
as taxas de sobrevivência em muitas comunidades.
As diretrizes anteriores recomendavam o desenvolvimento de
programas que ajudassem a reconhecer a PCR. As Diretrizes
da AHA 2010 para RCP e ACE são mais
Destaques das Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE
específicas quanto aos componentes necessários nos sistemas
de ressuscitação. Estudos publicados desde 2005 demonstram
um melhor resultado em PCR extra-hospitalares, em particular
com ritmos chocáveis/desfibriláveis, e têm reafirmado a
importância de uma maior ênfase na aplicação imediata de RCP
de alta qualidade (compressões de frequência e profundidade
adequadas, permitindo o retorno total do tórax após cada
compressão, minimizando interrupções nas compressões
torácicas e evitando ventilação excessiva).

Para ajudar as pessoas presentes a reconhecerem imediatamente
uma PCR, os atendentes/operadores devem perguntar,
especificamente, sobre a ausência de resposta da vítima
adulta, se ela está respirando e se a respiração observada está
normal. Os atendentes/operadores devem ser especificamente
treinados em ajudar as pessoas presentes a detectar gasp
agônico para melhorar o reconhecimento da PCR.
Os atendentes/operadores também devem estar cientes
de que convulsões breves e generalizadas podem ser a
primeira manifestação da PCR. Em suma, além de acionar
os profissionais do serviço de emergência/urgência,
o atendente/operador deve fazer perguntas claras e diretas
sobre se o paciente está responsivo/consciente e respirando
normalmente, a fim de identificar pacientes com possível PCR.
Os atendentes/operadores devem fornecer instruções para
RCP somente com as mãos (apenas compressões) para ajudar
as pessoas presentes não treinadas a iniciar a RCP quando
houver suspeita de PCR (vide abaixo).
O atendente/operador deve fornecer
instruções para RCP

2010 (Nova): As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE
recomendam de forma mais enfática que os atendentes/
operadores instruam os socorristas leigos não treinados a
aplicar a RCP somente com as mãos em adultos que não
estejam respondendo, não estejam respirando ou apresentem
respiração anormal. Os atendentes/operadores devem fornecer
instruções para RCP convencional em vítimas com provável
PCR asfíxica.

2005 (Antiga): As Diretrizes da AHA 2005 para RCP e ACE
observavam que era preferível fornecer por telefone apenas
instruções para compressões torácicas.
Motivo: Infelizmente, a maioria dos adultos com PCR
extra-hospitalar não recebe nenhuma manobra de RCP das
pessoas presentes. A RCP somente com as mãos (apenas
compressões) aplicada pelas pessoas presentes melhora
substancialmente a sobrevivência de adultos após PCR
extra-hospitalar em comparação com situações em que não
recebem nenhuma RCP dessas pessoas. Outros estudos de
adultos com PCR tratados por socorristas leigos mostram
taxas de sobrevivência similares entre as vítimas que
recebem RCP somente com as mãos em comparação com
as que recebem RCP convencional (isto é, com ventilações
de resgate). Vale ressaltar que é mais fácil os atendentes/
operadores instruírem os socorristas não treinados a aplicar a
RCP somente com as mãos do que a RCP convencional em
vítimas adultas. Por isso, a recomendação atual é mais incisiva
para que ajam dessa forma, salvo em caso de suspeita de PCR
asfíxica (por exemplo, devido a afogamento).
Pressão cricoide

2010 (Nova): O uso rotineiro de pressão cricoide em PCR não
é recomendado.

2005 (Antiga): A pressão cricoide deverá ser usada apenas
se a vítima estiver profundamente inconsciente e, em geral,
requer um terceiro socorrista, não envolvido em ventilações de
resgate ou compressões.

Motivo: A pressão cricoide é uma técnica para aplicar pressão
à cartilagem cricoide da vítima, de forma a empurrar a traqueia
posteriormente e comprimir o esôfago contra as vértebras
cervicais. A pressão cricoide pode impedir a distensão
gástrica e reduzir o risco de regurgitação e aspiração durante a
ventilação com bolsa-válvula-máscara/insuflador manual, mas
também pode impedir a ventilação. Sete estudos aleatórios
mostraram que a pressão cricoide pode retardar ou impedir
a colocação de uma via aérea avançada e que, a despeito da
aplicação de pressão cricoide, pode ocorrer, ainda assim, um
pouco de aspiração. Além disso, é difícil treinar os socorristas
de forma apropriada no uso da manobra. Por isso, o uso
rotineiro de pressão cricoide em PCR não é recomendado.
Ênfase nas compressões torácicas*

2010 (Nova): As compressões torácicas são enfatizadas para
os socorristas, sejam eles treinados ou não. Se a pessoa
presente não tiver treinamento em RCP, ela deverá aplicar a
RCP somente com as mãos (somente compressões) na vítima
adulta com colapso repentino, com ênfase em "comprimir com
força e rapidez" no centro do tórax, ou seguir as instruções
do atendente/operador de emergência/urgência médica.
O socorrista deve continuar a RCP somente com as mãos até
a chegada e preparação de um DEA/DAE para uso ou até que
os profissionais do SME assumam o cuidado da vítima.
O ideal é que todos os profissionais de saúde sejam treinados
em SBV. Nessa população treinada, faz sentido que o SME e
os socorristas profissionais nos hospitais apliquem compressões
torácicas e ventilações de resgate em vítimas de PCR.
2005 (Antiga): As Diretrizes da AHA 2005 para RCP e ACE
não forneciam recomendações distintas para socorristas
treinados e não treinados, nem enfatizavam diferenças nas
instruções fornecidas a socorristas leigos ou a profissionais
de saúde, mas recomendavam que os atendentes/operadores
fornecessem instruções para RCP somente com compressões
para pessoas presentes não treinadas. Além disso, as Diretrizes
da AHA 2005 para RCP e ACE observavam que, se o
socorrista não estivesse disposto a aplicar ventilações,
ou preparado para tal, ele deveria aplicar somente
compressões torácicas. Note que o parecer "RCP
somente com as mãos" da AHA foi publicado em 2008.
Motivo: A RCP somente com as mãos (somente compressões)
é mais fácil de ser executada por um socorrista não treinado e
pode ser prontamente orientada por telefone pelos atendentes/
operadores. Porém, como o profissional de saúde deve estar
treinado, a recomendação continua sendo a de aplicar
compressões e ventilações. Se o profissional de saúde
não puder aplicar ventilações, deverá acionar o serviço de
emergência/urgência e aplicar compressões torácicas.
Acionamento do serviço de

emergência/urgência

2010 (Nova): O profissional de saúde deve verificar se
o paciente responde observando-o para determinar se a
respiração está anormal ou ausente. O profissional deverá
suspeitar de PCR se a vítima não estiver respirando ou estiver
com gasping.

A m e r i c a n H e a r t A s s o c i a t i o n
Destaques das Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE 7
2005 (Antiga): O profissional de saúde acionava o serviço de
emergência/urgência tão logo encontrasse uma vítima que não
apresentasse resposta. Em seguida, voltava à vítima, abria a
via aérea e verificava a respiração quanto a anormalidades.
Motivo: O profissional de saúde não deve retardar o
acionamento do serviço de emergência/urgência, porém deve
obter duas informações simultaneamente: verificar se a vítima
responde e se está sem respiração ou com respiração anormal.
Se a vítima não estiver respondendo e não estiver respirando ou
apresentar respiração anormal (isto é, apenas gasp agônico),
o profissional deverá acionar o serviço de emergência/urgência
e buscar o DEA/DAE, se disponível (ou encarregar alguém disso).
Se o profissional de saúde não sentir pulso na vítima em
10 segundos, deverá iniciar a RCP e usar o DEA/DAE,
quando estiver disponível.

Alteração na sequência da RCP: C-A-B, em vez
de A-B-C*

2010 (Nova): Uma das alterações feitas nas Diretrizes
da AHA 2010 para RCP e ACE recomenda o início das
compressões torácicasantes das ventilações.
2005 (Antiga): A sequência da RCP em adultos tinha início
com a abertura da via aérea, seguida de verificação quanto à
presença de respiração normal e, em seguida, a aplicação de
duas ventilações de resgate, acompanhadas de ciclos de 30
compressões torácicas e 2 ventilações.

Motivo: Embora nenhuma evidência em humanos ou animais
publicada demonstre que iniciar a RCP com 30 compressões,
em vez de 2 ventilações, leve a um melhor resultado,
as compressões torácicas fornecem fluxo sanguíneo; ademais,
estudos de PCR extra-hospitalar em adultos mostram que a
sobrevivência é maior quando as pessoas presentes fazem
alguma tentativa de aplicar a RCP, em vez de simplesmente
não tentarem fazê-lo. Dados de animais demonstram que
atrasos ou interrupções nas compressões torácicas reduzem
a sobrevivência; logo, tais atrasos ou interrupções devem ser
minimizados ao longo de toda a ressuscitação. As compressões
torácicas podem ser iniciadas quase imediatamente, ao passo
que posicionar a cabeça e obter um selo para a respiração boca
a boca ou com bolsa-válvula-máscara/insuflador manual sempre
demoram certo tempo. A demora no início das compressões
poderá ser reduzida se houver dois socorristas presentes:
o primeiro inicia as compressões torácicas e o segundo abre
a via aérea e se prepara para aplicar respirações tão logo o
primeiro complete a primeira série de 30 compressões torácicas.
Quer haja um ou mais socorristas presentes, o início da RCP
com compressões torácicas garante que a vítima receba logo
essa intervenção crítica.

