JURAMENTO OFICIAL DO CURSO DE ENFERMAGEM Juro dedicar minha vida profissional a serviço da humanidade, respeitando a dignidade e os direitos da pessoa humana, exercendo a Enfermagem com consciência e dedicação, guardando sem desfalecimento os segredos que me forem confiados. Respeitando a vida desde a concepção até a morte... mantendo elevados os ideais da minha profissão, obedecendo os preceitos da ética e da moral, preservando sua honra, seu prestígio e suas tradições
quarta-feira, setembro 28, 2011
Avaliação na Urgência
A triagem envolve a decisão de quais pacientes devem ser tratados antes e onde deve ser
feito o tratamento. A triagem também pode envolver o primeiro socorro básico e o tratamento
preliminar.
A triagem classifica o paciente em estado de emergência em vária
s categorias que
representam o nível de prioridade com as necessidades de tempo específicas para a avaliação e
o tratamento posterior. Esta ficha mostra as três categorias populares do sistema de triagem.
Emergencial
Urgente
Não Emergencial
Estas condiçõ
es são
potencialmente ameaçadoras à
vida ou à ação normal de
qualquer órgão. As condições
listadas abaixo apre sentam a
mais alta prioridade. Inicie as
medidas de salvamento e
certifique
-
se de que o paciente
seja atendi do imediatamente
poi um médico.
Esta
s condições são graves,
mas geralmente não perigosas
se o suporte médico e o
tratamento ti verem uma
pequena de mora. Os
pacientes nas condições
listadas abaixo são a segunda
prioridade. O tratamento deve
ter início num período entre 20
minutos e 2 horas.
Estas condições de prioridade
mínima permitem uma demora
maior para o atendimento
médico sem prejuízo ao
paciente. Os distúrbios e
lesões abaixo listados não são
agudos ou são considera dos
de menores a moderadamente
graves. Os p cientes devem
receber cuid
ados médicos
após todas as condições
emergentes e urgentes terem
sido atendidas.
•
Dificuldade ou parada
respiratória
•
Parada cardíaca
•
Dor torácica aguda com
dispneia ou cianose
•
Estado de ataque
•
Hemorragia grave
•
Traumatismo craniano
•
Coma
•
Enve
nenamento ou dosagem
excessiva de droga
•
Ferimento torácico ou
abdominal
•
Choque profundo
•
Lesões múltiplas
•
Hiperpirexia (acima de
40.5°C)
•
Parto de emergência ou
complicações da gravidez
•
Dor torácica sem associação
a sintomas respiratórios
•
Queim
aduras
•
Fraturas maiores
•
Grau diminuído de
consciência ou outras
deficiências neurológicas
agudas
•
Ferimentos nas costas
•
Náusea persistente, vômito
e/ou diarreia
•
Dor abdominal grave
•
Temperatura entre
39°C e 40.5°C
•
Estados de pânico agudo
•
Sang
ramento por qualquer
orifício
•
Dor crônica nas costas ou
outra queixa crônica
•
Dor de cabeça moderada
•
Fraturas menores, luxações e
distensões
•
Queimaduras leves
•
Corrimento vaginal ou
peniano
•
Infecções respiratórias
superiores ou urinárias
•
Morte
ao atendimento
Tomando decisões na triagem
A atividade de triagem consiste na obtenção de um histórico focalizado na principal queixa
do paciente, com a realização de um exame físico limitado, determinando a urgência do problema
do paciente e assegu
rando
-
o ao mesmo tempo que ele irá receber o atendimento médico
definitivo tão logo seja possível. A decisão tomada na triagem se baseia na reunião dos dados do
histórico e do exame, seguindo a regra “quando em dúvida, exagere”
—
isto é, se você não estiver
certo da gravidade da condição do paciente, trate
-
a como se fosse mais grave, em vez de menos
grave.
Para tomar as decisões na triagem de modo eficaz, você deve ser capaz de reunir e
interpretar ambos os dados
—
subjetivos e objetivos
—
de maneira rápida
e precisa. Concentre o
histórico nas queixas do paciente. Faça o registro das queixas (com as próprias palavras do
paciente, se possível). Faça com que ele classifique suas queixas da maneira mais precisa que
ele puder, utilizando o acrônimo PQRST ou um di
spositivo semelhante. Também registre
informações corno idade do medicamentos atualmente utilizados e horário da última dose,
alergias, data da última inoculação antitetânica e qualquer outro histórico médico.