Eliminação do procedimento “Ver, ouvir e
sentir se há respiração”*

2010 (Nova): O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há
respiração” foi removido da sequência de avaliação da
respiração após a abertura da via aérea. O profissional de
saúde verifica rapidamente a respiração ao verificar se o
paciente está respondendo a fim de detectar sinais de PCR.
Após a aplicação de 30 compressões, o socorrista que
atuar sozinho deverá abrir a via aérea da vítima e aplicar
duas ventilações.

2005 (Antiga): O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há
respiração” era usado para avaliar a respiração após a
abertura da via aérea.

Motivo: Com a nova sequência “compressão torácica
primeiro”, a RCP será executada se o adulto não estiver
respondendo e não estiver respirando ou apresentando
respiração anormal (isto é, não respirando ou com gasping),
sendo iniciada pelas compressões (sequência C-A-B). Logo, a
respiração é rapidamente verificada como parte da verificação
da PCR. Após a primeira série de compressões torácicas, a via
aérea é aberta e o socorrista aplica 2 ventilações.
Frequência de compressão torácica: mínimo de
100 por minuto*

2010 (Nova): É sensato que os socorristas leigos e
profissionais de saúde realizem compressões torácicas
a uma frequência mínima de 100 compressões por minuto.
2005 (Antiga): Executar aproximadamente
100 compressões por minuto.

Motivo: O número de compressões torácicas aplicadas por
minuto durante a RCP é um fator determinante importante do
retorno da circulação espontânea (RCE) e da sobrevivência
com boa função neurológica. O número real de compressões
torácicas aplicadas por minuto é determinado pela frequência
das compressões torácicas e o número e a duração das
interrupções nas compressões (para, por exemplo, abrir a
via aérea, aplicar ventilações de resgate ou permitir a análise
do DEA/DAE). Na maioria dos estudos, a aplicação de mais
compressões durante a ressuscitação está associada a uma
maior sobrevivência, ao passo que a aplicação de menos
compressões está associada a uma menor sobrevivência.
A aplicação de compressões torácicas adequadas exige
ênfase não somente na frequência adequada de compressões,
mas também em minimizar interrupções a este componente
crítico da RCP. Uma frequência de compressão inadequada ou
interrupções frequentes (ou ambas) reduzirão o número total
de compressões aplicadas por minuto. Para mais informações,
consulte o Quadro 2 na página 4.

Profundidade das compressões torácicas*
2010 (Nova): O esterno adulto deve ser comprimido, no mínimo,
2 polegadas (5 cm).
2005 (Antiga): O esterno adulto deve ser comprimido de 1½ a 2
polegadas (aproximadamente de 4 a 5 cm).

Motivo: As compressões criam fluxo sanguíneo principalmente
por aumentarem a pressão intratorácica e comprimirem
diretamente o coração. Compressões geram fornecimento de
fluxo sanguíneo, oxigênio e energia, críticos para o coração e
o cérebro. Pode haver confusão quando se recomenda uma
faixa de profundidade; por isso, agora, recomenda-se uma
profundidade de compressão específica. Os socorristas, muitas
vezes, não comprimem adequadamente o tórax, apesar das
recomendações de “comprimir com força”. Além disso,
a ciência disponível sugere que as compressões
de, pelo menos, 2 polegadas são mais eficazes do que as
de 1½ polegada. Por essa razão, as Diretrizes da AHA 2010
para RCP e ACE recomendam uma profundidade mínima
específica para a compressão torácica em adultos, maior do que
a recomendação anterior.


Ressuscitação em equipe

2010 (Nova): As etapas do algoritmo de SBV são
tradicionalmente apresentadas como uma sequência para
ajudar um socorrista sozinho a priorizar as ações. Há um
maior foco na aplicação da RCP em equipe, porque as
ressuscitações, na maioria dos SMEs e sistemas de saúde,
envolvem equipes de socorristas cujos membros executam
várias ações simultaneamente. Um socorrista, por exemplo,
aciona o serviço de emergência/urgência enquanto um
segundo inicia as compressões torácicas, um terceiro aplica
ventilações ou busca a bolsa-válvula-máscara/insuflador
manual para ventilações de resgate e um quarto busca e
configura um desfibrilador.

2005 (Antiga): As etapas de SBV consistem em uma série
de avaliações e ações sequenciais. A intenção do algoritmo
é apresentar as etapas de maneira lógica e concisa para que
cada socorrista possa aprendê-las, memorizá-las e
executá-las facilmente.

Motivo: Algumas ressuscitações são iniciadas por um socorrista
atuando sozinho que, então, liga para pedir ajuda, ao passo que
outras começam já com vários socorristas envolvidos.
O treinamento deve se concentrar na capacidade de formar
uma equipe à medida que cada socorrista chega ao local ou
de designar um líder para a equipe, caso vários socorristas
estejam presentes. À medida que chegam mais pessoas,
as responsabilidades pelas tarefas que, normalmente, seriam
executadas em sequência pelos poucos socorristas, podem ser
delegadas a uma equipe de profissionais que as executará de
forma simultânea. Por essa razão, o treinamento em SBV
para profissionais de saúde não só deve proporcionar
capacitação individual, como também ensinar os socorristas
a trabalharem em equipe de forma eficaz.
Comparação dos principais elementos da RCP
em adultos, crianças e bebês
Como nas Diretrizes da AHA 2005 para RCP e ACE, as Diretrizes
de 2010 contêm uma tabela comparativa que relaciona os
principais elementos da RCP em adultos, crianças e bebês
(excluindo-se a RCP em bebês recém-nascidos). Esses
elementos principais encontram-se na Tabela 1.
Recomendações
Componente Adultos Crianças Bebês
Reconhecimento
Não responsivo (para todas as idades)
Sem respiração ou com respiração
anormal (isto é, apenas com gasping) Sem respiração ou apenas com gasping
Sem pulso palpado em 10 segundos, para todas as idades (apenas para profi ssionais de saúde)
Sequência da RCP C-A-B
Frequência de compressão No mínimo, 100/min
Profundidade da
compressão
No mínimo, 2 polegadas (5 cm) No mínimo 1⁄3 do diâmetro AP
Cerca de 2 polegadas (5 cm)
No mínimo 1⁄3 do diâmetro AP
Cerca de 1½ polegada (4 cm)
Retorno da parede torácica
Permitir retorno total entre as compressões
Profi ssionais de saúde, alternar as pessoas que aplicam as compressões a cada 2 minutos
Interrupções nas
compressões
Minimizar interrupções nas compressões torácicas
Tentar limitar as interrupções a menos de 10 segundos
Vias aéreas Inclinação da cabeça-elevação do queixo (profi ssionais de saúde que suspeitarem
de trauma: anteriorização da mandíbula)
Relação compressãoventilação
(até a colocação
da via aérea avançada)
30:2
1 ou 2 socorristas
30:2
Um socorrista
15:2
2 socorristas profi ssionais de saúde
Ventilações: quando
socorrista não treinado ou
treinado e não proficiente
Apenas compressões
Ventilações com via aérea
avançada (profissionais
de saúde)
1 ventilação a cada 6 a 8 segundos (8 a 10 ventilações/min)
Assíncronas com compressões torácicas
Cerca de 1 segundo por ventilação
Elevação visível do tórax
Desfibrilação Colocar e usar o DEA/DAE assim que ele estiver disponível. Minimizar as interrupções nas compressões torácicas
antes e após o choque; reiniciar a RCP começando com compressões imediatamente após cada choque.
Abreviações: DEA/DAE, desfibrilador automático externo; AP, anteroposterior; RCP, ressuscitação cardiopulmonar; PS, profissional da saúde.
*Excluindo-se recém-nascidos, cuja etiologia da PCR é, quase sempre, asfíxica.

TERAPIAS
ELETRICAS
As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE foram atualizadas
para que refletissem os novos dados sobre desfibrilacao
e cardioversao em disturbios do ritmo cardiaco e o uso de
estimulacao em bradicardia. Tais dados continuam servindo
de respaldo as recomendacoes das Diretrizes da AHA 2005
para RCP e ACE. Logo, nao foram recomendadas grandes
alteracoes em relacao a desfibrilacao, a cardioversao e a
estimulacao. A enfase na desfibrilacao precoce integrada com
RCP de alta qualidade e a chave para melhorar a sobrevivencia
a PCR subita.
Resumo dos principais pontos de discussao
e alteracoes
Os topicos principais compreendem
. Integracao dos DEAs/DAEs a Cadeia de Sobrevivencia com
acesso publico a desfibrilacao
. Consideracao do uso de DEAs/DAEs em hospitais
. Os DEAs/DAEs, agora, podem ser usados em bebes, se nao
houver um desfibrilador manual disponivel
. Choque primeiro versus RCP primeiro em PCR
. Protocolo de 1 choque versus sequencia de 3 choques em FV
. Formas de onda bifasicas e monofasicas
. Intensificacao da carga versus cargas fixas no segundo
choque e nos subsequentes
. Colocacao de eletrodos
. Desfibrilacao externa com desfibrilador
cardioversor implantado
. Cardioversao sincronizada
Desfibriladores externos automaticos
Programas comunitarios de DEAs/DAEs para
socorristas leigos
2010 (Ligeiramente modificada): A ressuscitacao
cardiopulmonar e o uso de DEAs/DAEs por primeiros
socorristas da seguranca publica sao recomendados
para aumentar as taxas de sobrevivencia em PCR subita
extra-hospitalar. As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE
recomendam, mais uma vez, estabelecer programas de
DEAs/DAEs em locais publicos nos quais exista probabilidade
relativamente alta de PCR presenciada (por exemplo, aeroportos,
cassinos, instituicoes esportivas). Para maximizar a eficacia
desses programas, a AHA continua enfatizando a importancia
de organizar, planejar, treinar, criar parceria com o sistema de
SME e estabelecer um processo de continuo aperfeicoamento
da qualidade.
2005 (Antiga): As Diretrizes da AHA 2005 para RCP e ACE
identificaram quatro componentes para o exito dos programas
comunitarios de DEAs/DAEs para socorristas leigos:
. Resposta planejada e praticada; normalmente, requer a
supervisao de um profissional de saude.
. Treinamento em RCP e uso do DEA/DAE para
socorristas designados
. Criacao de parceria com o sistema de SME (Servico Medico
de Emergencia/Urgencia) local
. Um programa de continuo aperfeicoamento da qualidade
Existe pouca evidencia para recomendacoes pro ou contra a
implementacao de DEAs/DAEs em domicilios.
Uso de DEAs/DAEs em hospitais
2010 (Reafirmacao da recomendacao de 2005): Apesar
de evidencia limitada, os DEAs/DAEs podem ser considerados
para o ambiente hospitalar como forma de facilitar a
desfibrilacao precoce (meta de administracao de choques em
. 3 minutos do colapso), especialmente nas areas cujo pessoal
nao esteja capacitado para reconhecer ritmos ou em que o
uso de desfibriladores nao seja frequente. Os hospitais devem
monitorar os intervalos entre o colapso e o primeiro choque e
os resultados da ressuscitacao.
Uso de DEA/DAE em criancas agora
inclui bebes
2010 (Nova): Na tentativa de desfibrilacao em criancas de
1 a 8 anos de idade com um DEA/DAE, o socorrista deve
usar um sistema atenuador de carga pediatrico, se disponivel.
Se o socorrista aplicar a RCP contra a PCR em uma crianca e
nao houver um DEA/DAE com sistema atenuador pediatrico,
deve-se usar um DEA/DAE padrao. Em bebes (com menos de
1 ano de idade), e preferivel um desfibrilador manual. Se nao
houver um desfibrilador manual disponivel, aconselha-se um
DEA/DAE com atenuacao de carga pediatrica. Se nenhum
dos dois estiver disponivel, use um DEA/DAE sem atenuador
de carga.
2005 (Antiga): Em criancas de 1 a 8 anos de idade,
o socorrista deve usar um sistema atenuador de carga
pediatrico, se disponivel. Se o socorrista aplicar a RCP
contra a PCR em uma crianca e nao houver um DEA/DAE
com sistema atenuador pediatrico, deve-se usar um DEA/DAE
padrao. Ha dados insuficientes para recomendacao pro ou
contra o uso de DEAs/DAEs em bebes com menos de 1 ano
de idade.
Motivo: Nao se conhece a carga de energia minima para
que se possa realizar uma desfibrilacao eficaz em bebes e
criancas. O limite superior para desfibrilacao segura tambem
nao e conhecido, mas cargas > 4 J/kg (chegando a 9 J/kg)
tem apresentado desfibrilacao eficaz em criancas e modelos
animais de PCR pediatrica sem efeitos adversos significativos.
DEAs/DAEs com cargas de energia relativamente alta tem
sido usados com exito em bebes com PCR, sem efeitos
adversos claros.
Choque primeiro versus RCP primeiro
2010 (Reafirmacao da recomendacao de 2005):
Ao presenciar uma PCR extra-hospitalar e havendo um DEA/
DAE prontamente disponivel no local, o socorrista devera
iniciar a RCP com compressoes toracicas e usar o DEA/
DAE o quanto antes. Profissionais de saude tratando PCR
TERAPIAS ELETRICAS
10 A m e r i c a n H e a r t A s s o c i a t i o n
TERAPIAS ELETRICAS
em hospitais ou outras instituicoes com DEAs/DAEs ou
desfibriladores no local devem aplicar a RCP imediatamente e
usar o DEA/DAE/desfibrilador tao logo o equipamento esteja
disponivel. Estas recomendacoes foram concebidas como
apoio a RCP precoce e a desfibrilacao inicial, em particular
quando ha um DEA/DAE ou um desfibrilador disponivel
instantes apos o ataque da PCR subita. Quando a PCR
extra-hospitalar nao for presenciada pelo pessoal do SME,
o SME podera iniciar a RCP enquanto verifica o ritmo com o
DEA/DAE ou no ECG e se prepara para a desfibrilacao. Em tais
circunstancias, podem-se considerar de 1. a 3 minutos de
RCP antes da tentativa de desfibrilacao. Quando houver dois
ou mais socorristas presentes, aplique a RCP enquanto
se busca o desfibrilador.
Em PCR subita no hospital, ha pouca evidencia para sustentar
ou refutar a RCP antes da desfibrilacao. Contudo, em pacientes
monitorizados, o tempo da FV ate a administracao do choque
deve ser inferior a 3 minutos, devendo-se aplicar a RCP enquanto
o desfibrilador e preparado.
Motivo: Quando ha FV por mais de alguns minutos, ocorre
deplecao de oxigenio e energia no miocardio. Um breve
periodo de compressoes toracicas pode fornecer oxigenio
e energia ao coracao, o que aumenta a probabilidade de
que um choque venha a eliminar a FV (desfibrilacao) e seja
acompanhado do retorno da circulacao espontanea (RCE).
Antes da publicacao das Diretrizes AHA 2005 para RCP e ACE,
dois estudos sugeriam o potencial beneficio da RCP antes
do primeiro choque. Em ambos os estudos, embora a
aplicacao da RCP por um periodo de 1. a 3 minutos antes
da administracao do choque nao tivesse melhorado a
sobrevivencia a FV, a estrategia da RCP primeiro melhorou
a sobrevivencia das vitimas de FV quando o intervalo entre
a ligacao para o SME e sua chegada era de 4 a 5 minutos
ou mais. Todavia, dois ensaios aleatorios controlados
subsequentes indicaram que a RCP antes da tentativa de
desfibrilacao pelo pessoal do SME nao estava associada
a nenhuma diferenca significativa na sobrevivencia a alta
hospitalar. Um estudo retrospectivo detectou um melhor
estado neurologico em 30 dias e em 1 ano, em comparacao
com a desfibrilacao imediata em pacientes com FV
extra-hospitalar.
Protocolo de 1 choque versus sequencia de
3 choques
2010 (Sem alteracoes em relacao a 2005): Na epoca
da Conferencia do Consenso 2010 da ILCOR (International
Liaison Committee on Resuscitation) sobre a Ciencia da
RCP e ACE com Recomendacoes de Tratamento, dois
novos estudos publicados, realizados com seres humanos,
comparavam o protocolo de 1 choque com o protocolo de
3 choques consecutivos no tratamento da PCR por FV. A
evidencia desses dois estudos sugere significativo beneficio a
sobrevivencia com o protocolo de desfibrilacao com 1 choque,
em comparacao com o protocolo de tres choques consecutivos.
Se um choque nao eliminar a FV, o beneficio incremental de
outro choque e baixo, e o reinicio da RCP provavelmente tera
maior valor do que outro choque imediato. Este fato, aliado aos
dados de estudos em animais - que documentam os efeitos
nocivos da interrupcao das compressoes toracicas - e a estudos
em humanos - que sugerem beneficio a sobrevivencia com o
uso da abordagem de RCP com 1 choque em comparacao
com o protocolo de 3 choques -, respalda a recomendacao
de um so choque acompanhado de RCP imediata em vez de
choques consecutivos, como tentativa de desfibrilacao.
Formas de onda de desfibrilacao e niveis
de energia
2010 (Sem alteracoes em relacao a 2005): Dados de
estudos intra e extra-hospitalares indicam que choques
com forma de onda bifasica em configuracoes de energia
comparaveis ou inferiores a choques monofasicos de 200 J
tem exito equivalente ou maior para o encerramento da FV.
Contudo, a energia ideal para a desfibrilacao com choque
primeiro com forma de onda bifasica nao foi determinada.
Igualmente, nenhuma caracteristica especifica de forma de
onda (quer monofasica ou bifasica) esta consistentemente
associada a uma maior incidencia de RCE ou sobrevivencia a
alta hospitalar apos PCR.
Na ausencia de desfibriladores bifasicos, e aceitavel o uso de
desfibriladores monofasicos. As configuracoes de choque com
forma de onda bifasica diferem conforme o fabricante, nenhum
dos quais foi diretamente comparado em humanos quanto a
eficacia relativa. Devido a essas diferencas na configuracao da
forma de onda, os profissionais devem usar a carga de energia
recomendada pelo fabricante (120 a 200 J) para a respectiva
forma de onda. Se a carga recomendada pelo fabricante nao
for conhecida, considere a desfibrilacao a carga maxima.
Desfibrilacao pediatrica
2010 (Modificacao da recomendacao anterior):
Em pacientes pediatricos, a carga ideal de desfibrilacao nao
e conhecida. Os dados sobre a carga eficaz minima ou o limite
superior para desfibrilacao segura sao limitados. Uma carga
de 2 a 4 J/kg pode ser usada para a energia de desfibrilacao
inicial; porem, para facilitar o treinamento, pode-se considerar
uma carga inicial de 2 J/kg. Para os choques subsequentes,
os niveis de energia devem ser de, no minimo, 4 J/kg, podendo
ser considerados niveis de energia mais altos, desde que nao
excedam 10 J/kg ou a carga maxima para adultos.
2005 (Antiga): A carga inicial da tentativa de desfibrilacao
em bebes e criancas com o uso de um desfibrilador manual
monofasico ou bifasico e de 2 J/kg. A segunda carga e as
subsequentes sao de 4 J/kg.
Motivo: Ha insuficiencia de dados para implementar uma
alteracao substancial nas atuais cargas recomendadas para a
desfibrilacao pediatrica. Cargas iniciais de 2 J/kg, com formas
de onda monofasicas, sao eficazes na solucao de 18% a 50%
dos casos de FV e nao ha evidencia suficiente para comparar
o exito de cargas mais altas. A literatura de casos documenta
desfibrilacoes bem-sucedidas com cargas de ate 9 J/kg sem
efeitos adversos detectados. Sao necessarios mais dados.
Energia fixa e intensificada
2010 (Sem alteracoes em relacao a 2005): O nivel
de energia bifasica ideal para o primeiro choque ou os
subsequentes ainda nao foi determinado. Logo, nao e
possivel fazer uma recomendacao definitiva acerca da
selecao de energia para as tentativas subsequentes de
desfibrilacao bifasica. com base nas evidencias existentes,
se o choque bifasico inicial nao for capaz de
Destaques das Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE
TERAPIAS ELETRICAS
11
encerrar a FV, os niveis de energia subsequentes deverao,
no minimo, ser equivalentes, podendo ser considerados
niveis de energia mais altos, se disponiveis.
Colocacao de eletrodos
2010 (Modificacao da recomendacao anterior):
Para facilitar a colocacao e o treinamento, a posicao da
pa anterolateral segue o posicionamento logico padrao
de eletrodos. Qualquer uma das tres posicoes alternativas
da pa (anteroposterior, infraescapular anteroesquerda e
infraescapular anterodireita) podem ser consideradas, segundo
as caracteristicas de cada paciente. A colocacao das pas do
DEA/DAE no torax desnudo da vitima, em qualquer uma das
quatro posicoes da pa, e aceitavel para a desfibrilacao.
2005 (Antiga): Os socorristas devem colocar as pas do DEA/
DAE no torax desnudo da vitima na posicao esterno-apical
(anterolateral) convencional. A pa toracica (esterno) direita e
colocada no torax anterossuperior (infraclavicular) direito da
vitima; a pa apical (esquerda) e colocada no torax inferolateral
esquerdo da vitima, lateral ao peito esquerdo. Outras posicoes
de pa aceitaveis sao a colocacao na parede toracica lateral
nos lados direito e esquerdo (biaxilares) ou a pa esquerda na
posicao apical padrao e a outra pa na regiao dorsal superior
direita ou esquerda.
Motivo: Novos dados demonstram que as quatro posicoes
da pa (anterolateral, anteroposterior, anteroesquerda
infraescapular e anterodireita infraescapular) parecem ser
igualmente eficazes para tratar arritmias atriais/auriculares
ou ventriculares. Mais uma vez, para facilitar o treinamento,
a posicao padrao ensinada em cursos da AHA nao sera
modificada em relacao a posicao recomendada em 2005.
Nao foi identificado qualquer estudo que avaliasse
diretamente o efeito do posicionamento das pas/pas
manuais sobre o exito da desfibrilacao, com a meta de
retorno da circulacao espontanea.
Desfibrilacao com desfibrilador
cardioversor implantado
2010 (Nova): As posicoes anteroposterior e anterolateral
sao, geralmente, aceitas em pacientes com marca-passos/
pacemakers e desfibriladores implantados. Em pacientes com
desfibriladores cardioversores ou marca-passos/pacemakers
implantados, a colocacao das pas/pas manuais nao deve
retardar a desfibrilacao. Convem evitar colocar as pas ou
pas manuais diretamente sobre o dispositivo implantado.
2005 (Antiga): Quando um dispositivo medico implantado se
situar em uma area onde normalmente se colocaria uma pa,
posicione a pa, no minimo, a 1 polegada (2,5 cm) de distancia
do dispositivo.
Motivo: O discurso desta recomendacao e um pouco
mais suave do que o discurso usado em 2005. Existe a
possibilidade de o marca-passo/pacemaker ou o desfibrilador
cardioversor implantado funcionar incorretamente apos a
desfibrilacao quando as pas sao colocadas muito proximas
do dispositivo. Um estudo com cardioversao demonstrou
que posicionar as pas com pelo menos 8 cm de distancia
do dispositivo nao danifica a estimulacao, o sensor,
nem a captura do dispositivo. Os picos dos marca-passos/
pacemakers com estimulacao unipolar podem confundir
o software do DEA/DAE e impedir a deteccao de FV
(e, por conseguinte, a administracao do choque). A principal
mensagem para os socorristas e que a preocupacao com o
posicionamento preciso das pas ou pas manuais em relacao
a um dispositivo medico implantado nao deve retardar a
tentativa de desfibrilacao.
Cardioversao sincronizada
Taquiarritmias supraventriculares
2010 (Nova): A carga de energia monofasica inicial
recomendada para a cardioversao de fibrilacao atrial/
auricular e de 120 a 200 J. A carga monofasica inicial
para a cardioversao de fibrilacao atrial/auricular e de 200
J. A cardioversao do flutter atrial/auricular e outros ritmos
supraventriculares em adultos, geralmente, requerem menos
energia; uma energia inicial de 50 a 100 J, com um dispositivo
monofasico ou bifasico, muitas vezes basta. Se o choque de
cardioversao inicial falhar, os profissionais deverao aumentar a
carga de modo paulatino.
2005 (Antiga): A carga de energia monofasica inicial
recomendada para a cardioversao de fibrilacao atrial/auricular
e de 100 a 200 J. Ja esta disponivel a cardioversao com
formas de onda bifasicas, mas suas cargas ideais ainda nao
foram estabelecidas com seguranca. A extrapolacao com
base em experiencias publicadas com cardioversao eletiva de
fibrilacao atrial/auricular usando formas de onda exponenciais
retilineas e truncadas defende uma carga inicial de 100 a 120
J, com intensificacao conforme a necessidade. Essa carga
inicial se mostrou de 80% a 85% eficaz no encerramento de
fibrilacao atrial/auricular. Ate que mais evidencias venham a
publico, esta informacao pode ser usada para extrapolar as
cargas bifasicas de cardioversao para outras taquiarritmias.
Motivo: O grupo de autores examinou dados provisorios de
todos os estudos bifasicos conduzidos desde a publicacao
das Diretrizes da AHA 2005 para RCP e ACE e fez pequenas
alteracoes para atualizar as recomendacoes de carga para
cardioversao. Uma serie de estudos atesta a eficacia da
cardioversao com forma de onda bifasica em fibrilacao atrial/
auricular usando configuracoes de energia de 120 a 200 J,
dependendo da forma de onda especifica.
Taquicardia ventricular
2010 (Nova): A taquicardia ventricular monomorfica estavel
adulta responde bem a choques de cardioversao (sincronizada)
com forma de onda monofasica ou bifasica com energias
iniciais de 100 J. Se nao houver resposta ao primeiro choque,
pode ser oportuno aumentar a carga de modo paulatino. Nao
foi encontrado nenhum estudo provisorio que abordasse
esse ritmo e, portanto, as recomendacoes foram feitas por
consenso de especialistas do grupo de autores.
A cardioversao sincronizada nao deve ser usada para o
tratamento de FV, por ser improvavel que o dispositivo perceba
uma onda de QRS e, com isso, acabe nao administrando o
choque. A cardioversao sincronizada tambem nao deve ser
usada para TV sem pulso ou polimorfica (TV irregular). Tais
ritmos exigem a administracao de choques (isto e, cargas
de desfibrilacao) de alta energia nao sincronizados.