Exame físico na triagem
Durante o exame físic
o, observe o aspecto geral do paciente e avalie os sinais vitais, bem
como o seu nível de consciência.
•
Nível de consciência
Avalie o nível de consciência em todos os pacientes. Utilize uma escala como a
Escala de Coma Glasgow ou faça uma anotação da orie
ntação do paciente com o
tempo, local e pessoal.
•
Temperatura
Obtenha a temperatura oral ou axilar de todos os pacientes, conforme adequado.
•
Respiração
Observe a velocidade, profundidade, simetria e qualidade da respiração. Observe também
a coloração e
o turgor apresentado pela pele do paciente, a expressão facial, o uso de
musculatura acessória e qualquer ruído respiratório perceptível.
•
Pulsação
Observe a pulsação radial ou apical. Observe a frequência, o ritmo e a qualidade.
Enquanto estiver avaliand
o a pulsação, verifique também a temperatura da pele e a
perfusão periférica.
•
Pressão sanguínea
Durante a triagem, verifique a pressão sanguínea o mais breve e precisamente quanto
possível. Se indicado pela principal queixa do paciente e ou pelo seu hist
órico, verifique
também a pressão sanguínea ortostática.
Pacientes com Traumatismos Múltiplos:
Prioridades do Atendimento
Corte ou remova a roupa do paciente, conforme necessário, para determinar a extensão
das lesões. Tente determinar os eventos preceden
tes ao incidente, bem como os mecanismos de
lesão, para obter pistas sobre possíveis áreas afetadas. Inicie o tratamento o mais rápido possível,
após os problemas terem sido identificados. Baseie as prioridades do tratamento na extensão e no
tipo das lesõe
s, seguindo os procedimentos para avaliação e intervenção listados abaixo.
•
Via aérea
Via aérea segura. Considere uma lesão colunar cervical até que se prove o contrário.
Utilize o método de abertura mandibular sem fazer uso do método de inclinação da cab
eça para
evitar a hiperextensão do pescoço. Primeiramente estabilize o tórax e depois a coluna cervical (se
imobilizar a cabeça e o pescoço inicialmente, você cria uma alavanca gigantesca se o corpo do
paciente se mover antes que se possa
estabilizá
-
lo, po
dendo provocar lesões graves posteriores).
•
Respiração
Inicie a terapia de oxigênio com fluxo elevado. Succione se necessário. Insira a sonda
nasogástrica para prevenir a aspiração. Auxilie a respiração se necessário.
•
Circulação
Verifique todos os pulso
s. Aplique pressão direta aos ferimentos. Aplique calças médicas
antichoque, se necessário. Insira duas vias IV de grande calibre nas extremidades superiores para
a reposição de líquidos. Inicie o monitoramento cardíaco e retire amostras sanguíneas para te
stes
de laboratório. (Observação: Nunca insira um cateter se você notar a presença de sangue no
meato urinário).
•
Sinais vitais
Reavalie o tamanho das pupilas e a reação à luz. Verifique a ocorrência de secreção pelo
nariz ou ouvidos. Avalie o nível de co
nsciência por meio da Escala do Coma de Glasgow. Verifique
se há distensão das veias do pescoço.
•
Tórax e costas
Oclua qualquer ferimento torácico aberto ou pneumotórax. Observe sinais de traumatismo
contundente e ausculte em busca de ruídos respiratórios
bilaterais.
Vire o paciente para verificar as costas e os flancos.
•
Abdômen
Observe se há sinais de traumatismo contundente. A distensão abdominal, a sensibilidade
e/ou rigidez do abdômen podem ser indicativos de hemorragia intrabdominal.
•
Extremidades
Avalie a sensibilidade à dor, palidez, pulsação, parestesias e paralisia. Coloque talas em
qualquer suspeita de fratura na posição encontrada. Eleve e aplique gelo em qualquer
extremidade lesada, se possível. Intervenha nas lesões músculo
-
esqueléticas de a
cordo com
estas prioridades
—
fraturas que possam causar hemorragia oculta (como na fratura pélvica),
fraturas que possam causar deficiência neurovascular (como na fratura do cotovelo), fraturas
óbvias de ossos longos (como fêmur e úmero) e fraturas óbvias
de ossos pequenos (como fratura
da ulna).