2005 (Antiga): Havia evidência insuficiente para recomendar
uma carga bifásica para a cardioversão de TV monomórfica.
As Diretrizes da AHA 2005 para RCP e ACE recomendavam
o uso de um choque não sincronizado para o tratamento do
paciente instável com TV polimórfica.
Motivo: O grupo de autores concordou que seria útil
acrescentar uma recomendação de carga bifásica às Diretrizes
da AHA 2010 para RCP e ACE no tocante à cardioversão de
TV monomórfica, mas queria enfatizar a necessidade de tratar
a TV polimórfica como instável e como um ritmo de PCR.
Análise da forma de onda da fibrilação para
a previsão dos resultados
2010 (Sem alterações em relação a 2005): O valor da
análise da forma de onda da FV para orientar a administração
da desfibrilação durante a ressuscitação é incerto.
Estimulação
2010 (Sem alterações em relação a 2005): A estimulação
não é rotineiramente recomendada para pacientes com
PCR assistólica. Em pacientes com bradicardia com pulso
sintomática, é oportuno que os profissionais de saúde
estejam preparados para iniciar estimulação transcutânea
naqueles que não responderem aos medicamentos. Se a
estimulação transcutânea falhar, a provável indicação será
a estimulação transvenosa, iniciada por um profissional
treinado e com experiência em acesso venoso central e
estimulação intracardíaca.