Resolvendo Problemas de Comunicação
Numa emergência, uma das suas funções mais importantes é a comunicação. Mas a
comunicação é uma via de duas mãos, com barreiras potenciais para cada um dos envolvidos.
Quando es
tiver se comunicando com um paciente, concentre
-
se em remover as suas barreiras:
•
aprimorando as suas habilidades de avaliação;
•
reduzindo o seu próprio nível de ansiedade. Ajude o paciente a ultrapassar as próprias
(dele) barreiras de comunicação:
•
for
necendo informações que sejam claras para ele;
•
respondendo as suas perguntas;
•
ajudando
-
o a lidar com a dor e o medo;
•
mantendo a calma e a atitude assistencial;
•
encontrando um tradutor, se necessário.
Se o seu paciente não puder se comunicar (por ex
emplo, se ele estiver inconsciente),
considere o uso de qualquer um destes métodos para a obtenção dos dados avaliatórios
necessários:
•
Pergunte a qualquer um que pode ser capaz de dar informação
—
por exemplo, membros
da família ou amigos, testemunhas ou
pessoal de resgate;
•
Verifique a carteira ou bolsos do paciente em busca de itens como um cartão de Alerta
Médico ou de identificação hospitalar e anote as informações pertinentes;
•
Ele está usando um cartão de Alerta Médico (no pulso ou pendurado no pe
scoço)?
Verifique isso e, se ele o estiver portando, observe o que está escrito com relação ao estado do
paciente;
•
Ele foi transferido de uma casa de repouso, clínica particular ou veio encaminhado? Tente
obter informação;
•
Ele está portando algum medic
amento? Se estiver, chame a farmácia onde ele comprou o
medicamento. Algumas farmácias possuem cadastro médico dos
pacientes com informações significativas, incluindo alguns medicamentos habitualmente
consumidos pelo paciente;
•
Qual é a medicação? Ela pod
e indicar uma condição pré
-
existente;
•
Quem é o médico? Há alguma receita médica anexada? Se houver, chame o médico para
obter mais informações;
•
É possível saber em qual hospital ele esteve antes? Se esteve, pode ser possível
localizar um registro médic
o anterior;
•
Se o paciente não puder ouvir, escreva as perguntas para que ele possa respondê las.
Pergunte se ele pode ler os lábios;
•
Se ele não puder falar, forneça caneta e papel para que escreva as respostas. Qualquer
que seja a deficiência, não difi
culte a comunicação apressando
-
o.
Deixe
-
o falar de acordo com seu próprio tempo;
Passos da Avaliação de Emergência da Cabeça
-
aos
-
Pés
EXAME GERAL
•
Observe o nível de consciência do paciente, seu comportamento e estado mental.
•
Inspecione seu corpo e
m busca de deformidades óbvias decorrentes de traumatismo.
•
Observe a existência de dor e ansiedade graves, moderadas ou brandas.
•
Faça uma avaliação da cor da pele, da temperatura, umidade e turgor. Faça uma
inspeção em busca de equimoses.
•
Observe qua
lquer odor distinto oriundo do hálito, como álcool ou acetona.
•
Observe o seu grau de motilidade.
SINAIS VITAIS
•
Observe a velocidade, profundidade e simetria das suas respirações.
•
Faça a palpação do pulso radial e observe a velocidade e o ritmo.
•
Faç
a a auscultação ou a palpação da pressão sanguínea em ambos os braços.
•
Obtenha a sua temperatura.
Cabeça
•
Inspecione e faça a palpação do couro cabeludo e da face em busca de traumatismos ou
deformidades.
•
Inspecione o tamanho, a simetria e a reação à
luz das pupilas.
•
Verifique os olhos em busca de queimaduras ou outras lesões.
•
Observe a dilatação das narinas.
•
Inspecione os ouvidos e as narinas em busca de sinais de hemorragia, escoamento e
objetos estranhos.
•
Verifique se há queimadura na orofa
ringe.
•
Inspecione a cor da mucosa oral, bem como a sua hidratação, sinais de inflamação e de
hemorragia.
Pescoço
•
Faça uma leve palpação da coluna cervical, verificando a sensibilidade e se há
deformidades.