Principais objetivos iniciais e subsequentes dos cuidados pós-PCR
1. Otimizar a função cardiopulmonar e a perfusão de órgãos vitais após o RCE
2. Transportar/transferir para um hospital apropriado ou UTI com completo sistema de tratamento pós-PCR
3. Identificar e tratar SCAs e outras causas reversíveis
4. Controlar a temperatura para otimizar a recuperação neurológica
5. Prever, tratar e prevenir a disfunção múltipla de órgãos. Isto inclui evitar ventilação excessiva e hiperóxia
A principal meta de uma estratégia conjugada de tratamento do paciente após a PCR é um plano de tratamento abrangente a
ser executado com consistência em um ambiente multidisciplinar treinado até o retorno do estado funcional normal ou próximo do
normal. Pacientes com suspeita de SCA devem ser triados para uma instituição com recursos de angiografia coronária e reperfusão
interventiva (intervenção coronária percutânea primária) e uma equipe multidisciplinar experiente na monitorização de pacientes quanto à
disfunção múltipla de órgãos, iniciando-se, em tempo hábil, o tratamento pós-PCR apropriado, incluindo hipotermia.
Com foco renovado em melhorar o resultado funcional, a avaliação neurológica é um componente fundamental na avaliação
de rotina dos sobreviventes. O reconhecimento precoce de distúrbios neurológicos possivelmente tratáveis, como as convulsões,
é importante. O diagnóstico das convulsões pode ser desafiador, especialmente no cenário de hipotermia e bloqueios neuromusculares.
Por isso, a monitorização eletroencefalográfica se tornou uma importante ferramenta de diagnóstico nessa população de pacientes.
A avaliação prognóstica no cenário de hipotermia está mudando, razão pela qual especialistas qualificados em avaliação
neurológica nessa população de pacientes e a integração de ferramentas de prognóstico adequadas são essenciais para pacientes,
prestadores de socorro e famílias.


PRIMEIROS SOCORROS

As Diretrizes 2010 de Primeiros Socorros foram, mais uma
vez, desenvolvidas pela American Heart Association (AHA) em
conjunto com a Cruz Vermelha Americana (ARC, American Red
Cross). As Diretrizes da AHA/ARC 2010 para Primeiros Socorros
se baseiam em planilhas (revisões atualizadas da literatura)
sobre tópicos selecionados, sob os auspícios de um Conselho
Consultivo Internacional em Ciência dos Primeiros Socorros,
composto por 30 organizações de primeiros socorros;
este processo é diferente daquele usado para o Consenso
Internacional da ILCOR

Destaques das Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE 27
sobre a Ciência da RCP e ACE com Recomendações de
Tratamento e não fazia parte do processo da ILCOR.
Para os objetivos das Diretrizes da AHA/ARC 2010 para
Primeiros Socorros, o Conselho Consultivo em Ciência de
Primeiros Socorros definiu os primeiros socorros como as
avaliações e intervenções que podem ser realizadas por uma
pessoa presente (ou pela vítima) com equipamento médico
mínimo ou absolutamente nenhum. Define-se o prestador de
primeiros socorros como alguém com treinamento formal em
primeiros socorros, em cuidados de emergência/urgência ou
em medicina, e que presta os primeiros socorros.
Resumo dos principais pontos de discussão
e alterações

Os principais tópicos das Diretrizes da AHA/ARC 2010 para
Primeiros Socorros compreendem

• Administração de oxigênio suplementar
• Epinefrina e anafilaxia
• Administração de aspirina para desconforto torácico (novo)
• Torniquetes e controle de hemorragias
• Agentes hemostáticos (novo)
• Picadas de cobra
• Ferroadas de água-viva (novo)
• Emergências relacionadas ao calor

Os tópicos cobertos pelas Diretrizes 2010, mas sem novas
recomendações em relação a 2005, são o uso de inaladores
para dificuldades respiratórias, convulsões, ferimentos e
abrasões, queimaduras e bolhas, estabilização da coluna
vertebral, lesões musculoesqueléticas, lesões dentárias,
emergências relacionadas ao frio e emergências por
envenenamento.

Oxigênio suplementar

administração de rotina de oxigênio suplementar não é
recomendada como medida de primeiros socorros para falta
de ar e desconforto torácico.

deve ser considerada como parte dos primeiros socorros
a mergulhadores com lesão por descompressão.
Motivo: Como em 2005, não foi encontrada qualquer
evidência que corroborasse o benefício da administração de
oxigênio suplementar como medida de primeiros socorros
para vítimas com falta de ar ou desconforto torácico.
Foram encontradas evidências (nova em 2010) do possível
benefício de oxigênio suplementar para mergulhadores com
lesão por descompressão.
Epinefrina e anafilaxia

2010 (Nova): Nova em 2010 é a recomendação de que, se
persistirem os sintomas de anafilaxia apesar da administração
de epinefrina, os prestadores de primeiros socorros devem
procurar assistência médica antes de administrar uma segunda
dose de epinefrina.

2005 (Antiga): Como em 2005, as Diretrizes da AHA/ARC
2010 para Primeiros Socorros recomendam que os prestadores
de primeiros socorros aprendam os sinais e sintomas de
anafilaxia e o uso correto de um injetor automático de
epinefrina para que possam ajudar a vítima.
Motivo: A epinefrina pode salvar a vida de uma vítima de
anafilaxia, mas aproximadamente 18% a 35% das vítimas
que apresentam sinais ou sintomas de anafilaxia podem
precisar de uma segunda dose de epinefrina. O diagnóstico
de anafilaxia pode ser desafiador, mesmo para profissionais,
e a administração excessiva de epinefrina pode produzir
complicações (por exemplo, agravamento de isquemia ou
arritmias miocárdicas) se ministrada a pacientes que não
têm anafilaxia (por exemplo, se ministrada a um paciente
com SCA). Portanto, o prestador de primeiros socorros é
incentivado a acionar o sistema de SME antes de administrar
uma segunda dose de epinefrina.
Administração de aspirina para
desconforto torácico

2010 (Nova): Os prestadores de primeiros socorros são
incentivados a acionar o sistema de SME sempre que
estiverem diante de alguém com desconforto torácico.
Enquanto aguardam a chegada do SME, os prestadores de
primeiros socorros devem aconselhar o paciente a mastigar
uma aspirina adulta (sem revestimento entérico) ou duas
aspirinas infantis de dosagem mais baixa, se o paciente
não tiver histórico de alergia à aspirina ou de hemorragia
gastrointestinal recente.

Motivo: A aspirina é benéfica quando o desconforto torácico
se deve a uma SCA. Pode ser muito difícil, mesmo para
profissionais, determinar se o desconforto torácico é de origem
cardíaca. A administração de aspirina, portanto, nunca deve
retardar o acionamento do SME.

Torniquetes e controle de hemorragias
2010 (Sem alterações em relação a 2005): Devido aos
possíveis efeitos adversos de torniquetes e à dificuldade de
sua correta aplicação, seu uso para controlar hemorragias das
extremidades é indicado somente se a aplicação de pressão
direta não for eficaz ou possível e se o prestador de primeiro
socorros tiver treinamento no uso de torniquete.
Motivo: São várias as experiências com o uso de torniquetes
para controlar hemorragias em campos de batalha e não há
dúvida de que eles funcionam nas circunstâncias corretas e
com o treinamento adequado. No entanto, não existem dados
sobre o uso de torniquetes por prestadores de primeiros
socorros. Os efeitos adversos dos torniquetes, que podem
incluir isquemia e gangrena da extremidade, bem como
choque ou até mesmo a morte, parecem estar relacionados
à quantidade de tempo que permanecem aplicados e sua
eficácia é parcialmente dependente do tipo de torniquete.
Em geral, torniquetes especialmente projetados são melhores
do que os improvisados.

Agentes hemostáticos

2010 (Nova): O uso de rotina de agentes hemostáticos para
controlar hemorragia como medida de primeiros socorros não
é recomendado atualmente.
Motivo: Apesar do fato de diversos agentes hemostáticos
serem eficazes no controle de hemorragias, seu uso não
PRIMEIROS SOCORROS

RESUMO
é recomendado como medida de primeiros socorros para
o controle de hemorragias devido a uma significativa
variabilidade na eficácia e no potencial de efeitos adversos,
inclusive destruição tecidual com indução de estado
pró-embólico e possível lesão térmica.
Picadas de cobra

2010 (Nova): A aplicação de uma atadura de imobilização por
pressão, com pressão entre 40 e 70 mmHg na extremidade
superior e 55 e 70 mmHg na extremidade inferior, em torno de
toda a extensão da extremidade picada, é uma maneira eficaz
e segura de retardar o fluxo linfático e, por conseguinte,
a disseminação do veneno.

2005 (Antiga): Em 2005, o uso de ataduras de imobilização
por pressão para retardar a disseminação da toxina era
recomendado apenas para vítimas de picadas de cobra
com veneno neurotóxico.

Motivo: A eficácia da imobilização por pressão está,
agora, demonstrada para picadas de outras cobras
venenosas americanas.