•
Verifique se há turgor jugular.
Tórax
•
Faça
a inspeção do contorno, da simetria, de deformidades ou traumatismo.
•
Faça a palpação verificando a sensibilidade, a ocorrência de dor ou crepitação.
•
Faça a auscultação dos pulmões em busca de ruídos respiratórios diminuídos ou
elevados ou a presença d
e sons adventícios.
•
Faça a auscultação dos sons cardíacos, observando o ritmo, a intensidade, a altura e a
qualidade do som; observe a presença de sopros, atritos ou sons em excesso.
Abdômen
•
Verifique se há deformidades, traumatismo, sangramento, escoa
mento anormal ou
pulsações anormais.
•
Ausculte os ruídos hidroaéreos.
•
Faça a palpação, verificando se há dor, observando a sensibilidade e a rigidez.
•
Faça a percussão em busca de ascites.
Genitália externa
•
Verifique se há hemorragia, equimoses, edem
as ou hematomas.
•
Faça a palpação, verificando a ocorrência de dor e sensibilidade.
Extremidades
•
Inspecione e faça a palpação em busca de traumatismos, deformidades e edemas.
•
Inspecione os braços em busca de sinais de picadas de agulha.
•
Faça a palpa
ção dos pulsos distais e de uma extremidade lesada. Compare
-
as com as
obtidas na extremidade íntegra.
•
Faça a palpação das extremidades em busca de sintomas de dor e sensibilidade.
•
Avalie as respostas motoras e sensoriais de uma extremidade lesada. Comp
are
-
as com a
da outra extremidade íntegra.
Passos da Avaliação dos Sistemas do Corpo
Sistema do corpo
O que avaliar
Sinais vitais
•
Observe a velocidade, o padrão e a
simetria das respirações do paciente.
•
Faça a palpação do pulso radial e
observe a vel
ocidade, o ritmo e a força.
•
Faça a auscultação ou a palpação da
pressão sanguínea em ambos os braços.
Neurológico
•
Avalie o nível de consciência.
•
Observe por postura anormal (flexão
ou
extensão).
•
Inspecione o tamanho das pupilas, a
simetria e a rea
ção à luz.
•
Inspecione e faça a palpação do couro
cabeludo em busca de traumatismos ou
deformidades.
•
Avalie as respostas motoras e
sensoriais.
Olhos, ouvidos, nariz e garganta
•
Inspecione e faça a palpação da face
do paciente; avalie os olhos, ouvidos
, nariz e
garganta em busca de traumatismo,
queimaduras e deformidades.
•
Inspecione os ouvidos e o nariz para
verificar sangramentos, escoamentos e
objetos estranhos.
•
Inspecione a cor da mucosa oral e
possíveis
sinais de inflamação e sangramento.
•
Aval
ie a acuidade visual e os
movimentos
oculares.
Respiratório
•
Observe o uso da musculatura
acessória e se há dificuldade respiratória.
•
Inspecione o contorno, a simetria e
deformidades ou traumatismos do tórax.
•
Faça a palpação do tórax, avaliando a
sen
sibilidade, dores e crepitações.
•
Faça a auscultação dos pulmões em
busca de sons anormais.
Cardiovascular
•
Faça a palpação dos pulsos
periféricos, observando a velocidade, o ritmo e
a simetria.
•
Observe o pescoço, verificando se há
distensão da veia j
ugular.
•
Faça a palpação das extremidades,
observando alterações de temperatura.
•
Faça a auscultação dos sons
cardíacos, observando a presença de sons
anormais.
Gastrintestinal
Inspecione o abdômen do paciente em
busca de sinais de traumatismo.
•
Obser
ve o volume, a cor e a presença
de
sangue no vômito ou nas fezes.
•
Ausculte os ruídos hidroaéreos.
•
Faça a palpação do abdômen,
observando
se há dor, sensibilidade ou rigidez
Urogenital
•
Inspecione a genitália externa em
busca de sangramento, equimose
e edema.
•
Faça a palpação em busca de dor
suprapúbica.
•
Faça a palpação da região ilíaca,
verificando a sensibilidade.
•
Faça a percussão do ângulo
costovertebral para avaliar a sensibilidade.
Muscular esquelético
•
Inspecione em busca de traumatismo e
deformidades.