Ferroadas de água-viva
2010 (Nova): Para inativar a carga de veneno e impedir
mais envenenamento, as ferroadas de água-viva devem ser
lavadas com vinagre abundante (solução de ácido acético
de 4 a 6%) tão logo possível e por, no mínimo, 30 segundos.
Após a remoção ou desativação dos nematocistos, a dor das
ferroadas de água-viva deverá ser tratada com imersão em
água quente, quando possível.

Motivo: Há duas ações necessárias para o tratamento
de ferroadas de água-viva: prevenir mais descarga de
nematocistos e aliviar a dor. Diversos tratamentos tópicos têm
sido usados, mas uma avaliação crítica da literatura mostra que
o vinagre é o mais eficaz para inativar os nematocistos.
Imersão em água, o mais quente que se puder tolerar, por cerca
de 20 minutos, é o tratamento mais eficaz para a dor.

Emergências relacionadas ao calor

2010 (Sem alterações em relação a 2005): Os primeiros
socorros para cãibras relacionadas com o calor compreendem
descansar, refrescar-se e beber uma mistura de carboidratos
e eletrólitos que pode incluir suco, leite ou alguma bebida
industrializada com carboidratos e eletrólitos em sua composição.
Alongar, fazer compressas de gelo e massagear os músculos
doloridos são ações que podem ser úteis. A exaustão devida
ao calor deve ser tratada com vigor fazendo com que a vítima
se deite em um local fresco, removendo-lhe o maior número
possível de peças de roupa, resfriando-a preferivelmente por
imersão em água fria e acionando o SME. A intermação/golpe
de calor requer cuidados de emergência/urgência por parte
dos prestadores de SME, incluindo tratamento com fluido
intravenoso. O prestador de primeiros socorros não deve tentar
forçar a vítima de intermação/golpe de calor a ingerir líquidos.
Motivo: As Diretrizes da AHA/ARC 2010 para Primeiros
Socorros dividiram as emergências relacionadas ao calor em
três categorias de gravidade crescente: cãibras devidas ao
calor, exaustão devida ao calor e, a mais grave, intermação/
golpe de calor. Os sinais de intermação/golpe de calor incluem
os de exaustão devida ao calor e sinais de acometimento
do sistema nervoso central. Em consequência disso,
a intermação/golpe de calor requer cuidados de emergência/
urgência, inclusive tratamento com fluido intravenoso.

RESUMO

Nos anos que se passaram desde a publicação das
Diretrizes da AHA 2005 para RCP e ACE, muitos sistemas
de ressuscitação e comunidades documentaram uma maior
sobrevivência das vítimas de PCR. Contudo, pouquíssimas
vítimas de PCR recebem manobra de RCP das pessoas que
presenciam o ataque. Sabemos que a qualidade da RCP
deve ser alta e que as vítimas requerem excelentes cuidados
pós-PCR por equipes organizadas com membros que
trabalhem bem juntos. Treinamento e cursos de reciclagem
frequentes são, provavelmente, as chaves para melhorar o
desempenho da ressuscitação. No ano do cinquentenário
do marco representado pela publicação da descrição,
por Kouvenhouven, Jude e Knickerbocker, do êxito da
compressão torácica fechada,4 devemos, todos, nos dedicar
a melhorar a frequência de RCPs executadas pelos que
presenciam a PCR e a qualidade de todos os cuidados
durante e após a PCR.

REFERÊNCIAS

1. Field JM, Hazinski MF, Sayre M, et al. Part 1: Executive Summary
of 2010 AHA Guidelines for CPR and ECC. Circulation. No prelo.
2. Hazinski MF, Nolan JP, Billi JE, et al. Part 1: Executive Summary:
2010 International Consensus on Cardiopulmonary Resuscitation
and Emergency Cardiovascular Care Science With Treatment
Recommendations. Circulation. No prelo.
3. Nolan JP, Hazinski MF, Billi JE, et al. Part 1: Executive Summary:
2010 International Consensus on Cardiopulmonary Resuscitation
and Emergency Cardiovascular Care Science With Treatment
Recommendations. Resuscitation. No prelo.
4. Kouwenhoven WB, Jude JR, Knickerbocker GG. Closed-chest
cardiac massage. JAMA. 1960;173:1064-1067.
5. Kilgannon JH, Jones AE, Shapiro NI, et al. Association between
arterial hyperoxia following resuscitation from cardiac arrest and
in-hospital mortality. JAMA. 2010;303:2165-2171.
6. Surawicz B, Childers R, Deal BJ, et al. AHA/ACCF/HRS
Recommendations for the Standardization and Interpretation of the
Electrocardiogram, Part III: Intraventricular Conduction Disturbances.
Circulation. 2009;119:e235-e240.

Tradução do português para inglês
MAIN ISSUES
FACED BY
All Rescuers

This publication with the "Highlights of the Guidelines"
summarizes the main points of discussion
and changes in the 2010 Guidelines
American Heart Association (AHA) for resuscitation
Cardiopulmonary resuscitation (CPR) and Cardiovascular Care
Emergency (ACE). It was developed for the
professionals who perform resuscitation and instructors
AHA can focus on the science of resuscitation
guidelines and recommendations of the most important or
controversial or that result in changes in practice or in
resuscitation training. It also explains the reasoning
adopted the recommendations.
As this publication was conceived as a short,
she does not mention the studies of public support is not
Recommendations informs Classes or Levels of Evidence.
For more detailed information and references,
encourage them to read the 2010 AHA Guidelines for CPR
and ACE, including the Summary Executivo1, published online in
Circulation in October 2010, and the query to the summary
detailed science of resuscitation in the Scientific Consensus
2010 International CPR and ECC, with recommendations
treatment, published simultaneously in Circulation2
and Resuscitation.3
This year marks the 50th anniversary of first publication
medical peer-reviewed, documenting the survival
after closed chest compression for PCR4, and
specialists and professionals working with resuscitation
remain dedicated to reducing death and disability

This section summarizes the main issues discussed in
2010 AHA Guidelines for CPR and ECC, especially
those related to basic life support (BLS) faced
by all first responders, be they health professionals
or lay rescuers. The 2005 AHA Guidelines for CPR and
ACE emphasized the importance of chest compressions
high quality (frequency and depth appropriate
allowing complete chest recoil after each compression and
with minimal interruption in chest compressions). Studies
published before and since 2005 show that (1) the quality
of chest compressions is still in need of improvement,
although implementation of the 2005 AHA Guidelines for CPR
and ACE has been associated with a better quality of CPR
and increased survival, (2) there is considerable variation in
Survival of-hospital cardiac arrest between medical
emergency / urgency (EMS), and (3) the majority of victims of
PCR sudden extra-hospital receives no maneuver
CPR of people present on site. Changes
recommended in the 2010 AHA Guidelines for CPR and
ACE try to deal with these issues and also make
recommendations to improve the PCR results by
a new emphasis on aftercare-PCR.
Continuing emphasis on high-quality CPR
The 2010 AHA Guidelines for CPR and ECC emphasize more
Once again, the need for a high-quality CPR,
including:
• Frequency of 100/minute minimal compression (instead
of "approximately" 100/minute as it was before).
• Depth of compression at least 2 inches (5 cm)
in adults, and at least one-third the diameter
anteroposterior chest in infants and children
(Approximately 1.5 inch [4 cm] in infants and 2
inches [5 cm] in children). Note that the range of
1 ½ to 2 inches is no longer used for adults, and
absolute depth specified for children and infants
higher than in previous versions of the AHA Guidelines
for CPR and ECC.

Evidence evaluation process


The 2010 AHA Guidelines for CPR and ECC are based on a comprehensive review of resuscitation literature and several discussions
and discussions with international experts in resuscitation and members of the ACE Committee and Subcommittees AHA. Consensus
ILCOR 2010 International on the Science of CPR and ECC with Treatment Recommendations, published simultaneously in
Circulation2 and Resuscitation, 3 summarizes the consensus that played tens of thousands of studies of resuscitation
peer reviewed. This international process of evidence evaluation, which occurred in 2010, involved 356 experts
resuscitation from 29 countries, analyzed, discussed and debated research in resuscitation face meetings,
conference calls and online sessions ("webinars") for a period of 36 months, including the International Consensus Conference
2010 on the ACE and CPR Science with Treatment Recommendations, held in Dallas, Texas, in early
2010. Experts produced 411 spreadsheets in review of scientific evidence of 277 threads in resuscitation and care
Cardiovascular Emergency (ACE). The process included structured evidence evaluation, analysis and cataloging of the literature.
It also included rigorous disclosure and management of potential conflicts of interest. The 2010 AHA Guidelines for CPR and ACE1
contain the recommendations of experts for the implementation of the International Consensus on Science for CPR and ACE
Treatment Recommendations considering the effectiveness, ease of learning and application of local systems and factors.
caused by cardiovascular disease and stroke / stroke.
People on the scene, first responders and professionals
health play, all roles
application of CPR in cardiac arrest victims. In addition,
professionals who can provide excellent
perioperative and post-PCR.
The 2010 AHA Guidelines for CPR and ECC based
in an international process of evidence evaluation,
involving hundreds of scientists and experts
resuscitation of the world that assessed, discussed
and discussed thousands of peer reviewed publications.
Table 1 contains information about the process
evaluation of evidence, 2010.