•
Faça a palpação suave da coluna
cervical em busca de sensibilidade e
deformidades.
•
Faça a palpação das áreas lesadas em
busca de sensibilidade, dor e edema.
•
Avalie as respostas motoras e
sensoriais.
•
Observe a amplitude de movimento
na
s extremidades lesadas.
Para avaliar rapidamente o nível de consciência do paciente, utilize a Escalada do Coma de
Glasgow (GCS). O nível 7 ou menor indica o coma e provavelmente dano neurológico grave.
Teste
Resposta do paciente
Nível
Resposta da abert
ura dos
olhos
Espontânea
Ao comando verbal
À dor
Nenhuma
O paciente abre os olhos espontaneamente.
O paciente abre os olhos quando solicitado.
O paciente abre os olhos somente sob
estímulo doloroso.
O paciente não abre os olhos em
resposta a estímulo.
Resposta motora
Obedece ao comando verbal
Localiza o estímulo
doloroso e tenta removê
-
lo.
Flexão
-
afastamento
Flexão
-
anormal Extensão
Sem resposta
O paciente mostra dois dedos a partir de
solicitação.
O paciente alcança o estí
mulo da dor
O paciente se afasta do estímulo
doloroso.
O paciente assume postura de flexão
(descorticado).
O paciente assume postura de extensão
(descerebrado).O paciente fica relaxado.
Resposta verbal
Orientada
Desorientada
Palavr
a inadequada
Sons incompreendidos
Sem resposta
O paciente diz corretamente o ano quando
isso lhe é solicitado.
O paciente diz incorretamente o ano quando
isso lhe é solicitado.
O paciente responde uma pergunta ao
acaso.
O paciente balbucia, geme ou gr
ita
O paciente não responde.
Índice do Nível de Gravidade Traumática
O nível traumático mede a resposta à lesão. Ele está dividido nas categorias a
cardiovascular e neurológica (a avaliação neurológica utiliza a Escala do Coma de
Glasgow). Os
níveis variam de 16 (mínimo ou sem prejuízo) a 1 (ausência de função respiratória, cardiovascular
e neurológica).
Escala do Coma de Galsgow
14 a 15 5
11 a 13 4
8 a 10
3
5 a 7 2
3 a 4 1
Ritmo respiratório
10 a 24 4
25 a 35 3
> 35
2
< 10 1
Esforço respiratório
Normal 1
Superficial
0
Contr
ativo (uso de musculatura
acessória ou contração intercostal) 0
Pressão sanguínea sistólica
>90 4
70 a 90 3
50 a 69
2
<50 1
0 0
Perfusão periférica
Normal (< 2 segundos) 2
Retardado (> 2 segundos) 1
Nenhum
0
Nível traumático
1 a 16
Fatores de Influência na Temperatura Corpórea Normal
Quando avaliar a temperatura corpórea do paciente, tenha estes fatores em mente:
•
Hora do dia
Variações que ocorrem durante o dia podem provocar a
elevação da temperatura do
paciente entre 4 horas da tarde e 6 horas da manhã (com atividade decrescente).
•
Idade
Nos neonatos e crianças em crescimento, taxas metabólicas elevadas, maior atividade e
uma falta de mecanismos bem estabelecidos de controle
do calor podem provocar uma
temperatura corpórea mais alta que nos adultos. Os mais idosos podem apresentar temperaturas
mais baixas em virtude das taxas metabólicas mais lentas e da atividade diminuída.
Idade
Temperaturas corpóreas normais
Menos de 1
37
,3°C*
2
37,1° a 37,3°C*
4
36,9° a37,2°C
6
36,9°C
10
36,7 a 36,8ºC
14 ou mais
36,5 a 37,5ºC
* Temperatura do reto
•
Exercícios
A temperatura fica mais alta com exercícios, retornando então ao normal dentro de 30
minutos. Ela cai durante o sono.
•
Fat
ores ambientais
O calor e o frio alteram temporariamente a temperatura corpórea.
•
Ciclo menstrual
Durante a ovulação, o aumento da secreção de progesterona faz com que a temperatura
se eleve. A temperatura pode cair levemente pela manhã cedo, logo
antes d
e começar a menstruação.
•
Gravidez
Durante os primeiros 4 meses de gestação, a temperatura aumenta; ela diminui nos
últimos 5 meses.