Complete chest recoil after each compression
• Minimize interruptions in chest compressions
• Avoid over-ventilation
There was no change in the recommendation concerning the relationship
compression-ventilation ratio of 30:2 for single rescuers of
adults, children and infants (excluding newborns).
The 2010 AHA Guidelines for CPR and ECC continue
recommending that rescue breaths should be applied
in approximately 1 second. Once there is a way
Advanced air placed, chest compressions may
be continuous (at a minimum frequency of 100/minute) and not
alternated with more ventilation. The breaths
then be applied to a frequency of about
breath every 6 or 8 seconds (about 8 to 10 breaths
per minute). You should avoid excessive ventilation.
Change of A-B-C-C-B

The 2010 AHA Guidelines for CPR and ECC recommend a
change in the sequence of procedures BLS ABC
(Airway, breathing, chest compressions) for CAB
(Chest compressions, airway, breathing) in adults
children and infants (excluding newborns - see
neonatal resuscitation section). This fundamental change
following CPR will require retraining of all already
trained in CPR, but the consensus among the authors of the Guidelines
AHA's 2010 and the experts is that the benefit is worth
the effort.

Reason: The vast majority of PCRs occurs in adults, and
higher rates of survival of patients involving PCR
of all ages whose stop / arrest was witnessed
by others, with initial rhythm of atrial
ventricular fibrillation (VF) or ventricular tachycardia (VT) without pulse.
In these patients, the initial critical elements of CPR
are compressions and early defibrillation.
Following ABC, chest compressions often
are delayed while the rescuer opens the airway to
apply mouth to mouth resuscitation, retrieves a device
gathers and assembles barrier or ventilation equipment. With the
change in the sequence to CAB, chest compressions
will begin soon and the delay will be minimal ventilation
(Ie, only the time needed to apply the first
cycle of 30 chest compressions, or approximately
18 seconds when two rescuers are present
for resuscitation of the infant or child, the delay will
even smaller).

Most cardiac arrest victims outside the hospital does not receive
no CPR maneuver of those present.
There are probably many reasons for this, but a
impediment may be the ABC sequence, beginning with
procedures that rescuers find it difficult
namely, opening the airway and applying ventilation.
Start with chest compressions may encourage more
rescuer to begin CPR.

The basic life support is usually described as a
sequence of actions, and this remains valid for the rescuer
acting alone. Most health professionals,
however, work in teams, whose members generally
BLS perform actions simultaneously. A rescuer,
for example, start chest compressions immediately,
while another seeks a rescuer AED / AED (defibrillator
automated external) and calls the ambulance service and a
the third opens the airway and applying ventilation.
Health professionals are again encouraged to
ensure that actions to rescue the most likely cause of the arrest.
For example, if a health professional witness,
alone, the sudden collapse of a victim, you can
assume that the victim suffered a primary PCR with an
pace chocável / desfibrilável and shall immediately notify
emergency service / emergency, get an AED / AED
and return the victim to apply CPR and use the AED / AED.
However, for an alleged victim of PCR asphyxia, as in
cases of drowning, the priority would be to apply compressions
rescue breathing with chest for about 5 cycles
(Approximately 2 minutes) before starting the service
emergency / urgency.

Two new parts in the 2010 AHA Guidelines for CPR and
ACE are: Care and Training Post-PCR, implementation
and teams. The importance of postnatal care is emphasized PCR
by adding a new fifth link in the Chain of Survival
Adult AHA in ACE (Figure 1). See the summary of
main recommendations contained in these new shares in
Post-PCR sections Care and Training, implementation and
teams this publication.

ADULT CPR for help LAY

Summary of main points of discussion
and changes

The main points of discussion and changes in
recommendations of the 2010 AHA Guidelines for CPR and ECC
CPR for adults by lay rescuers are as follows:
• It created universal algorithm simplified the BLS for
adults

• Refinements have been made in the recommended
e and the immediate recognition of the service drive
emergency / urgency, based on signs that the
victim does not respond, and the initiation of CPR if the victim
unresponsive, not breathing or have to present
abnormal breathing (ie, only gasping).

• The procedure "See, hear and feel for breathing"
was removed from the algorithm.

• There has been continuing emphasis on high-quality CPR
(Frequency and depth of chest compression
appropriate, allowing complete chest recoil after each
compression, minimizing interruptions in chest compressions
and avoiding excessive ventilation).

• There was a change in the recommended sequence for
The lone rescuer for it to initiate the
before applying chest compressions to ventilations
redemption (C-A-B instead of A-B-C). The rescuer performing
alone should begin CPR with 30 compressions instead
of 2 breaths to reduce the delay in implementing the
first compression.

• The frequency of compression should be at least
of 100/minute (instead of "approximately" 100/minute).

• The depth of compression, in adults, was amended
range from 1 ½ to 2 inches for at least 2 inches (5 cm).
These changes are designed to simplify the
training of lay rescuers and further emphasize the
need for chest compressions as soon as possible
in sudden cardiac arrest victims. More information on these
changes are below. Note: In the following topics, the
changes and points to emphasize for lay rescuers who
are similar to those used for health professionals
are indicated with an asterisk (*).
* Emphasis on chest compressions

2010 (New): If the person does not have this training
CPR, it should apply to hands-only CPR
(Only chest compressions) in the adult victim to collapse
sudden, with an emphasis on "pushing hard and fast" in the center
chest, or follow the instructions of the attendant / operator
EMS. The rescuer should continue CPR only with
hands until the arrival and preparation of an AED / AED for use
or until the EMS professionals or those responsible
take care of the victim.

All lay rescuers should be trained at least
chest compressions on cardiac arrest victims. In addition,
the trained lay rescuer can perform rescue breaths,
compressions and ventilations should be applied in
ratio of 30 compressions to every 2 breaths. The rescuer
should continue CPR until the arrival and preparation of a DEA /
AEDs for use or until the professionals take over the EMS
care of the victim.

2005 (Old): The 2005 AHA Guidelines for CPR and ECC
did not provide different recommendations for first responders
trained and untrained, but rather recommended that
attendants / operators provide instructions
Compression-only CPR for bystanders
untrained. The 2005 AHA Guidelines for CPR and ECC
observed that if the rescuer is unwilling to
apply vents, or prepared for it, he should apply
compressions only.

Reason: The hands-only CPR (compression only)
is easier to be performed by an untrained rescuer and
can be readily oriented by telephone attendants /
operators. Moreover, the survival rates of the PCRs
are similar to a cardiac cause-only CPR
hands and CPR with chest compressions and rescue breathing.
However, for the lay rescuer trained and capable,
the recommendation remains to compressions
and ventilations.


Following the change in CPR: CAB instead of ABC *

2010 (New): Start chest compressions before
of ventilation.
2005 (Old): The sequence of CPR in adults had early
with the opening of the airway, then check on the
presence of normal breathing and then applying
two breaths followed by 30 cycles
chest compressions and 2 breaths.

Reason: Although no evidence in humans or animals
published showing that begin CPR with 30 compressions
instead of two breaths, take a better result
chest compressions to provide blood flow to vital
heart and brain, in addition, studies of-hospital cardiac arrest
in adults have shown that survival is higher when
these people make some attempt to apply CPR
rather than simply trying to not do it. Data from animals
show that delays or interruptions in compressions
thoracic reduce survival, therefore, such delays or
interruptions should be minimized throughout the
resuscitation. Chest compressions can be started
almost immediately, while positioning the head and
obtain a seal for the mouth to mouth or
bolsa-válvula-máscara/insuflador always take manual
certain time. The delay in the onset of chest compressions may be
reduced if there are two rescuers present: the first starts
chest compressions and the second opens the airway and
prepare to apply as soon as the first breaths complete
the first series of 30 chest compressions. Whether you have one or
more rescuers present, the initiation of CPR with chest compressions
thoracic ensures that the victim receives the right intervention
criticism - and any delay in rescue breaths should
be brief.

Elimination of the procedure "To see, hear and
feel for breathing "*
2010 (New): The procedure "See, hear and feel for
breath "was removed from the sequence of CPR. After
30 compressions, the rescuer to act alone
should open the airway of the victim and applying two breaths.
2005 (Old): The procedure "See, hear and feel for
breath "was used to assess breathing after the
opening the airway.

Reason: With the new sequence "chest compressions
first, "CPR is performed if the adult is not
responding and not breathing or not breathing normally
(As already mentioned, lay rescuers are instructed
apply CPR if the victim does not respond "is not
breathing or you're just gasping. ") The sequence
CPR beginning with chest compressions (CAB sequence). Thus,
breathing is rapidly checked as part of verification
about the PCR, after the first series of chest compressions,
the airway is opened and the rescuer applies two breaths.
Frequency chest compression: minimum
100 per minute *

2010 (New): Is it wise to lay rescuers and
health professionals to perform chest compressions
a minimum rate of 100 compressions per minute.
2005 (Old): Run around
100 compressions per minute.
Reason: The number of chest compressions by
minute during CPR is an important determinant of
return of spontaneous circulation (ROSC) and survival
with good neurological function. The actual number of compressions
thoracic applied per minute is determined by the frequency
compressions and the number and duration of
interruptions in chest compressions (to, for example, open the
airway, apply rescue breaths or allow analysis
AED / AED). In most studies, the application of more
compressions is associated with higher survival rates,
while the application of compression is less
associated with decreased survival. The application of
compressions requires emphasis is not appropriate
only in the appropriate frequency of compressions, but
also minimize disruption to this component
Critical CPR. A compression often inadequate
or frequent interruptions (or both) will reduce the number
total compressions per minute. For more
information,

Depth of chest compressions *
2010 (New): The adult sternum should be compressed at least
2 inches (5 cm).
2005 (Old): The adult sternum should be compressed
approximately 1 ½ to 2 inches (approximately
4 to 5 cm).

Reason: compressions create blood flow mainly
by increasing the intrathoracic pressure and compress
directly to the heart. Compressions generate supply
blood flow, oxygen and energy, critical for the heart
and the brain. There may be confusion when it recommends a
depth range, so far, is recommended
specific compression depth. Rescuers
often not adequately compress the chest, despite the recommendations of "compress with force."
Moreover, the available science suggests that compressions
of at least 2 inches is more effective than those of
1 ½ inch. For this reason, the 2010 AHA Guidelines for
CPR and ECC recommend a specific minimum depth
for chest compression in adults.

Number of compressions applied, affected by the frequency compression and interruptions

The total number of compressions applied during
resuscitation is an important determinant of
survival in cardiac arrest. The number of compressions applied
frequency is affected by compression and the fraction of
compression (the part of the total time devoted to CPR
performance of compressions), the increases in the frequency and
fraction of the total amount of compression applied compressions,
while reductions in frequency and decrease in the fraction
the amount of compression applied. The fraction of the compression
improves if you reduce the number and duration of interruptions
in compression and is reduced by frequent interruptions or
long chest compressions. We can find a
analogy of driving. When traveling by car,
the number of miles traveled in a day is affected
not only by how fast you drive (its rate
displacement), but also by the number and duration
of stops / stops made (interruptions of displacement).
During CPR, the goal is to apply compressions
at a frequency (at least 100/minute) and depth
appropriate, minimizing the number and duration of
interruptions in chest compressions. Other components
a high-quality CPR understand obtain
complete chest recoil after each compression and avoid
drafts.


BLS FOR HEALTHCARE PROFESSIONALS

Summary of main points of discussion
and changes

The main points of discussion and changes in
recommendations of the 2010 AHA Guidelines for CPR
and ACE for health professionals are:
• How victims can submit a short PCR
period of seizure-like activity or gasp
agony, which may confuse potential rescuers,
attendants / operators shall be specifically
trained to identify such manifestations of PCR
to improve the recognition of the arrest.
• Attendants / operators should instruct lay rescuers
not trained to apply the hands-only CPR in
adults with sudden PCR.

• Refinements have been made in the recommended
recognition and immediate activation of service
emergency / urgency once the health professional
identify the adult victim is unresponsive, is not
breathing or is breathing abnormalities (ie, only
gasping). The health professional should quickly
if there is no breathing or if it is abnormal (ie,
just not breathing or gasping) to verify the
responsiveness of the victim. Then, the professional
should trigger the emergency service / emergency and seek
AED / AED (or someone in charge of this). The professional
health should not take more than 10 seconds checking the
pulse and, if not feel a pulse within 10 seconds, should start
CPR and use the AED / AED, if available.
• The procedure "See, hear and feel for breathing" was
removed from the algorithm.

• minimizing interruptions in chest compressions and avoiding
There has been greater emphasis on high-quality CPR
(Frequency and depth of chest compression
appropriate, allowing complete chest recoil between
compressions, ventilation, excessive).
• The use of cricoid pressure during ventilation in general
is not recommended.

• Rescuers should start chest compressions before
to apply rescue breaths (CAB instead of ABC).
Start CPR with 30 compressions, 2 breaths instead of,
decreases the delay in applying the first compression.
• The compression rate was changed to a minimum
100 per minute, instead of about 100/minute.
• The depth of compression in adults was slightly
changed for at least 2 inches (5 cm)
in place before the recommended range of about 1 ½ to
2 inches (4-5 cm).

• There has been continuing emphasis on the need to reduce
the time between the last administration of the compression and
time between the shock and shock delivery and
immediate resumption of compressions.
• There is a greater focus on application of CPR team.

These changes are designed to simplify the
training of health professionals and continue to emphasize
the need to apply high-quality CPR, how
before, in cardiac arrest victims. More information on these
changes are below. Note: In the following topics,
for health professionals, those marked with a
asterisk (*) are similar to those of lay rescuers.
Identification of the gasp agony
attendant / operator

Victims of PCR may have similar activity
the seizure or gasp agony and may confuse
possible rescuers. Attendants / operators should be
specifically trained to identify signs of
PCR, to improve the recognition and application of PCR
immediate CPR.

2010 (New): To help people at
recognize the PCR, the attendants / operators must
ask about the responsiveness of the adult victim,
if the victim is breathing and breathing is normal,
try to distinguish the victims gasp agony (ie
who need CPR) for victims who breathe normally
and do not need CPR. The rescuer should be
instructed to begin CPR if the victim "is not breathing
or just gasping. "Health professionals should be
instructed to begin CPR if the victim "is not breathing
or have abnormal breathing (ie, gasping). "Therefore,
breathing should be quickly verified as part of
verification of PCR before the fire the health professional
emergency service / emergency and get the AED / AED
(Or someone in charge of it) to then check
Quickly pulse and begin CPR and use the AED / AED.
2005 (Old): The CPR instructions provided by
attendant / operator should include questions that help
those present to identify patients with gaspings
occasional as likely victims of cardiac arrest, to increase
the likelihood of CPR for victims of the present.
Reason: There is evidence of considerable regional variation in
incidence and the results reported in the PCR
United States. This variation is further evidence of the need
that communities and systems to identify
adequately treated each occurrence of PCR and evaluate
results. It also suggests further opportunities to improve
survival rates in many communities.
The previous guidelines recommended the development of
programs that help to recognize the PCR. Guidelines
AHA 2010 CPR and ECC are more
Highlights from the 2010 AHA Guidelines for CPR and ECC
specific about the necessary components in systems
resuscitation. Studies published since 2005 demonstrate
a better outcome in-hospital cardiac arrest, particularly
shockable rhythms / desfibriláveis, and have reaffirmed the
importance of greater emphasis on immediate application of CPR
High quality (frequency and depth of compressions
appropriate, allowing complete chest recoil after each
compression, minimizing interruptions in chest compressions
thoracic and avoiding excessive ventilation).

To help these people to recognize immediately
a PCR, the attendants / operators must ask,
specifically, the lack of response of the victim
adult, if she is breathing and if breathing is observed
normal. Attendants / operators shall be specifically
trained in helping people present to detect gasp
agonistic to improve recognition of the arrest.
Attendants / operators should also be aware
that brief, generalized seizures may be the
first manifestation of the PCR. In short, and trigger
professionals in the emergency department / urgent
the attendant / operator must make clear and direct questions
whether the patient is responsive / conscious and breathing
usually in order to identify patients with possible cardiac arrest.
Attendants / operators should provide instructions for
Hands-only CPR (compression only) to help
untrained bystanders to initiate CPR when
PCR is suspected (see below).
The attendant / operator must provide
instructions for CPR

2010 (New): The 2010 AHA Guidelines for CPR and ECC
recommend more emphatic that the attendants /
instruct operators not trained lay rescuers to
apply to hands-only CPR in adults not
are responding, not breathing or have
abnormal breathing. Attendants / operators must provide
instructions to conventional CPR in victims with probable
PCR asphyxiation.

2005 (Old): The 2005 AHA Guidelines for CPR and ECC
observed that it was better provided by phone only
instructions for chest compressions.
Reason: Unfortunately, most adults with PCR
outside the hospital receives no maneuver of CPR
people present. The hands-only CPR (only
compression) applied by bystanders improves
substantially the survival of adults after PCR
outside the hospital compared to situations where no
any of these people receive CPR. Other studies
PCR with adults treated by lay rescuers show
Similar survival rates among victims
receive hands-only CPR compared with
those receiving conventional CPR (that is, with vents
redemption). It is noteworthy that it is easier attendants /
operators instruct untrained rescuers to apply
Hands-only CPR than conventional CPR in
adult victims. Therefore, the current recommendation is more effective
to act that way, except in cases of suspected PCR
asphyxia (eg, due to drowning).
Cricoid pressure

2010 (New): The routine use of cricoid pressure in CRP
is recommended.

2005 (Old): cricoid pressure should be used only
if the person is deeply unconscious and, in general,
requires a third rescuer, not involved in vents
redemption or compressions.

Reason: cricoid pressure is a technique to apply pressure
cricoid cartilage of the victim in order to push the trachea
posteriorly and compress the esophagus against the vertebral
neck. Cricoid pressure can prevent engorgement
stomach and reduce the risk of regurgitation and aspiration during
bolsa-válvula-máscara/insuflador manual ventilation, but
can also impede ventilation. Seven randomized studies
showed that cricoid pressure can slow or stop
placing an advanced airway and that, despite the
application of cricoid pressure may occur, yet one
little aspiration. Moreover, it is difficult to train rescuers
appropriately in the use of the maneuver. Therefore, the use
cricoid pressure in routine PCR is not recommended.
* Emphasis on chest compressions

2010 (New): Chest compressions are emphasized to
relief workers, whether trained or not. If the person
This has not trained in CPR, it should apply the

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