OBSERVAÇÃO
As velocidades de pulsação e respiratória se elevam com aumentos significativos
da temperatura, em virtude de a
s necessidades de oxigênio aumentarem 10% para cada
grau centígrado. A velocidade de pulsação e respiratória diminuem na hipotermia, a qual reduz o
consumo de oxigênio.
Fatores que Afetam a Velocidade de Pulsação Normal
A frequência do pulso varia com a id
ade e se modifica em resposta a outros fatores. Uma
alteração do pulso normal do paciente, sem levar em conta qualquer número específico, solidifica
a investigação. Tenha estes fatores em mente:
•
Temperatura corpórea
O aumento da temperatura eleva a frequ
ência do pulso; a diminuição da temperatura
abaixa a frequência do pulso.
•
Hora do dia
Variações diuturnas fazem com que a frequência fique mais lenta de manhã cedo e mais
rápida no final da tarde e à noite.
•
Idade
A frequência do pulso diminui da infânc
ia à meia idade, e então aumenta na idade
avançada.
•
Sexo
As mulheres apresentam uma pulsação de 5 a 10 batimentos por minuto mais rápida que a
dos homens.
•
Exercícios
Exercícios moderados elevam a frequência do pulso de 20 a 30 batimentos/minuto; a
vel
ocidade retorna ao normal aproximadamente 2 minutos após o término dos exercícios.
•
Estimulação simpática
As condições que estimulam o sistema nervoso simpático, como dor, ansiedade, medo ou
raiva provocam taquicardia (frequência do pulso acima de 100 bat
imentos/minuto).
•
Estimulação parassimpática
As condições que estimulam o sistema nervoso parassimpático, como intoxicação digital,
síncope, pressão intracraniana elevada e mixedema provocam a bradicardia (frequência do pulso
abaixo de 60 batimentos/minut
o).
•
Demanda de oxigênio
As condições que elevam a demanda de oxigênio, como febre alta, choque, hipóxia,
anemia grave e tireotoxicose, provocam a taquicardia.
•
Arritmias cardíacas
Um ritmo de pulso irregular e uma deficiência do pulso (frequência do pul
so radial menor
que a frequência do pulso apical) ocorre com arritmias.
•
Arritmias sinusais
Nas crianças e em adultos jovens, a frequência do pulso pode se elevar no pico da
inspiração respiratória e diminuir na expiração (comum e não patológica).
Veloc
idades normais do pulso
Idade (anos)
Pulso (batimentos/minuto)
Abaixo de 1
80 a 160 (recém
-
nascido: 70 a 170)
2
80 a 120
4
80 a 120
6
75 a 115
10
70 a 110
14
65 a 100
Acima de 14
60 a 100
Localizando os Locais Periféricos do Pulso
Faça a palpação
do pulso colocando a ponta digital dos dedos indicador e médio sobre o
local do pulso. (Não utilize o polegar
—
as pulsações da sua artéria radial podem interferir na
leitura precisa). Comprima o local até sentir uma pulsação distinta. Avalie a velocidade
, amplitude
(volume), ritmo, a simetria e registre o resultado como O (ausente); 1+ (fraco, filiforme e
hipercinético); 2+ (normal); ou 3+ (restrito e hipercinético).
Utilize esta ilustração para ajudá
-
lo a localizar os locais periféricos do pulso, os quai
s
incluem:
Radial
—
mais acessível e frequentemente utilizado; verificado pela compressão da artéria
radial contra o rádio.
Temporal
—
verificado sobre a área temporal.
Carotídeo
—
facilmente acessível; geralmente avaliado durante RCP ou outra situação
de
emergência.
Braquial
—
geralmente avaliado quando da aferição da pressão sanguínea; também
avaliado durante RCP em neonato.
Ulnar
—
avaliado com rara frequência, exceto durante o teste de Aflen (para a avaliação da
circulação das mãos antes de executar
uma punção arterial).
Femural
—
requer a exposição da virilha e a palpação profunda.
Poplítea
—
melhor avaliada quando o paciente dobra levemente o joelho.
Artéria pediosa dorsal
—
auxilia a avaliação das pernas e pés.
Artéria tibial posterior
—
auxilia a
avaliação das pernas e pés.
Para avaliar uma extremidade, inicie com o local de pulso mais distal. O pulso pode estar
fraco ou ausente na posição distal a uma obstrução. Observação: Na palpação, um ruído se torna
uma vibração.
Fatores que Modificam o Ri
tmo Respiratório Normal
O ritmo respiratório varia com a idade (veja a tabela) e se altera em resposta a outros
fatores. Observe por uma alteração da velocidade normal do paciente, desconsiderando qualquer
número específico. Tenha estes fatores em mente:
•
Técnica de medição
O modo como você determina o ritmo respiratório pode provocar uma alteração na própria
velocidade. Para obter os melhores resultados, conte as respirações discretamente por 60
segundos. Tente contar imediatamente após a obtenção do puls
o, sem o conhecimento do
paciente
—
ele irá alterar involuntariamente a respiração se souber que você está prestando
atenção. Mantenha a mão sobre o pulso radial ou o estetoscópio no peito do paciente.
•
Temperatura corpórea
O aumento da temperatura eleva
o ritmo respiratório; a diminuição da temperatura reduz o
ritmo.
•
Depressão do SNC
Um ritmo mais lento que o normal (abaixo de 12 respirações/minuto) pode indicar
depressão do sistema nervoso central devido ao uso de drogas, administração de anestésico ou
narcose por dióxido de carbono.
•
Outras condições
Tanto as condições psicológicas como físicas
—
medo, dor, ansiedade, hipóxia, coma
diabético e lesões no mesencéfalo, por exemplo
—
elevam o ritmo respiratório para mais de 20
respirações/minuto em um adu
lto.
OBSERVAÇÃO
Quando você for medir o ritmo respiratório, caracterize também a profundidade das
respirações (o volume de ar entrando e saindo da boca ou do nariz a cada respiração) como
normal, superficial ou profunda. (As respirações em homens, neonatos
e crianças tendem a ser
abdominais; elas são predominantemente torácicas nas mulheres). Caracterize também o padrão
ou o ritmo respiratório
—
normalmente as respirações seguem
-
se uniformemente, com pequena
variação de uma respiração para outra.
Padrões Respiratórios Normal e Anormal
O padrão respiratório do paciente fornece pistas importantes sobre o seu estado
respiratório e sua condição geral. Utilize o gráfico abaixo para auxílio no reconhecimento da
variação do padrão respiratório.
F
atores que Modificam a Pressão Sanguínea Normal
A pressão sanguínea varia de acordo com a idade e se altera em resposta a outros a:ores.
Observe por uma alteração da pressão sanguínea normal do paciente, em vez : se importar com
uma medida específica. Tenh
a estes fatores em mente:
•
Tamanho do manguito
Um manguito de aparelho de pressão demasiadamente estreito produz uma leitura
falsamente elevada; um manguito demasiadamente largo, uma leitura falsamente baixa.
•
Posição do corpo
Em paciente normal, a alter
ação da posição em decúbito dorsal para a posição ereta
provoca uma leve diminuição na pressão sanguínea
•
Hora do dia
Geralmente menor cedo pela manhã, a pressão sanguínea aumenta quando o paciente
inicia as atividades locomotoras. Ela é geralmente mais e
levada à tarde ou à noite.
•
Outras condições
Estresse emocional, exercícios e ganho de peso geralmente elevam a pressão sanguínea.
Arteriosclerose, anemia, fístula arteriovenosa, insuficiência aórtica e hipertireoidismo tendem a
elevar a pressão sistólica
, enquanto que a pressão diastólica permanece estável. O infarto agudo
do miocárdio e a hipovolemia geralmente diminuem a pressão sanguínea
Num adulto, a hipotensão é definida como a pressão sanguínea abaixo de 95/60 mm Hg;
hipertensão, como pressão sanguí
nea persistentemente elevada acima de 140/90 mm Hg.
Pressão sanguínea normal
Idade (anos)
Pressão sangüínea (mm Hg)
Abaixo de 1
63 (pressão média, utilizando a técnica de fluxo)
2
96/30
4
98/60
6
105/60
10
112/64
14
120/75
acima de 14
95/60 a 140/
80 (média: 120/80)
OBSERVAÇÃO
Quando você medir a pressão sanguínea, calcule também a pressão do pulso (a diferença
entre as leituras da sistólica e da diastólica). Normalmente, a pressão do pulso é de 25 a 50
mmHG.
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